Pular para o conteúdo

Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel

Comissão de Saúde volta ao Walfredo Gurgel e cobra solução para tomógrafos

Depois de 55 dias, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do RN voltou, nesta quarta-feira (15), ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade de urgência e emergência do Estado. A nova visita técnica teve como foco a paralisação dos dois tomógrafos do hospital, que voltaram a apresentar falhas e deixaram o serviço de diagnóstico por imagem comprometido.

Participaram da inspeção as deputadas Cristiane Dantas (SDD) e Terezinha Maia (PL) e o deputado Dr. Kerginaldo (PL), que integram o grupo de trabalho permanente da Comissão de Saúde. A comitiva foi recebida pelo diretor-geral do hospital, Geraldo Neto, e pela secretária-adjunta de Saúde do Estado, Leidiane Queiroz.

O deputado Dr. Kerginaldo (PL) cobrou urgência nas soluções e criticou as condições de infraestrutura do hospital. “Falta de banheiro para acompanhantes, ausência de alimentação e de manutenção básica. Isso é desumano. Falta gestão e prioridade”, disse o parlamentar.

A deputada Cristiane Dantas (SDD) defendeu que a situação exige medidas imediatas. “É preciso priorizar o Walfredo Gurgel, que é o principal hospital do Estado. Os recursos existem, e uma reunião do Conselho Estadual de Saúde pode remanejar valores de emendas para agilizar essa compra”, sugeriu.

A deputada Terezinha Maia (PL) também se pronunciou durante a visita, classificando a situação como inadmissível. “Não importa a posição social da pessoa envolvida em um acidente, se o paciente é atendido pelo SAMU ele precisa ser recebido e diagnosticado com segurança. Não podemos permitir que o maior hospital do Estado funcione com tomógrafos de 10 a 15 anos de uso. É inaceitável”, afirmou.

Durante a visita, Leidiane anunciou o início das obras de manutenção do setor de tomografia, que serão executadas enquanto as máquinas permanecem fora de operação. “Há um esforço enorme de toda a equipe do Governo para reduzir transtornos. É como trocar o pneu com o carro andando, mas estamos fazendo o possível para que nenhum paciente fique sem atendimento”, afirmou.

A secretária explicou que os pacientes do Walfredo Gurgel estão sendo encaminhados para outras unidades da rede estadual, como o Hospital Deoclécio Marques, o Giselda Trigueiro e o Hospital da Polícia Militar, além de hospitais privados que se dispuseram a colaborar. Segundo ela, o processo de compra de um novo tomógrafo, avaliado em R$ 2,5 milhões, está em curso desde o ano passado, antes mesmo da quebra dos equipamentos atuais.

O diretor do hospital, Geraldo Neto, detalhou o fluxo adotado durante o período de manutenção. “Os pacientes chegam ao Walfredo por causa do perfil de atendimento e da estrutura médica que temos. Depois do primeiro atendimento, eles são direcionados conforme o tipo de exame necessário e a disponibilidade nas demais unidades. A rede foi redesenhada para evitar atrasos nos diagnósticos”, explicou.

A Comissão de Saúde deve apresentar um relatório técnico com as observações da visita e recomendações à Secretaria de Saúde Pública (Sesap), reforçando a necessidade de acelerar a reforma do setor de imagem e garantir o funcionamento contínuo dos tomógrafos.

Técnicos denunciam condições insalubres no setor de tomografia do Hospital Walfredo Gurgel

Técnicos em radiologia do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, denunciaram as precárias condições de trabalho no setor de tomografia 1 e 2. Eles relatam mofo nas paredes, fiação exposta, ar condicionado sujo, além de pisos e paredes deteriorados. O problema, segundo os profissionais, se arrasta há anos. Em reunião com o diretor Geraldo Neto, uma lista de reivindicações foi apresentada, mas até o momento, nenhuma solução foi implementada.

A equipe, formada por 13 técnicos, enfrenta uma sobrecarga de trabalho, acumulando 1.428 horas mensais, enquanto a legislação determina um máximo de 96 horas por profissional. Para atender à demanda e garantir a qualidade dos exames, seriam necessários pelo menos 20 técnicos. Entre janeiro e agosto deste ano, o hospital realizou 35.126 exames, com previsão de dias em que apenas um técnico ficará responsável por procedimentos complexos.

Com a falta de resposta da direção, os profissionais anunciaram uma paralisação para o dia 25, com uma manifestação que sairá do Hospital Giselda Trigueiro até o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Eles ressaltam que, conforme a Constituição, a saúde é um direito de todos e que cabe ao Estado garantir condições adequadas para o serviço.

Os servidores da saúde realizarão uma paralisação nesta quarta-feira (25), confirmada pelo Sindsaúde. As principais reivindicações incluem o pagamento do piso da enfermagem, melhorias no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do Hospital Giselda Trigueiro e a incorporação do adicional de insalubridade para todos os servidores.

Técnicos em radiologia do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e profissionais do setor de ultrassonografia também participarão do protesto, que reflete a insatisfação generalizada com as condições de trabalho e a qualidade do atendimento à população.
A concentração será às 9h no SVO do Hospital Giselda Trigueiro.

Do Via Certa Natal