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Açude Gargalheiras

Congestionamento de veículos na manhã deste sábado (6) em direção ao Gargalheiras

A sangria do Açude Gargalheiras em Acari tem atraído uma grande quantidade de visitantes neste sábado (6). Nesta manhã foi registrado um grande congestionamento de veículos ao longo da rua principal da cidade.

A cena revela o interesse e a empolgação dos moradores e turistas em testemunhar esse espetáculo da natureza.

Por orientação da Polícia Rodoviária
Estadual (PRE), o trânsito em Gargalheiras, desde hoje, já sofrerá restrições. Os veículos devem ficar estacionados no campo de futebol.

Do blog do Ismael Medeiros

Francisco do PT comemora sangria de açudes no RN

A sangria do açude Gargalheiras, em Acari, tem repercutido em todo país, sobretudo no Rio Grande do Norte. O transbordamento da barragem foi pauta recorrente nesta quinta-feira (4), na Assembleia Legislativa e, dentre outros, pautou também o pronunciamento do deputado Francisco do PT, que comemorou a sangria do açude após 13 anos.

“É momento de celebração e agradecimento a Deus pelas chuvas que estão caindo no Rio Grande do Norte. Ontem foi uma noite de êxtase e festa. A sangria do Gargalheiras é motivo de alegria para o povo potiguar”, disse ele.

Além do Gargalheiras, Francisco também destacou as sangrias dos açudes Dourados, em Currais Novos; Mamão, em Equador, e a barragem de La Marca, em Serra Negra do Norte, além do açude Caldeirão, em Santana do Seridó, que segundo ele está com mais de 30% de sua capacidade – “o suficiente para garantir o abastecimento pelos próximos 2 anos”.

“Uma outra alegria que quero celebrar aqui é que a barragem Boqueirão, em Parelhas, já está com mais de 12,5 milhões/m³ de água acumulada, volume muito significativo para esse açude que assegura o abastecimento de Parelhas, Carnaúba dos Dantas, Jardim do Seridó e outros povoados”, relatou.

Gargalheiras ganha status de patrimônio histórico do RN

A governadora Fátima Bezerra sancionou lei nº 11.365, publicada no Diário Oficial do último sábado (21), que reconheceu o Açude Marechal Dutra, em Acari, como patrimônio cultural, histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do Rio Grande do Norte.

Conhecido como “Gargalheiras” desde o início da construção, na segunda metade dos anos 1950, o reservatório tem capacidade para acumular 44 milhões de metros cúbicos de água doce. A parede fica numa das “gargantas” do Rio Acauã, daí o nome Gargalheiras.

O projeto de lei propondo incluir o reservatório como patrimônio histórico é de autoria do deputado estadual Coronel Azevedo. Foi aprovado na Assembleia Legislativa no final do ano passado.

O Gargalheiras é o segundo bem público de Acari a ter regime jurídico especial para preservação da memória do município reconhecido em menos de um ano. Em abril do ano passado, a governadora sancionou a lei 11.079/2022, proposta pelo deputado Francisco Medeiros, que incluiu no rol do patrimônio cultural, histórico e religioso do Estado a Basílica Menor de Nossa Senhora da Guia, construída em 1863. Um outro templo religioso de Acari, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi tombada pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1964.

Apesar de as obras só terem começado em 1956, a primeira tentativa de erguer um reservatório para barrar as águas do Rio Acauã data do início do Século 20. O primeiro estudo técnico foi realizado em 1909 pelo engenheiro Ignácio Ayres de Souza. Na época foi construída uma pequena barragem.

Inaugurado oficialmente no dia 27 de abril de 1959, ainda hoje existe uma comunidade remanescente da época da construção quando foi erguida uma pequena vila para abrigar os trabalhadores. Nesses sessenta e quatro anos o espetáculo da “sangria”, isto é, quando o volume excedeu a capacidade e transbordou, foi registrado vinte e oito vezes. A última foi em 2011.

A área no entorno do Gargalheiras é um dos 21 geossítios relacionados no Mapa Geoturístico do Seridó Geoparque Mundial da UNESCO.

A governadora Fátima Bezerra sancionou ainda outras duas leis: a 11.367/2023, que considera a iguaria Castanha de Serra do Mel como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio Grande do Norte; e a 11.368/2023 que reconhece Caicó como a Terra da Carne de Sol e do Queijo no Rio Grande do Norte.

