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Alcaçuz

Três meses após massacre em presídio do RN, corpos ainda aguardam DNA

Mais de três meses depois do início da disputa entre facções rivais que resultou em duas semanas de rebelião e 26 mortos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, as consequências do massacre ainda perduram. Três corpos e 15 cabeças aguardam exame de DNA.

A polícia científica do Estado não tem laboratório com tecnologia para a análise do código genético. O exame deve ser feito ainda este mês, no laboratório da Polícia Científica da Bahia.

As cabeças foram encontradas em buscas sucessivas, depois da rebelião. Antes disso, 11 corpos foram identificados e liberados, sem cabeça, para as famílias. “Não era certeza que essas cabeças apareceriam, foram aparecendo, por sinal, de forma gradativa, algumas só posteriormente. É igual acidente aéreo, a vítima vai ser enterrada com o que foi encontrado”, disse o diretor-geral do Itep (Instituto Técnico-Científico de Perícia), Marcos Brandão.

Restam também três famílias que ainda não tiveram uma resposta definitiva sobre o destino dos restos mortais de três detentos depois da rebelião. Elas aguardam que sejam finalmente identificados por meio do DNA.

Desde janeiro, os corpos estão no Itep. Uma quarta vítima foi enterrada como indigente em abril. Depois da recontagem, além dos 26 mortos, foram contabilizados mais de 50 fugitivos pelo governo estadual.

Marcos Brandão afirmou que as análises de DNA devem ser feitas em maio. “Como a gente não tem [laboratório de DNA] fica dependendo de nos encaixarmos em outro laboratório”, disse. “Vai ser no laboratório da Polícia Científica da Bahia. A gente tem parceria com eles. Os técnicos são nossos, a gente usa a estrutura física e equipamentos deles.”

Segundo Brandão, a rebelião acabou fazendo avançar um processo antigo de abertura de um laboratório de DNA. Uma estrutura do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte já havia sido doada ao Itep, mas era preciso readequar o espaço. A obra está orçada em R$ 280 mil. Brandão informou que os recursos estão garantidos, e a licitação deve sair no dia 15 de maio. “Até o final do ano esperamos ter o nosso laboratório de DNA.”

REFORMAS E SUPERLOTAÇÃO

Aos que sobreviveram ao motim, é preciso lidar com a superlotação. Antes da rebelião eram cerca de 1.150 presos para 620 vagas, levando em conta a Penitenciária de Alcaçuz e a Penitenciária Rogério Coutinho Madruga, outra unidade que fica no mesmo terreno de Alcaçuz e é chamada de Pavilhão 5. Foi desse último espaço, controlado pelo PCC, que escaparam os presos para atacar o Pavilhão 4, dominado pelo Sindicato do Crime do RN.

A rebelião deixou um rastro de destruição no local, mas os problemas estruturais são mais antigos. Desde 2015 as celas não tinham grades (por causa de outro motim), o que deixava os detentos livres para circular dentro dos pavilhões. Com a retomada do controle de Alcaçuz, o governo estadual anunciou uma reforma emergencial. A obra, contratada com dispensa de licitação, foi orçada em R$ 1,9 milhão.

Com isso, segundo a Sejuc (Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania), cerca de 90% do contingente das duas penitenciárias estão abrigadas provisoriamente no Pavilhão 5, ou Penitenciária Rogério Coutinho Madruga. Ao todo, são 846 presos em Alcaçuz e 473 no Coutinho.

O Pavilhão 3 já ficou pronto e, segundo a Sejuc, recebeu vistoria de equipe médica da Prefeitura de Nísia Floresta –município onde fica Alcaçuz– e de representantes do governo estadual. Serão transferidos 300 presos que estavam provisoriamente no Pavilhão 5. A data e os detalhes da transferência não foram divulgados pela secretaria “por questões de segurança”

A construção de outras unidades prisionais também foi anunciada à época, como uma saída para a crise. Uma delas é a Cadeia Pública de Ceará-Mirim, que deveria ter sido entregue em 2016. A Sejuc diz que a unidade, com 603 vagas, está com 70% das obras concluídos e deve ser inaugurada no segundo semestre de 2017.

De acordo com a secretaria, o número de presos a serem transferidos de Alcaçuz para as novas unidades prisionais ainda está sendo decidido pela Coordenação de Administração Penitenciária. Ainda assim, a população carcerária do Estado é maior que o número de vagas a serem criadas. A secretaria informou que existem cerca de 8.000 detentos para 4.000 vagas atualmente.

