Os secretários, coordenadores e cargos de outros escalões pediram exoneração das suas funções e o prefeito interino encontrou uma Prefeitura praticamente vazia, o que é natural em final de mandatos de prefeitos ou grupos políticos derrotados nas urnas.
Mas na verdade, o grupo de Tomba Farias, através de seus aliados, cargos comissionados e outros casos semelhantes pediram exoneração, demissão ou até afastamento das suas atividades diante da indefinição de quem será o novo prefeito interino da cidade.
O grupo mostrou união em um momento de dificuldade para Tomba, com sua esposa e prefeita afastada, Fernanda Costa, além de toda a sua base de sustentação no legislativo. Apesar das críticas, o grupo foi nomeado por eles e com a mudança de gestão, de forma incalculável e imprevisível, era esperado que deixassem os seus postos diante da alternância de poder que seria possível com a cassação.
O prefeito interino, Gean Paraibano, fez um vídeo mostrando a situação da administração, que nesta quarta-feira (05) simplesmente paralisou e funcionou apenas com os funcionários efetivos em alguns setores.
Nesse episódio, que é polemizado nas redes sociais por lados que defendem e atacam os aliados da ex-prefeita, cada um tem suas razões. Gean que tem em suas mãos a administração pública e precisa fazer funcionar; e os ex-comissionados que eram cargos de confiança de outro gestor que não tem vínculo com o atual.
De fato, o prefeito interino enfrenta desafios gigantescos para uma cidade de 40 mil habitantes e o peso de Cidade Santuário. Em pouco mais de duas horas que passei na Prefeitura Municipal nesta quarta-feira (05) presenciei as dificuldades de sua equipe em conseguir um bom andamento da gestão, bem como sua tristeza em não conseguir articular uma solução tão imediata. Não é fácil o seu novo desafio, um vereador estreante no legislativo e em 50% do mandato chegar ao executivo, mesmo que interinamente. Ele e seu grupo precisam sentar, conversar e articular soluções com pessoas capacitadas e técnicas. O momento exige menos política e mais técnica.
Em resumo, cada um com seus problemas e suas soluções. “Vão-se os anéis e ficam os dedos”, entra gestor e sai gestor o ritmo é esse. Há quem cobre uma postura diferente e critique seus desafetos, mas a pratique tão igual para outra situação. Basta comparar os pesos e medidas dos “doutores” das redes sociais nos comentários sobre a política municipal, estadual e nacional. Uniformidade? Nem na China.
Sejamos moderados e mais analíticos, o momento exige serenidade.