A governadora Fátima Bezerra (PT) não teve trabalho para se reeleger, como o blog comentava lá no início da campanha eleitoral, os seus opositores não conseguiram convencer o eleitorado que seriam uma opção mais confiável que a atual gestora. A petista fez um governo que não superou os desastres de Robinson e Rosalba, mas deixou a desejar em muitas áreas, com um governo que refletiu a sua equipe de trabalho focada em agradar aos aliados e amigos regionais.
O reflexo disso foram números pífios na educação, economia em recuperação lenta, falta de planejamento, regiões esquecidas pela gestão, estradas esburacadas e falta de inovação em ações de governo. Mas a governadora conseguiu pagar as folhas atrasadas do funcionalismo, reagiu na metade da pandemia para tentar salvar o estado das “filosofias negacionistas vomitadas” por lideranças políticas ou profissionais da saúde, se é que ainda podemos classificá-los assim. O governo ainda teve bom senso em muitas pautas, inclusive atuou relativamente bem na segurança pública, comparando com outros governos.
Fátima fez um primeiro mandato fraco, mas que tem algumas justificativas cabíveis, o famoso termo de “governar olhando para o retrovisor”, atitude que atual reeleita não pode fazer a partir de 1º de janeiro de 2023, principalmente se tiver Lula comandando o Palácio do Planalto. O retrovisor de Fátima em 2023 será ela própria, e seu slogan “O melhor vai começar agora”.
Seus números eleitorais são históricos e formam um belo portifólio para a posteridade, mas vivemos o presente e suas mazelas. Fátima precisa olhar com inteligência para cada região, tarefa que não consigo visualizar sua equipe executando. Nos resta a esperança de dias melhores.