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Cardeal Odilo Pedro Scherer

Cardeal de São Paulo preside missa em Cunhaú

O arcebispo da Arquidiocese de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, vem ao Rio Grande do Norte, participar da festa em honra dos Mártires de Cunhaú. Ele preside a missa de encerramento da festa, nesta segunda-feira, 16, às 16 horas, em frente à capela de Nossa Senhora das Candeias, na comunidade de Cunhaú, no município de Canguaretama. A celebração também contará com a participação do arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, e de sacerdotes da Arquidiocese.

Festa dos Mártires

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Canguaretama, celebra festa em memória dos Mártires de Cunhaú. Desde o dia 2, acontece peregrinação com a imagem dos Mártires pelas comunidades da Paróquia. Na segunda-feira, 16, data em que são lembrados os 373 anos do martírio de Cunhaú, a programação será intensa, iniciando às 7h, com o Martbike, da Igreja Matriz para a comunidade de Cunhaú; a partir das 9h30, haverá louvor e recitação do Terço dos Mártires; às 10h30, missa, no Santuário Chama de Amor; às 13h30, procissão com a imagem de Nossa Senhora da Candeias, saindo do Santuário para a capela; às 14h, show, animado pelo Padre Nilson Nunes, de João Pessoa (PB); às 15h45, encenação do morticínio de Cunhaú, e, às 16h, missa solene, presidida pelo Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo.

Martírio de Cunhaú

O massacre do Engenho Cunhaú, em Canguaretama, aconteceu em 16 de julho de 1645. Era o tempo do domínio holandês, na região. Em volta da Capela de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú, residia em torno de 70 pessoas, dedicadas aos trabalhos da lavoura e moagem da cana. Em Pernambuco, as investidas holandesas se instauravam, mas, na capitania do Rio Grande tudo parecia tranquilo. Repentinamente, o clima tornou-se tenso com a chegada de Jacó Rabi, a serviço da coroa holandesa, em 15 de julho de 1645. Ele, juntamente com os índios Tapuias e Potiguares, trazia uma mensagem do Supremo Conselho Holandês de Recife, gerando nos nativos, suspeitas e medo do que pudesse acontecer. No outro dia, 16 de julho, domingo e festa de Nossa Senhora do Carmo, aproveitando que na hora da missa se reuniriam os colonos e o pároco, Padre André de Soveral, Jacó Rabi iria ser o portador de uma mensagem do Supremo Conselho Holandês de Recife aos moradores do Cunhaú. Na missa, no momento em que o Pe. André de Soveral elevou o cálice, a um sinal de Jacó para os índios, convocados pelos holandeses, as portas da capela se fecharam e começou, então, o massacre do Cunhaú