FECHAMENTO DEFINITIVO

Na reforma de Alcaçuz, mudanças foram feitas em relação ao projeto original, que vão desde travas das celas mais modernas a reforço de concreto no chão. Em relação a adaptações que seriam realizadas do lado de fora, como proteção do perímetro do presídio e concretagem junto ao muro para evitar túneis de fuga, a Secretaria de Justiça não detalhou quais ações anunciadas no dia 23 de janeiro já estariam prontas ou foram iniciadas.

Mesmo com o anúncio da reforma, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, manifestou em pelo menos duas ocasiões o desejo de desativar a Penitenciária de Alcaçuz. Para ele, a escolha do local (uma duna próximo a uma área de expansão turística) e a concepção do projeto foram erradas desde o princípio. O Ministério Público do Rio Grande do Norte abriu inquérito civil questionando essas manifestações.

As reformas estão sendo orientadas pela Força Tarefa de Intervenção Penitenciária, grupo criado pelo Ministério da Justiça este ano para ajudar na crise dos sistemas prisionais dos estados. No total, 85 agentes penitenciários, de quatro Estados brasileiros, atuam no Rio Grande do Norte, especialmente em Alcaçuz, desde o fim de janeiro.

“[Alcaçuz] é um presídio bom”, disse o coordenador da Força Tarefa no Estado, Mauro Albuquerque. “Tem uma estrutura boa, muro, os blocos são bons, estão sendo reformados, então vai funcionar bem”, destacou em entrevista à Agência Brasil.

Já a presidente do Sindasp-RN (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte), Vilma Batista, concorda que o local escolhido não foi adequado. “O tamanho da penitenciária também desfavorece. É muito grande, e a gente não tem visão dela toda”. Porém, ela classifica o fechamento definitivo de Alcaçuz de “desperdício de dinheiro público”.

“Foi um investimento muito alto na penitenciária. O que deveria ser feito era reaproveitar. Temos outro nível de população carcerária, presídio feminino. E também porque não há tempo hábil para a construção de novas unidades. Mesmo que se construa Ceará-Mirim e mais duas unidades ainda não vai desafogar a superlotação que temos hoje”, diz.

Sobre o desejo do governador de fechar definitivamente Alcaçuz, a Secretaria de Justiça informou que “o fechamento ainda não foi confirmado nem tem data para acontecer”.

Alcaçuz recebe visita de secretários do Governo

Palco de uma das maiores rebeliões da história do Brasil, esquecer a batalha campal em Alcaçuz não será possível para muitos potiguares, que no início do ano viu o RN ser destaque na mídia nacional pela falência total do sistema de Segurança Pública. Após todos esses episódios, uma equipe do Governo do Estado, composta pela secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, e pelo secretário da Infraestrutura (SIN), Jader Torres, visitou a primeira etapa da obra de recuperação da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, nesta terça-feira (02).

Acompanhados de técnicos da SIN, eles vistoriaram o pavilhão 3, que teve suas obras já concluídas, e a obra do pavilhão 2, que deverá ser terminada até o final de maio. Dividido em duas alas (A e B), cada uma com 24 celas, o pavilhão 3 foi recuperado e recebeu melhorias como reforço no sistema de segurança das trancas das celas, reforço no sistema de iluminação e retirada todas as tomadas e fiações de dentro das celas, o que impedirá qualquer recarga de bateria de celular.

Também foram instaladas cortinas de segurança nas duas alas (grades); a cada 8 celas há uma grade. O pátio de sol foi reformulado para receber visita dos familiares dos internos, uma cobertura foi erguida e ganhou um banheiro. Foi implantada ainda uma cela específica para visita íntima.

Para os agentes penitenciários foi construído um alojamento dentro do pavilhão com banheiro e uma copa, além de parlatórios para atendimento jurídico, com vidro blindado. O contato com os internos ocorre apenas por interfone.

Um mezanino foi construído para melhorar o monitoramento dos detentos possibilitando o controle das alas e pátio pelos agentes. Todo o telhado foi trocado, a maior parte das grades foram substituídas e foram instaladas concertinas ao redor do pavilhão. Também foram executados os serviços de recuperação hidrossanitária e pintura de toda a estrutura, paredes, pisos e lajes.

