O deputado estadual Sandro Pimentel (PSOL) usou do horário de lideranças da Sessão Ordinária desta terça-feira (29), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), para comentar sobre o aumento da concentração de renda e das desigualdades sociais que fazem crescer a situação de extrema pobreza no Brasil. Ele mencionou, inclusive, uma proposição dele que mantém o preço dos alimentos da cesta básica, mas que, segundo ele, até agora não chegou ao plenário para votação.
“Depois de anos de políticas que enfraquecem o Estado brasileiro, estamos vendo o aumento da concentração de renda e de desigualdade sociais. Para se ter uma ideia, pelo menos 81 mil lares potiguares estão em situação de grave insegurança alimentar e isso é perceptível ao andar por Natal e por todo o Estado. A extrema pobreza só cresce”, falou.
O parlamentar lembrou que a fome cresce principalmente pela falta de políticas públicas e de um planejamento que diminua as desigualdades. Ele destacou que o Brasil saiu do mapa da fome da Organização das Nações Unidas (ONU) e agora volta para esse “mapa da vergonha”.
“A concentração da riqueza nas mãos de poucos mantém uma parcela da população na pobreza. Essa situação se intensifica porque governos como o do atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, têm contribuído para este cenário. Essas pessoas necessitam de maior apoio do Estado. O Governo Federal, ao invés de fortalecer programa de renda mínima, sinaliza com cortes, como fez com o auxílio emergencial, enquanto a inflação corrói o recurso dos pobres”, declarou o parlamentar.
De acordo com ele, o Programa Renda Cidadã apresentado pelo Presidente da República não é a solução para transferir renda, porque retira o dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e dos precatórios.