Lagoa do Bonfim tem menos de 50% da sua capacidade

O novo relatório do volume dos principais reservatórios estaduais, divulgado pelo IGARN nesta quarta-feira (07), indica a situação hídrica no Rio Grande do Norte. A barragem Armando Ribeiro Gonçalves acumula 1.371.453.640 m³, correspondentes a 57,79% da sua capacidade total, que é de 2.373.066.510 m³. No mesmo período de 2020, o maior reservatório do RN acumulava 1.555.658.541 m³, equivalentes a 65,55% da sua capacidade.

As reservas hídricas superficiais totais do RN atualmente somam 2.146.516.021 m³, percentualmente, 49,04% da sua capacidade total, que é de 4.376.444.842 m³. No início de julho de 2020, as reservas estaduais eram de 2.485.327.772 m³, correspondentes a 56,78% do seu volume total.

Confira a lista:

Açude Público de Encanto – 99,12%
Flechas (José da Penha) – 97,89%
Rodeador (Umarizal) – 96,82%
Santana (Rafael Fernandes) – 96%
Passagem (Rodolfo Fernandes) – 94,96%
Açude Público Marcelino Vieira – 94,55%
Umari (Upanema) – 70,72%
Armando Ribeiro Gonçalves – 57,79%
Barragem de Pau dos Ferros – 52,94%
Santa Cruz do Apodi – 41,72%
Campo Grande (São Paulo do Potengi) – 41,27%
Açude Bonito II (São Miguel) – 22,78%
Gargalheiras – 16,61%
Boqueirão de Parelhas – 15,84%
Zangarelhas (Jardim do Seridó) – 3,95%;
Itans (Caicó) – 3,32%
Esguicho (Ouro Branco) – 0,59%.

Os reservatórios monitorados pelo Igarn que estão secos são: Inharé, localizado em Santa Cruz e Trairi, localizado em Tangará.

LAGOAS

A lagoa de Extremoz, responsável pelo abastecimento de parte da zona norte da capital, acumula 10.582.686 m³, correspondentes a 96,04% da sua capacidade total, que é de 11.019.525 m³.

Já a lagoa do Bonfim, responsável pelo abastecimento da adutora Monsenhor Expedito, acumula 41.914.670 m³, percentualmente, 49,74% do seu volume total, que é de 84.268.200 m³.

A lagoa do Boqueirão, que atende a usos diversos, acumula 10.050.651 m³, correspondentes a 90,75% da sua capacidade total, que é de 11.074.800 m³.

Currais Novos e Acari saem do rodízio de abastecimento

As cidades de Acari e Currais Novos saíram da situação de rodízio para abastecimento normal. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) abastece a cidade de Currais Novos através do Dourado e a cidade de Acari por meio do Marechal Dutra (Gargalheiras). Pela última medição do Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (IGARN), de 19 de março, o Gargalheiras está com 19% e o Dourado com 100%.

O sistema original do abastecimento das cidades de Acari e Currais Novos era o açude Gargalheiras, tendo em vista que o Gargalheiras pode acumular mais de 44 milhões de metros cúbicos e o Dourado pouco mais de 10 milhões de metros cúbicos. Em função do Gargalheiras ter secado em 2015, a Caern foi obrigada a encontrar alternativas para o abastecimento. Como passar a adotar o uso da água da adutora emergencial com captação na barragem Armando Ribeiro.

As chuvas do ano passado possibilitaram a ativação do abastecimento do Dourado para Currais Novos. Quando estava praticamente secando esse ano, as chuvas fizeram o Dourado transbordar no início de março e suas águas seguem para o Gargalheiras que está recuperando seu volume aos poucos. O açude Dourado está enviando água para Currais Novos diariamente, mas ainda necessita de contribuição do Gargalheiras em dias alternados.

É importante lembrar que mesmo com o abastecimento normal, a população deve continuar a fazer uso racional da água. Nesse momento de pandemia causada pelo coronavírus, a água é essencial, assim como cuidar dela. Portanto, elimine vazamentos internos, não use mangueira para aguar plantas, lavar carros ou calçadas. Adote hábitos simples como fechar torneira na hora de usar o sabonete ou fazer a barba. Não deixe crianças brincando com a água. Evite banhos longos. Previna-se contra o vírus, mas não desperdice.