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Servidores da saúde de Santa Cruz deflagram greve por congelamento dos salários

O Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte, SINDSAÚDE/RN, da Regional de Santa Cruz, deflagrou uma greve entre os servidores municipais. O início oficial ocorreu nesta terça-feira (21), mesmo após uma reunião pífia entre o poder público e os servidores nos momentos anteriores a deflagração do movimento grevista.

“A gestão municipal não se preocupa com a qualidade dos serviços ofertados a população, congelou o salário dos seus servidores efetivos “concursados”, prejudicando diretamente os trabalhadores e usuários. Congelou o salario Base, a gratificação por função, subsidiariamente prejudicou as demais vantagens que compõe a sua remuneração (Adicional noturno, Insalubridade e Adicional por tempo de serviço) Por diversas vezes tentamos entrar em acordo, mas o silêncio e a indiferença foram as únicas respostas que obtivemos. Sem diálogo, sem salário a única solução que nos resta é parar. Pedimos encarecidamente a população o apoio a nossa luta”, declarou o Sindicato através de uma nota, que também levanta o lema do movimento: “Sem Salario não há trabalho, chega de sofrimento, reajuste já!”

O coordenador-geral local, o servidor Franklin Henrique, em conversa com o Blog destacou o engajamento da greve, que conta com diversos profissionais. “Estão aderindo à greve vários profissionais da saúde. O debate foi iniciado em assembleia no dia 13. Antes disso, tentativas de reunião com a gestora municipal, ano passado enviamos 2 ofícios e nenhuma resposta. Esse ano mais dois ofícios foram enviados solicitando uma reunião e nenhuma resposta também”, explicou.

Cartaz do movimento grevista, que cobra entre outras coisas o descongelamento do salário base dos servidores municipais de Santa Cruz.

A situação de congelamento do salário é o que mais motiva os servidores, que ainda recebem em seu contracheque o salário base de 2015, valor bem inferior ao estabelecido por lei em 2016 e 2017. “Salario base congelado há dois anos, gratificação por função oito anos, péssimas condições de trabalho, além de ter cortado da população o atendimento domiciliar por falta de transporte para levar o servidor até a casa do usuário. Outro ponto foi o Plano de Cargos, Carreiras e Salários”, relata. Sobre este último, Franklin detalha que a Prefeitura já apresentou uma justificativa nada aceitável. “A Prefeitura informou que o município não tem condições nem mesmo de elaborar um PCCS, enquanto municípios como Coronel Ezequiel e outros da região já possuem”, complementa.

Entre os atos dos grevistas, nesta terça-feira acompanharam sessão ordinária da Câmara Municipal, na abertura dos trabalhos legislativos. Com sete vereadores governistas, o movimento espera cobrar um posicionamento dos parlamentares. Até o fechamento da matéria não obtivemos contato sobre a presença dos grevistas na Câmara Municipal.

A greve continua!

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