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Operação Lava Jato

80 policiais estiveram envolvidos na operação contra Henrique Alves e Eduardo Cunha

A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal, deflagrou nesta manhã (6/6) a Operação Manus para apurar atos de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro envolvendo a construção da Arena das Dunas, em Natal/RN. O sobrepreço identificado chega a R$ 77 milhões.

Cerca de 80 policiais federais cumprem 33 mandados judiciais, sendo 5 mandados de prisão preventiva, 6 mandados de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte e Paraná.

A investigação realizada se iniciou após a análise das provas coletadas em várias das etapas da Operação Lava Jato, que apontavam solicitação e o efetivo recebimento de vantagens indevidas por dois ex-parlamentares cujas atuações políticas favoreceriam duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio.

A partir das delações premiadas em inquéritos que tramitam no STF e por meio de afastamento de sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos, foram identificados diversos valores recebidos como doação eleitoral oficial, entre os anos de 2012 e 2014, que na verdade consistiram em pagamento de propina. Identificou-se também que os valores supostamente doados para a campanha eleitoral em 2014 de um dos investigados foram desviados em benefício pessoal.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

O nome da operação é referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, cujo significado é uma mão esfrega a outra, uma mão lava a outra.

Confira a coletiva que foi concedida na sede da Superintendência da PF no bairro de Lagoa Nova, em Natal/RN:

Henrique Eduardo Alves é preso em nova etapa da Operação Lava Jato

O Ministério Público Federal (MPF) obteve junto à Justiça Federal no Rio Grande do Norte as prisões preventivas dos ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Lyra Alves e Eduardo Cosentino da Cunha – que já se encontrava preso no Paraná – por recebimento de propinas; além de outras pessoas envolvidas no esquema de ocultação dos pagamentos ilícitos. A Polícia Federal cumpriu os mandados na manhã desta terça-feira (6), dentro da chamada Operação Manus.

Os dois ex-parlamentares são acusados pelo MPF de receberem propina, por meio de doações eleitorais oficiais e não oficiais, nos anos de 2012 e 2014, em troca de favorecimento de empresas de construção civil. Como contrapartida, os dois trabalharam pelos interesses dessas empresas em assuntos como a obra do estádio Arena das Dunas, em Natal.

Buscas e condução coercitiva – Além das prisões preventivas, o MPF obteve da Justiça Federal no RN seis mandados de condução coercitiva e o deferimento dos pedidos de busca e apreensão em 15 endereços de empresas e residências localizadas no Rio Grande do Norte.

Sepsis e Cui Bono – Enquanto a Operação Manus era deflagrada no Rio Grande do Norte, foram realizadas novas etapas das Operações Sepsis e Cui Bono, sob a responsabilidade da Procuradoria da República no Distrito Federal. Na petição relativa a essas duas últimas, o MPF relata a existência de elementos, segundo os quais, os envolvidos praticaram, de forma continuada, os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Mesmo com as investigações em curso, o grupo continuaria agindo para ocultar ativos no valor de mais de R$ 20 milhões que teriam sido recebidos por Eduardo Cunha. As prisões são mencionadas como uma forma de suspender a chamada atuação delitiva habitual e impedir a ocultação do produto dos crimes, “já que este ainda não foi recuperado”.

Rocha Loures é preso em Brasília e defesa nega delação

Texto de Andreza Rossini/Paraná Portal

O ex-deputado paranaense Rodrigo Rocha Loures foi preso pela Polícia Federal na manhã deste sábado (3), em Brasília, por determinação do ministro Edson Fachin, do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-deputado está na Superintendência Regional da PF, no Distrito Federal e, até o momento, não há previsão de transferência.

Loures foi filmado recebendo uma malta com R$ 500 mil. Ele é ex-assessor do presidente Michel Temer (PMDB).

O advogado Cesar Roberto Bittencourt, que segue a Brasília, negou acordo de delação premiada. “Ele está sereno, está tranquilo, vai ficar em silêncio, não vai delatar”, afirmou à rádio BandNews Curitiba.

Na segunda-feira (3) a defesa afirmou que vai entrar com recurso contra a prisão, considerada “desnecessária” pelo advogado.

Em recurso apresentado na noite da última quinta-feira, Janot afirmou que a prisão de Loures é “imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”. O procurador justifica que há no inquérito aberto pelo Supremo escutas telefônicas e outras provas que demonstram que Loures atuou para obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Loures perdeu o cargo de deputado federal nesta semana, após o retorno de Osmar Serraglio à Câmara. Ele foi exonerado do Ministério da Justiça.

Investigações

Rodrigo Rocha Loures foi filmado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos, investigação baseada na delação premiada da JBS. o ex-deputado não foi preso em flagrante porque a PF e o Ministério Público Federal optaram por realizar uma ação controlada, em que abrem mão do flagrante para tentar descobrir outros participantes da conduta criminosa.

A Procuradoria-Geral da República havia feito, no dia 18 de maio, um pedido de prisão preventiva de Rocha Loures quando ele era deputado federal. No mesmo dia, Fachin negou o pedido, mas afastou o parlamentar do cargo, mantendo suas prerrogativas, como o foro privilegiado.

Henrique Alves repudia delações envolvendo seu nome

O ex-Ministro do Turismo, Henrique Alves, através de nota à imprensa, negou qualquer ligação sua às declarações feitas por Márcio Faria, executivo da Odebrescht, em delação premiada na Operação Lava Jato.

Confira a nota:

NOTA À IMPRENSA

A defesa de Henrique Eduardo Alves repudia veementemente as afirmações feitas pelo executivo da Odebrescht Márcio Faria em delação premiada, na qual aponta a sua participação em reunião ocorrida no dia 15 de julho de 2010 no escritório político do presidente Michel Temer, em São Paulo, com a presença deste, do então deputado Eduardo Cunha e do delator, ocasião em que teria tratado do pagamento de propina decorrente de contrato com a Petrobras.

Conforme já afirmado pelo próprio presidente da República, o acusado não se fazia presente em dita reunião, jamais tratou do assunto mencionado e sequer conhece o indigitado delator.

É inaceitável que seja dado crédito a afirmação realizada por pessoas envolvidas em ilícitos que se colocam na obrigação de acusar para gozar de benefícios legais.

Todas as medidas serão tomadas para esclarecimento da verdade e a responsabilização cível e criminal do dito delator.

Marcelo Leal

Advogado

Garibaldi Filho não esperava seu nome na lista de Fachin

Em nota à imprensa, o senador Garibaldi Filho declara surpresa ao ver seu nome na lista de indiciados nas delações premiadas da operação Lava Jato, na lista do ministro do STF, Edson Fachin.

Confira a nota na íntegra:

N O T A

O senador Garibaldi Filho se declara surpreso com a notícia de inclusão do seu nome nas notícias de delações e, ao mesmo tempo em que nega tais suspeitas, põe-se à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos, inclusive disponibilizando os sigilos bancário, fiscal e telefônico, e espera agilidade na apuração e responsabilidade na distinção entre doações lícitas e sem qualquer contrapartida das doações irregulares.

Assessoria do Senador Garibaldi Filho