O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, o vereador Fábio Dias (PSDB), criticou o uso político do desabastecimento em Santa Cruz e defendeu que a solução é uma nova Adutora para reforçar o sistema Monsenhor Expedito.
O vereador falou sobre sua direção à frente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Santa Cruz, enaltecendo os investimentos feitos ao longo de 2 anos. “Fui Diretor do Sistema Autônomo de Água e Esgoto, o SAAE. Conheço com pouco mais de profundidade o problema do abastecimento de água. Na condição de Diretor realizei mais de 4 mil metros de extensão e ampliação de rede de água. Conseguimos também, junto ao deputado estadual Tomba Farias, uma emenda de mais de R$ 300 mil para aquisição de mais de 4 mil hidrômetros, que inclusive, a gestão iniciou a instalação em massa, seguindo as prioridades adotadas pelo setor técnico. Mas qualquer medida tomada pelo SAAE, não trará melhorias significativas. A situação é crítica”, apresentou Fábio.
“O abastecimento da cidade é dividido em quatro grandes setores, e para cada setor existe uma bomba. Temos quatro bombas. A oferta de água atual, que é de aproximadamente 235 metros cúbicos por hora, força o sistema a operar em escala de rodízio, dado que cada bomba opera 120 metros cubos por hora, permitindo o funcionamento de apenas duas”, explicou.
Fábio Dias ainda falou que fez diversas solicitações à CAERN para melhorar a oferta de água, mas compreende que a Adutora Monsenhor Expedito não comporta mais tanta demanda. “O SAAE solicitou diversas vezes à CAERN o aumento da oferta de água, uma delas, através de uma ação judicial, que tramita desde 2019, na comarca daqui. A ação ainda não avançou, mas os técnicos já deixaram claro que não será possível o aumento da oferta de água, visto que, a Adutora Monsenhor Expedido já opera em sua capacidade máxima. Ela [Adutora] abastece hoje 30 cidades e mais de 200 comunidades rurais, quando fora projetada para atender até 22”. O ex-diretor ainda complementou que suas informações estão de acordo com o que a CAERN justificou na reportagem da InterTV Cabugi, na última sexta-feira (24). “A CAERN esclareceu ao jornal este dado, e compreendemos as limitações da instituição que precisa de investimentos oriundos de outras instâncias políticas. Portanto, há um consenso técnico é que a solução é a a construção da nova Adutora do Agreste”, confirmou.
O ex-diretor e atual presidente da Câmara Municipal ainda denuncia o uso politiqueiro desse problema. “Nenhuma narrativa criada para fins eleitorais irá se sobrepor a este dado técnico. A Governadora conhece a causa e já falou sobre ela, a CAERN já se posicionou no mesmo sentido, assim como o SAAE. Agora é unirmos as forças que querem a solução verdadeira para cobrar o inicio e o fim da obra da nova Adutora. O projeto está na mesa e o recurso para sua execução na pasta do Ministério do Desenvolvimento Regional, que tem como Ministro Titular, Waldez Goes”, finalizou.
Perguntado sobre alguma outra solução paliativa, Fábio disse que não existe, apenas “a Adutora do Agreste Já!”.