Durante as obras dos pavilhões, representantes do grupo da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) estarão acompanhando e colaborando com ideias de para melhorar e reforçar a segurança da unidade.

O valor inicial da obra de reconstrução dos pavilhões 1, 2 e 3 da penitenciária é de R$ 1.968.956,45.


Operação Phoenix começa pela Penitenciária Rogerio Coutinho Madruga

Os agentes penitenciários da Sejuc RN com o apoio da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) tomaram o controle da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga (conhecida como Pavilhão 5) e também do Pavilhão 4, da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. A operação teve início às horas desta sexta-feira (27) e vai prosseguir pelos próximos 30 dias.

Após o início da operação, 120 presos foram encaminhados para autuação na delegacia móvel, instalada pela Polícia Civil no local. De acordo com o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Marco Antônio Severo, esses presos portavam material ilícito. “Foram localizados um revólver calibre 38, cerca de 30 celulares, drogas e armas brancas”, relatou.

Além dos presos já identificados portando material ilícito no primeiro dia da operação, o Setor de Inteligência da Sejuc RN já está identificando possíveis lideranças através de observação desde o início da rebelião.

Os agentes penitenciários não encontraram resistência por parte dos apenados durante a operação. O próximo passo é restaurar a estrutura danificada. Atualmente os presos que circulavam no pátio estão fechados em celas da Penitenciária Rogério Coutinho Madruga ou no Pavilhão 4, da Penitenciária Estadual de Alcaçuz.

“A união faz a força e unidos somos mais fortes”, comentou o titular da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), Wallber Virgolino, sobre a operação em conjunto que está sendo realizada com sucesso.

Governador apresenta plano de ações para Alcaçuz

O governador Robinson Faria reuniu representantes dos demais poderes no Gabinete de Gestão Integrada e apresentou algumas medidas de recuperação do sistema prisional em curto e médio prazo. O encontro aconteceu na tarde desta segunda-feira, 23, e reuniu entre diversas autoridades, os presidentes da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, e do Ministério Público, Rinaldo Reis.

O secretário de Segurança, Caio Bezerra, explicou que serão realizadas diariamente intervenções na penitenciária para que seja possível restaurar minimamente a estrutura do local e se consiga oferecer mais segurança contra fugas ou rebeliões.

A chegada da Força de Intervenção Penitenciária, com 71 agentes com expertise em crise, somará reforços aos agentes da segurança pública estaduais e federais nas ações dentro do presídio. É importante ressaltar que será realizando o concurso para 41 agentes penitenciários efetivos e 700 agentes penitenciários temporários.

Entre as ações, detalhadas pelo secretário, estão reparos nos pavilhões 2 e 3, instalação de uma cerca externa com sistema de alarme, reparo de três guaritas, implantação de um sistema de videomonitoramento e a limpeza da vegetação do entorno. Já foi iniciada a construção de uma barreira física separando as facções rivais dentro do presídio. Nesta terça-feira (24), os contêineres terminarão de ser colocados, concluindo assim a barreira física temporária, até que muro de concreto seja erguido, o que deve acontecer dentro de 20 dias.

Começa a construção do “Muro de Alcaçuz”

A situação tensa em Alcaçuz começa a tomar um novo rumo com a construção de um muro dentro do presídio. A ideia é separar as facções dentro da unidade por esse critério.

O pavilhão 4 e 5 seria ocupado pelos membros do PCC, enquanto os pavilhões 1, 2 e 3 seguem com o Sindicato do Crime do RN.

Imagens Google Maps/Edição Blog do Wallace

A Polícia Militar entrou na Penitenciária Estadual de Alcaçuz por volta das 10h50 do sábado (21) para erguer um muro de contêineres. Esse muro vai impedir o contato entre as facções, após oito dias de confronto.

O primeiro motim em Alcaçuz deixou 26 mortos, no sábado passado (14). Desde 2015 que o presídio segue sem celas, após uma grande ação comandada pelo Sindicado do Crime.

Participam da ação de construção do “Muro de Alcaçuz”, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Choque (BPChoque) e Grupo de Operações Especiais (GOE).

ITEP já identificou 22 corpos de detentos de Alcaçuz

O Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) já identificou 22 dos 26 corpos recolhidos pelo órgão até o momento da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. Todos foram identificados através de exame de papiloscopia, que realiza a comparação de impressões digitais.

