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Imprensa

Repórteres do Estadão são agredidos durante cobertura da tragédia em São Sebastião

Moradores do condomínio Vila de Anoman agrediram profissionais do Estadão em Maresias Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

Um grupo de moradores do condomínio de luxo Vila de Anoman, em Maresias, São Sebastião, agrediu fisicamente e com palavrões a reportagem do Estadão que cobria a tragédia no litoral norte de São Paulo.

Um deles obrigou o repórter fotográfico Tiago Queiroz a apagar fotos que tinha feito das ruas do condomínio alagado, com carros danificados. Queiroz, no entanto, salvou as imagens em outro cartão de memória. Outro morador empurrou a repórter Renata Cafardo em um alagamento e tentou roubar seu celular. Um funcionário do condomínio e outros moradores tinham autorizado a reportagem a entrar no local.

Quando esse grupo viu a reportagem, no entanto, passou a xingar a equipe com palavrões e acusar o Estadão de ser “comunista e esquerdista”. Em seguida, passaram a empurrar o fotógrafo e a repórter.

Queiroz foi cercado, sua câmera foi puxada e depois um deles tentou tirar o celular da mão da repórter. Como não conseguiu, empurrou Renata para um alagamento, que caiu na água. Ele só parou a agressão porque moradores que passavam na rua o seguraram.

A reportagem conseguiu fotografar o grupo, mas não tem a identificação deles. Eram cinco homens e uma mulher. Um deles se identificou como sub síndico do condomínio. O Vila de Anonan tem 30 casas, com 315 metros quadrados e piscina privativa, anunciadas para venda por R$ 3,5 milhões. Após as tragédias que mataram ao menos 40 pessoas, o grupo estava indo à praia quando parou para agredir a reportagem.

Este mês diversas entidades em defesa da liberdade de imprensa estiveram em Brasília com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), para entregar um dossiê sobre violência contra jornalistas no País. Foi então criado, em parceria do governo, sociedade civil e judiciário, um observatório para reunir e dar rapidez às investigações contra violência contra a imprensa.

Nesta terça-feira, o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que enviou o caso à apreciação do Observatório da Violência contra Jornalistas, órgão da pasta, para acompanhamento das providências legais visando à proteção da liberdade de imprensa.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, criticou a agressão aos jornalistas. “Uma imprensa livre é pilar fundamental da nossa democracia”, escreveu em suas redes sociais.

Desde os atos golpistas de 8 de janeiro, dezenas de jornalistas e comunicadores foram agredidos fisicamente e impedidos de trabalhar. A liberdade de imprensa é garantida por lei no País.

Em nota, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudiou “com veemência as agressões”. “É inadmissível que profissionais de imprensa sejam atacados por exercerem seu papel de levar para a sociedade informações de interesse público. A Abraji se solidariza com os jornalistas agredidos e exorta as autoridades locais a identificar e responsabilizar os agressores”, disse em nota.

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) pedem a apuração do ataque e que os autores “dessa tentativa de cercear o livre trabalho da imprensa” sejam responsabilizados. “Que neste momento de grande dor, os familiares das vítimas possam encontrar conforto e serenidade. E que os profissionais de imprensa possam realizar esta dificílima cobertura sem o receio de serem atacados de maneira covarde por aqueles que desprezam o luto de uma tragédia.”

Matéria do Estadão

Imprensa é hostilizada por apoiadores de Bolsonaro no Santuário Nacional de Aparecida durante os festejos da Padroeira

Foto: Thiago Leon/Santuário Nacional

A CNN e vários canais de TV mostraram a hostilidade dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra equipes de reportagem, dentro do Santuário Nacional de Aparecida.

Apoiadores do presidente cercaram e hostilizaram uma equipe de reportagem da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, do lado de fora do Santuário Nacional. O repórter cinematográfico Fabiano Biancatto, do SBT, também foi hostilizado.

Os apoiadores aparecem gritando e apontando para a câmera e, segundo o repórter da CNN que publicou o vídeo no Twitter, o cinegrafista precisou sair escoltado por funcionários da TV.

 

Imprensa nacional ironiza Robinson Faria ao falar em “sob controle” a situação de Alcaçuz

Não adiantou o governador do Rio Grande do Norte falar em controle do presídio de Alcaçuz, logo no início da tarde o presídio estadual registrou um princípio de rebelião e a situação ainda é tensa.

Os presos estão soltos no pátio da unidade e pretendem invadir um dos pavilhões.

Os grandes portais da imprensa nacional ironizaram as palavras de Robinson Faria, quando afirmou que a situação de Alcaçuz estava “sob controle”.

A Polícia Militar já solicitou reforço reforço de todo efetivo para Alcaçuz.

Rebelião no RN é destaque em toda imprensa nacional

Um destaque negativo, infelizmente é assim que o Rio Grande do Norte tem sido apresentado para o Brasil e o mundo nos últimos anos. Após um massacre de 26 presos no maior presídio do Estado, Alcaçuz.

As notícias nos maiores portais da imprensa nacional dão destaque para o RN, confira:

 

Chegou a hora de investigar a imprensa “bem paga”

Não seria o momento de investigar a imprensa bem nutrida de recursos públicos para servirem de lacaios de muitos políticos? A discussão se abre após os governos de várias esferas receberem críticas e alguns jornalistas e comunicadores (principalmente os blogueiros) saírem em defesa de figura A ou B.

No RN, existem para todos os gostos. Nível municipal, regional e estadual, cada um com seu padrinho político e uma boa conta bancária para receber os recursos. Isso é um bom incentivo para falar de bem do “patrão” e despejar fortes críticas para os desafetos. Os adversários do patrão são seus adversários, os amigos do seu patrão são seus amigos. Isso é quase uma lei, que pode ser revogada a partir do momento que houver um rompimento ou aliança.

A imprensa tem que ser livre, mas seus vínculos com o poder público, principalmente com os cofres públicos, precisam de uma “Lava Jato” urgente, e falo com observação para o Rio Grande do Norte. Que motivações pautam os blogs, portais e outros veículos de comunicação? Quais suas fontes de renda? Quanto declaram?

Parece censura ou invasão, mas é nada mais do que todo cidadão deve fazer, prestar contas de seus ganhos e rendimentos. Existe uma Fazenda para isso, uma série de organismos para identificar as movimentações financeiras dos cidadãos. E mesmo com todo aparato ainda existem Cunhas, Calheiros, Alves, Cabrais, Garotinhos e tantos outros que sempre estão na mira da justiça com acusações sobre supostas e mirabolantes transações.

O que observamos é uma mídia parcial, no entanto uma parcialidade criminosa. A imparcialidade é quase um mito, muitos estudiosos consideram algo impossível, pois todos nós temos nossas preferências e opinião formada.

O que se pede é muito menos que um mito ou uma lenda de isenção. Se pede a coerência e a ética em não distorcer os fatos, apresentar a realidade como ela é. Como diria Nelson Traquina, grande estudioso da comunicação: “os jornalistas são os modernos contadores de ‘estórias’ da sociedade contemporânea, parte de uma tradição mais longa de contar ‘estórias’”.

Que façamos um serviço à História contando fatos e versões, sem paixões e transmitindo os fatos com o máximo de verdade que nossa alma pode ofertar.