O que mais se comenta nos bastidores é a possível candidatura de Carlos Eduardo contra a reeleição de Robinson Faria, nas pré-candidaturas para 2018. O PMDB ainda sonha em lançar mais um candidato para o Governo do Estado, como fez nas eleições de 1994, 1998, 2006 e 2014.
Dessas quatro, apenas duas foram vitoriosas. As duas com Garibaldi Filho, que sempre é referenciado como a saída política para o PMDB voltar ao Governo. O senador sempre rejeita a possibilidade. Deverá voltar ao RN para buscar mais votos e renovar o mandato da oligarquia Alves em uma cadeira do Senado. PMDB, caso não tenha nome para o Governo, situação mais provável, apoiará Carlos Eduardo, que é um Alves. Aparentemente, único nome forte para reunir um grupo político de oposição contra Robinson Faria.
Este último, através de sua imprensa aliada, já insinua que pretende ser candidato à reeleição em 2018. Mesmo com um caos total, Robinson Faria pretende lançar seu nome para avaliação popular novamente, em um Estado que se transformou em rota do crime organizado.
Violência é apenas um capítulo, o atraso nos salários dos servidores é outro ponto negativo da gestão. A imobilidade do Governador surpreende até os bons analistas da política potiguar. Muitas vezes, Robinson parece acuado e isolado, poucos gatos pingados o defendem na Assembleia Legislativa. Até seus melhores aliados se calaram. Alguns deputados analisam o cenário, como fizeram com Rosalba Ciarlini. Muitos esperam o momento certo para o bote e definir seu nome para 2018.
Assim funciona o velho RN de sempre. Sem soprar ventos fortes, sem o que comemorar. O servidor público, que observa sérias ameaças aos seus direitos trabalhistas e do sonho de aposentadoria, as vezes mergulha no bom senso que lhe atinge em períodos distantes do fla-flu eleitoral e pensa: “Nem Carlos, nem Robinson”. Não pense que bateu a conscientização política, é apenas um lampejo de racionalidade, que vai embora assim que bloco dos babões é colocado na rua.