Os corpos foram identificados como:

  1. Anderson Barbalho da Silva
  2. Anderson Mateus Félix dos Santos
  3. Antônio Barbosa do Nascimento Neto
  4. Carlos Clayton Paixão da Silva
  5. Charmon Chagas da Silva
  6. Cícero Israel de Santana
  7. Diego Felipe Pereira da Silva
  8. Diego Melo de Ferreira
  9. Eduardo dos Reis
  10. Felipe Rene Silva de Oliveira
  11. França Pereira do Nascimento
  12. Francisco Adriano Morais dos Santos
  13. George Santos de Lima Júnior
  14. Jefferson Pedroza Cardozo
  15. Jefferson Souza dos Santos
  16. Jonas Victor de Barros Nascimento
  17. Lenilson de Oliveira Melo Silva
  18. Luiz Carlos da Costa
  19. Marcos Aurélio Costa do Nascimento
  20. Marlon Pietro da Silva Nascimento
  21. Tarcísio Bernardino da Silva
  22. Willian Anden Santos de Souza

O trabalho de identificação tem contado com o apoio de familiares das vítimas e o empenho intenso dos profissionais do ITEP, que também tem contado com o auxílio de uma equipe da Polícia Federal.

Governador e ministro da Defesa tratam da atuação das Forças Armadas no RN

O governador Robinson Faria discutiu com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, como funcionará o trabalho de cooperação das Forças Armadas com as polícias do RN no reforço à segurança da capital e região metropolitana. O encontro aconteceu no início da noite desta sexta-feira, 20, na sala de reuniões da Governadoria.

Cerca de 650 homens do Exército, Marinha e Aeronáutica já estão reforçando o patrulhamento das principais vias, corredores, pontos turísticos, hospitais e aeroporto da capital potiguar. A previsão é de que amanhã (21) este número chegue a 1.500 e, no domingo (22), a quase 2 mil.

Governo do Estado e Ministério da Defesa discutem as parcerias para atuação das Forças Armadas em Natal, no meio da crise prisional. Foto Ivanizio Ramos/Assessoria

“Os trabalhos dentro de Alcaçuz vão continuar, e assim a gente vai enfrentando essa crise a cada dia”, destacou o governador, que conseguiu também a cooperação com equipamento do setor de engenharia do Exército. Amanhã será iniciada a construção de uma barreira física, de concreto, no presídio de Nísia Floresta.

Foto Ivanizio Ramos/Assessoria

O ministro Raul Jungmann salientou que a atuação das tropas federais dará maior disponibilidade, em termo de efetivo policial, para que o estado possa se dedicar mais às questões prisionais.

“Nós estamos aqui atendendo a um pedido do governador feito ao presidente da República que solicitou o apoio às forças armadas para a manutenção da ordem e da segurança neste momento que vive o Rio Grande do Norte. Até o domingo teremos 1846 homens aqui para assegurar, junto com a polícia militar e a polícia civil, segurança e a tranqüilidade do povo de Natal e da região metropolitana”.

ITEP tem dificuldade em identificar os corpos da rebelião em Alcaçuz

Em situação deplorável, os profissionais do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) tem tido dificuldade para identificar corpos com decapitações e esquartejamentos dos presos da rebelião de Alcaçuz, ocorrida no último sábado (14).

Teve corpo que foi liberado pelo Itep para a família sem a cabeça. Isso porque algumas das cabeças recolhidas no presídio não foram reconhecidas pelos familiares. Quatro corpos foram liberados dessa forma, e foi solicitado pelos próprios familiares.

Eis os nomes dos presos identificados até o momento:

  1. Anderson Barbalho da Silva
  2. Anderson Matheus Félix dos Santos
  3. Antonio Barbosa do Nascimento Neto
  4. Carlos Cleyton Paixão
  5. Charmon Chagas da Silva
  6. Cícero Israel de Santana
  7. Diego de Melo Ferreira
  8. Diego Felipe Pereira
  9. Eduardo Reis
  10. Felipe René Silva de Oliveira
  11. Francisco Adriano Morais dos Santos
  12. George Santos de Lima
  13. Jefferson Souza dos Santos
  14. Jefferson Pedroza Cardoso
  15. Lenílson de Oliveira Pereira da Silva
  16. Luiz Carlos da Costa
  17. Marlon Pietro do Nascimento
  18. Tarcisio Bernardino da Silva
  19. Willian Andrei Santos de Lima

Choque entra em Alcaçuz, mas estaciona na área administrativa

O Governador Robinson Faria garantiu que a Polícia Militar iria entrar em Alcaçuz, e assim foi. O Batalhão de Choque entrou novamente na penitenciária, no entanto não tomou completamente o presídio.

