Pesquisadores da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa/UFRN) realizam uma pesquisa a fim de testar um equipamento brasileiro desenvolvido para auxiliar na remoção de secreções pulmonares em bebês. A iniciativa é da Liga Acadêmica de Fisioterapia Neonatal e Pediátrica (Lafinp) da Facisa e está buscando colaboradores. O público-alvo são bebês saudáveis, com três a seis meses de idade. A participação pode ser agendada via WhatsApp, pelo contato (84) 99629-6507.
A pesquisa faz parte da dissertação de mestrado da aluna Mayara Costa, sob orientação da professora Karolinne Monteiro. Segundo a mestranda, o desenvolvedor do equipamento, Admilson Marin, buscava uma universidade que demonstrasse interesse em promover uma pesquisa para testar esse equipamento com bebês e, a partir disso, iniciou-se a parceria para o uso do Expector® na Facisa.
Antes de ser iniciado o teste, cuja duração aproximada é de 45 minutos, o bebê vai passar por uma avaliação acerca de seu estado de saúde. Em caso de infecções respiratórias, a família receberá orientações dos cuidados necessários a serem tomados. Mayara Costa explica que durante o processo o acompanhante fica sentado confortavelmente, enquanto o bebê permanece no canguru cerca de 15 minutos.
“Nesse momento será observado apenas o comportamento do bebê e algumas perguntas serão feitas ao responsável sobre o conforto durante o uso do equipamento. Após os 15 minutos no Expector®, o bebê será removido de lá e avaliado novamente deitado sobre a maca. Nenhuma das avaliações é invasiva, todas são realizadas por observação desses parâmetros”, explica a mestranda.
O Expector® é responsável por mobilizar e remover secreções dos pulmões dos bebês. O equipamento também já é utilizado na versão colete, sendo destinado para adultos. Já para o público materno-infantil, a versão apresenta o formato de canguru, funcionando por meio de mini motores que ficam presentes no corpo do acessório e que vibram com uma frequência de até 3.300 variações por minuto, gerando o deslocamento da secreção até que ela saia dos pulmões.
Mayara Costa ainda ressalta que o uso desse equipamento poderá contribuir, no futuro, para a prevenção de infecções respiratórias, principalmente nas crianças que já possuem alguma condição crônica responsável pelo acúmulo de secreção pulmonar. Ela também explica que o Expector® pode auxiliar quando o bebê passa por uma infecção respiratória que resulta no acúmulo de secreção no pulmão, permitindo então o uso tanto no caso de internamentos, bem como no ambiente domiciliar, sem necessitar da presença contínua do terapeuta durante os cuidados.
A aluna explica que inicialmente estão testando a viabilidade e o conforto do uso do equipamento em bebês saudáveis. Segundo ela, após a obtenção dos resultados desses testes iniciais, eles serão divulgados e, caso mostrem que é confortável para o bebê e seu responsável, um novo estudo será desenhado para avaliar a resposta em bebês com alguma doença respiratória.
Por Ana Paula Nóbrega da Agecom/UFRN