A polêmica em torno da privatização da Universidade Estadual do RN (UERN) voltou ao debate no plenário da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (10). Em pronunciamento, durante sessão ordinária, o deputado Fernando Mineiro (PT) disse que autonomia financeira seria uma das soluções para resolver o problema da unidade de ensino.
“Não existe autonomia financeira na UERN e esse pode ter sido um dos problemas. Se houvesse autonomia, a Universidade poderia ser cobrada e responsabilizada. Só não podemos confundir com falta de limites”, disse Mineiro.
O parlamentar é contra a privatização da Universidade Estadual e destacou que esse debate tem gerado instabilidade, insegurança e angústia entre professores, estudantes e funcionários.
Diante do impasse, a Assembleia Legislativa vai realizar uma audiência pública, proposta pelo deputado, no dia 17 de novembro, para debater o Papel da UERN no Desenvolvimento Econômico Social e Cultural do Rio Grande do Norte.
“Contamos com a presença do Governo do Estado, para se posicionar formalmente em relação à possibilidade de privatização da UERN, e representantes dos Sindicatos para que possamos encerrar este assunto. Tenho certeza que todos defendem a Universidade e peço que os deputados e deputadas que queiram subscrever o documento contra a privatização, assim o façam até o dia da audiência, quando vamos apresentar este documento”, disse Mineiro.
Os deputados Carlos Augusto Maia (PSD), Vivaldo Costa (PROS) e José Dias (PSDB) apoiaram o debate. Vivaldo Costa disse que sempre foi um dos maiores defensores da UERN e que o assunto precisa ser discutido. “É preciso encontrar uma solução. A Universidade Estadual tem vivido de greves, o ano de 2015 foi quase todo de paralisação. Chegou a hora de todo mundo parar e estudar uma solução. O que não pode é continuar como está”.
Para o deputado José Dias, a possibilidade de federalização da UERN é um processo quase inimaginável e disse que as universidades federais não estão em situações muito diferentes das estaduais. “Estamos também com falência das universidades federais e precisamos mudar esta realidade”.