Os policiais estão na área administrativa do presídio agora à noite e vai permanecer por todo o período para garantir a segurança da unidade.

Mesmo assim, o Governo não tem a totalidade do presídio sob controle, como prometeu o Governador em entrevista na Globo News, em entrevista com a jornalista Maria Beltrão.

Fogo em Alcaçuz

Os presos tocam fogo na penitenciária de Alcaçuz, após recuarem dos avanços que o grupo do pavilhão cinco realizou nessa manhã de quinta-feira (19).

O incêndio atinge o pavilhão três de Alcaçuz, e a fumaça preta pode ser vista de uma longa distância.

Além disso, uma árvore caiu em um dos acessos ao presídio.

Mais cedo, o governador Robinson Faria afirmou que ainda hoje (19) a Polícia Militar vai entrar na unidade prisional.

Presos do pavilhão cinco recuam área conquista na manhã desta quinta-feira (19)

Por volta das 10:00 horas desta quinta-feira (19), os presos do pavilhão cinco enfrentaram os presos do pavilhão quatro, o que teve início a uma batalha campal no pátio comum da prenitenciária estadual de Alcaçuz.

O pavilhão cinco levou a melhor e conquistou a área da outra facção e avançou pelo pavilhão quatro. Nesse confronto existe dados extraoficiais de que quatro ou seis presos foram mortos, mas a SESED ainda não tem confirmação.

Agora à tarde, depois das declarações do Governador Robinson Faria na imprensa nacional, de que as forças especiais iriam recuperar o controle do presídio, os presos do pavilhão cinco recuam da área conquistada nesta manhã e retornam para seu pavilhão.

A outra facção continua no mesmo ponto e o clima é mais calmo em Alcaçuz. O Governador confirmou que o Batalhão de Choque e o Grupo de Operações Especiais (GOE) irão entrar e recuperar o controle do presídio ainda hoje (19).

Detentos em Alcaçuz possuem armas de fogo, diz PM

O Novo Jornal trouxe uma reportagem sobre a rebelião em Alcaçuz, além das declarações de detentos e policiais. A guerra entre membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do SDC (Sindicato do Crime do RN) deixou um saldo de quatro mortes, hoje (19), segundo relatou por telefone, um preso de dentro da penitenciária de Alcaçuz, no município de Nísia Floresta, na Região Metropolitana.

A informação é que há, pelo menos, dois mortos por cada facção. Além disto, a comida da cozinha está preste a acabar.

O assessor de Comunicação da Polícia Militar, major Eduardo Franco, confirmou ao NOVO que é possível ver presos atirando com armas de fogo dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. O clima segue tenso na unidade, com os detentos soltos na área comum.

De acordo com o major Franco, os presidiários utilizam revólver calibre 38, e os policiais e agentes tentam conter os presos com tiros de armas não-letais.

Alcaçuz segue sem controle desde o último sábado (14), quando os presos do pavilhão 5, ligados ao PCC atacaram o pavilhão onde estavam membros ligados ao Sindicado do Crime do RN. Hoje (19) pela manhã o clima esquentou dentro do presídio e uma batalha campal foi estabelecida na unidade.

Governador afirma que PM vai garantir segurança para construção de um novo muro em Alcaçuz

Nas palavras do Governador Robinson Faria, a Polícia Militar do RN, através dos grupos especiais e de elite da tropa, irá garantir a segurança interna do presídio para obras de reparação.

Robinson explicou que os Policiais irão fazer uma “corrente humana” para separar facções e garantir isolamento necessário para “construção rápida e de alta tecnologia” de um muro fechado uma área. O isolamento de uma área é para garantir a reforma de um pavilhão que irá abrigar parte dos presos da unidade.

O governador segue com sua entrevista no programa Estúdio I, no canal Globo News, com a jornalista Maria Beltrão.

Governador Robinson antecipa, em rede nacional, que PM vai invadir Alcaçuz

Ao vivo, neste momento, o Governador Robinson Faria confirma uma operação da Polícia Militar para entrar na Penitenciária de Alcaçuz, pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) e a tropa especializada.

A entrevista acontece no canal Globo News, no programa Estúdio I, com a jornalista Maria Beltrão.

