Anos e anos de investimentos em eventos e projetos culturais, possível graças ao modelo das políticas públicas implementado pelo Governo Lulopetista, mas a aparência nos últimos anos é decadência dessa área, principalmente em cidades que não concluíram seu ciclo burocrático das políticas do sistema cultural.
No caso local, o saudoso poeta Hugo Tavares Dutra dizia nos anos de implantação da secretaria, conselho e fundo municipal de cultura, em Santa Cruz, que em poucos anos o município conseguiria se tornar um polo cultural do RN. Tempo depois não é isso que observamos.
Mas um questionamento que cabe ser feito é sobre o quanto já foi investido e não se viu tanto retorno. Cabe lembrar também aqueles investimentos na Casa de Cultura em gestões anteriores, como nos primeiros Autos de Santa Rita de Cássia, que o Blog apresentou tantos dados de prestações de contas incompletas e com valores exorbitantes para alguns setores do espetáculo.
E no contexto geral da cultura, quantos outros projetos já receberam recursos e o retorno não vimos tão claro assim? Em muitos casos, temos o clássico funcionamento do Brasil, recurso público para servir a grupos que são especialistas em sugá-los.
Não podemos dizer que a classe artística não produz ou as expressões culturais do Brasil não estão visíveis. Mas o sentimento é de morosidade em algumas regiões, como Santa Cruz, que esperavam a continuidade da “explosão” de projetos e investimentos.
É lamentável perceber que a cultura caminha para o seu “falecimento”. Que alguém ou algum grupo faça a ressuscitação.