Os impactos da saída da Petrobras do Rio Grande do Norte foram a pauta das reuniões da governadora Fátima Bezerra na tarde desta quarta-feira (26). Primeiro, ela estive reunida com representantes da diretoria do Sindicato dos Petroleiros do RN e em seguida, por videoconferência, com a bancada federal potiguar.
“Precisamos pôr os pés no chão para alinhar e fortalecer essa corrente, esse movimento, para impedir o desastre, que é vender a totalidade de ativos da Petrobras no Rio Grande do Norte”, comentou a governador.
A defesa pela permanência da Petrobras no estado foi reafirmada junto à bancada federal. A governadora reforçou a importância que a estatal representa para o desenvolvimento econômico do RN, em quase meio século de atuação, e o desequilíbrio financeiro que sua saída irá proporcionar. A desativação da empresa representa uma ameaça a 5.637 empregos, sendo 1.437 efetivos e 4.200 terceirizados.
“Estou falando de uma empresa âncora, que responde por metade do PIB potiguar. O que está em debate aqui são os interesses do Rio Grande do Norte, por isso conclamo a bancada federal para que a gente aprofunde nosso debate de modo que o Estado não seja prejudicado”, disse aos parlamentares. A governadora relembrou que em 2019 se reuniu com o presidente da Petrobras, Robson Castelo Branco, em Brasília, e que, apesar do anúncio de desinvestimentos no RN, ele havia garantido que a empresa continuaria no estado.
Fátima informou que vai se reunir nesta quinta (27), dessa vez por vídeo, com o presidente da estatal, para a qual solicitou a presença de um representante da bancada, e adiantou que convocará todos os parlamentares para uma reunião presencial em Natal, na próxima semana. “Vocês hão de convir que a saída da Petrobras do RN nos deixa muito preocupados. Apesar de a empresa ser de capital misto, o seu maior acionista continua sendo o povo brasileiro”.
Participaram da videoconferência a senadora Zenaide Maia e os senadores Jean Paul Prates e Styvenson Valentim; as deputadas federais Carla Dickson e Natália Bonavides, e os deputados Benes Leocádio, Walter Alves, Rafael Motta e Gen. Girão.