PM afirma que presos estão armados e se matando em Alcaçuz

O Portal G1 publicou a informação do Major Eduardo Franco, da assessoria da PM do RN. “Os presos estão armados e se matando”. A rebelião foi reiniciada na manhã desta quinta-feira (19) na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, e o clima é o mais tenso desde a morte de 26 presos após confronto.

Um cenário de guerra toma conta da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. “Está todo mundo armado”, afirmou o major Franco. “A sorte é que eles não estão atirando contra as guaritas, senão teríamos que revidar”, completou Franco.

O Primeiro Comando da Capital, o PCC é o dono do pavilhão 5 que avançou e conquistou o número 4. Isso porque o Sindicato do RN foi enfraquecido com as transferências feitas pelo Governo do Estado.

Os presos estão armados com barras de ferro, paus e pedras, e montaram barricadas com grades, chapas de ferro dos portões, armários e colchões.
 A situação é muito tensa no RN e o Governador já admitiu que não tem mais o controle.

Imagens mostram avanço de uma facção sobre a outra

Presos de um pavilhão parecem que avançaram sobre a área de outra facção.

As cenas são de uma batalha campal no pátio da Penitenciária de Alcaçuz.

A Polícia Militar tenta conter a crise com bombas e balas de efeito, mas mesmo assim pedras e objetos são lançados entre os presos.

Nas imagens da imprensa nacional, já tem transporte de feridos em carrinhos.

Mais informações a qualquer momento.

Clima fica mais tenso em Alcaçuz e Polícia tenta conter presos

Os presos em Alcaçuz estão mais agitados, e a polícia joga bombas de efeito moral e balas de borracha para contê-los.

O confronto entre o pavilhão 4 e 5 segue à distância, com presos jogando objetos entre si.

Os grupos destruíram as barricadas e os presos podem entrar em confronto a qualquer momento.

Situação volta a ficar tensa em Alcaçuz

Acreditem, a situação em Alcaçuz continua tensa. Os presos voltaram a ficar no pátio comum do maior presídio do Rio Grande do Norte.

Os presos se posicionam entre os seus grupos e portam armas, tudo flagrado pelas câmeras da imprensa nacional.

A frase do governador Robinson Faria, que estava tudo “sob controle”, é sempre ironizada pela imprensa, que é totalmente incoerente com a realidade.

Juíza não aceita transferências de Alcaçuz

Ainda não se sabe o porquê de não ter dado certo a transferência 220 detentos de três presídios da Grande Natal. A juíza corregedora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Maria Nilvalda Torquato, não aceitou as permutas de presos e a Secretaria Estadual de Segurança (Sesed) não sabe explicar o que causou tal embaraço.

Diante do impasse, os 116 presos que saíram da Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP) deveriam ficar custodiados em Alcaçuz, porém tiveram que ser acomodados na Cadeia Pública de Natal, o Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, na Zona Norte de Natal.

Diante desse impasse, nessa madrugada de quinta-feira (19), a Cadeia Pública de Natal vai saltar de 560 detentos para 676 presos. Isso supera e muito a sua capacidade, que é de receber 216 presos.

Operação transfere 220 presos da Penitenciária de Alcaçuz

A operação de hoje tem como objetivo evitar conflitos entre as facções e conta com as forças especiais da Polícia Militar e da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc). Houve a necessidade de liberar vagas em Parnamirim para receber os presos que estavam amotinados, principalmente, nos pavilhões 1 e 3. Os detentos do PEP foram encaminhados à Cadeia Pública de Natal e a Alcaçuz.

O secretário de Segurança Pública, Caio Bezerra, considerou a operação exitosa até o momento da coletiva. “Não houve resistência por parte dos presos, fizemos revistas em todos os pavilhões e estamos concluindo a transferência dos presos. Foram localizadas armas de fogo, um colete balístico e uma grande quantidade de armas brancas”, destacou.

Cerca de 400 policiais e agentes penitenciários trabalharam na trânsferência, que está sendo realizada em dez ônibus, 60 viaturas, um veículo blindado Centurion do Choque e a Aeronave Potiguar I, que ainda contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal.

Sobre as recentes ocorrências na capital, o secretário explicou que ainda está sendo investigada a relação dos crimes com a transferência dos presos. “As nossas forças de segurança estão mobilizadas para garantir a normalidade nas ruas e as investigações sobre possíveis retaliações já estão sendo feitas”, frisou Caio.