Sétimo dia de rebelião, e o comandante-geral da Polícia Militar do RN, coronel André Azevedo, divergiu das palavras do governador Robinson Faria. Em entrevista ao Portal G1, nesta sexta-feira (20), que não havia intenção da corporação de fazer um “paredão humano” para separar facções criminosas na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta.
“Paredão humano, ele [governador] já se desculpou. Ele recebeu uma informação não técnica. Não existe. Lá existe arma de fogo. Polícia, se abrir as mãos, morreu”, disse o comandante. “Nós para entrarmos temos que fazer uma operação complexa, planejada, que envolve muitos materiais, equipamentos armas”, disse.
A afirmação do “paredão humano” foi feita pelo governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), em entrevista ao canal Globo News.
O comandante ainda falou que será formada uma barreira física para separar as facções, e disse que é ilusão imaginar evitar armas nos presídios. “São 5 pavilhões, cerca de 1,4 mil presos. Imaginar que 100 ou 150 homens da polícia entrem e retiram as armas é ilusão. Cada pedaço de ferro é uma arma. A gente recolhe mil. Vamos sair daqui, no mês seguinte tem mais mil. É um esforço jogado fora. Hoje, o sistema prisional, que é a cargo da Sejuc [Secretaria do Estado de Justiça e Cidadania], não é da polícia, eles perderam o controle do sistema prisional”, afirmou.