Na manhã desta sexta-feira (1º), a Assembleia Legislativa esteve na Câmara Municipal de São Gonçalo do Amarante, para debater a temática da segurança pública do município. A audiência é de propositura do deputado estadual, Francisco do PT, em parceria com o presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Edson Valban.
“Estamos vivenciando nos últimos anos uma escalada de violência muito forte. Entretanto, segundo os dados apresentados pelos órgãos de segurança pública, no Rio Grande do Norte esse índice vem caindo. Mas o preocupante é que São Gonçalo vem sendo apontado como o 3° município mais violento do Brasil”, relatou Francisco do PT.
O parlamentar justificou que seu objetivo com a audiência é entender e buscar soluções para a questão da violência do município. “Precisamos fazer dessa audiência um instrumento para possíveis soluções das questões da segurança”, disse o deputado.
“Assim que soubemos que os índices apontavam nossa cidade como uma das mais violentas procuramos o governo do Estado para debatermos soluções”, relatou o presidente da câmara, vereador Edson Valban, salientando que a maior necessidade da cidade é aumentar o efetivo de polícia.
Presente na audiência o comandante da guarda municipal, coronel Reinaldo, destacou o trabalho intenso na cidade. “Trabalhamos em conjunto com a Polícia Militar e Civil para que a segurança seja intensificada e aguardamos um concurso de novos guardas municipais prometido pela prefeitura para aumentar o nosso corpo”, disse o coronel.
O vice-prefeito de São Gonçalo do Amarante, Eraldo Paiva, destacou que os índices que propagam São Gonçalo entre as mais violentas do país são de 2017. “Muita coisa está sendo feita, mas precisamos encarar os vários tipos de violência e precisamos de ações concretas”, destacou o vice-prefeito.
O comandante do 13° batalhão da polícia militar do RN, coronel Marinho, reforçou que o efetivo da cidade precisa ser aumentado. “A polícia está preparada para combater a violência estamos dando respostas a altura da audácia dos criminosos, mas precisamos de reforços. No ano passado foram 62 homicídios de janeiro até agosto e este ano foram 50 dentro deste período”, relatou coronel Marinho.
A promotora de justiça do município, Lidiane Oliveira, ressaltou que a audiência precisa ser um ponto de partida para buscar resolver as questões da segurança. “Precisamos além de expor as questões da violência, buscar a origem e soluções. Entender a origem da violência é de extrema importância, além de aumentar o efetivo para a prevenção da violência temos que ter políticas públicas efetivas”, disse a promotora Lidiane.
Vereadores e representantes da comunidade participaram da audiência. Por fim a delegada em exercício Karen Cristina, pediu mais atenção dos poderes públicos para as questões estruturais das delegacias. “Eu fico feliz e surpresa com a iniciativa da Casa legislativa estar aqui nos ouvindo. Nós precisamos de estrutura para atender a cada caso, cada caso de violência tem sua particularidade e uma delegacia só não tem condições de fazer tudo”, destacou a delegada.