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Medicina

Ivanildinho anuncia construção de nova sede da Escola Miguel Lula e critica “ausência” do Curso de Medicina da UFRN em Santa Cruz

Ao final da leitura da mensagem anual à Câmara, o prefeito Ivanildinho Ferreira fez um desabafo sobre uma situação que envolve uma polêmica de muitos anos. A doação da Escola Municipal Miguel Lula de Farias. Com o projeto da expansão universitária, com a esperança da implantação do curso de Medicina pela UFRN, o que não aconteceu, a Prefeitura perdeu um espaço que abrigava 500 alunos.

O prefeito garantiu que irá construir uma nova sede para a escola, como forma de reparação pela doação que não trouxe frutos, pois o curso de medicina não foi instalado em Santa Cruz, e pertence a Caicó.

Em sua fala, o prefeito criticou os efeitos que resultaram dessa doação e afirmou que não existe o curso de Medicina, que o município foi prejudicado, e os frutos dessa mobilização não chegaram.

>>> Do Blog

Esse assunto já debatemos exaustivamente no Programa Repórter 87FM, que Santa Cruz foi prejudicada por muita politicagem. As promessas de muito se transformaram em “quase nada”. O anexo que era o Miguel Lula hoje foi transformado em “puxadinho” do HUAB, bem distante da projeção de construções verticais dentro do Hospital e no próprio anexo para viabilizar um hospital escola com mais especialidades.

Um terreno que foi retirado dos órgãos públicos, como IBGE, Promotoria, Prefeitura e outros, às margens da BR-226, seria para construção do campus de Medicina. No entanto, Santa Cruz não tem esse curso, pois o referido curso pertence a Caicó. No “sonhado campus de medicina” será o espaço para o curso de educação física.

Muita promessa e pouca realização!

Mas nem todos os envolvidos estão preparados para essa conversa franca.

Enfermeiros realizam caminha em Santa Cruz contra limitações na atuação profissional

Os enfermeiros de todo o Brasil estão se mobilizando contra uma ação movida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece uma limitação para os profissionais da enfermagem. Estes não podem realizar consultas na qual oferece ao paciente diagnóstico de doenças e a prescrição de exames e medicamentos, bem como o encaminhamento para outros profissionais ou serviços. A medida foi confirmada pelo juiz federal substituto da 20ª Vara do Distrito Federal, Renato Borelli, que suspendeu por meio de decisão liminar os efeitos da Portaria nº 2488, de 21 de outubro de 2011, editada pelo Ministério da Saúde.

A decisão do magistrado reforça a exclusividade das atividades previstas na Lei nº 12.842/2013 (Lei do Ato Médico), reforçando que existe uma “invasão” nas responsabilidades de cada profissão. “Está demonstrado que o ato fustigado, ao permitir que o enfermeiro possa realizar consultas (diagnosticar), exames e prescrever medicamento, foi além do que permite a lei regente da profissão de enfermeiro, sendo, assim, ato eivado de ilegalidade, passível de correção judicial, tudo de modo a evitar dano à saúde pública”, ressaltou magistrado.

Diante desse cenário, os enfermeiros já se mobilizam através dos conselhos regionais, bem como através das várias instituições ligadas aos profissionais. Em Santa Cruz, o largo da FACISA será um ponto de apoio para a “Caminhada em prol do reconhecimento e liberdade de atuação da enfermagem no Brasil”, que acontecerá nesta terça-feira, 10 de outubro, às 16 horas.

COFEN

O Conselho Federal de Enfermagem repudia o corporativismo do Conselho Federal de Medicina, que se sobrepôs ao interesse público, em detrimento da população brasileira, ameaçando a efetividade de programas de assistência consolidados na Atenção Básica.

Em nota, o Conselho de Enfermagem explica que, “diferentemente do que foi divulgado pelo CFM, a decisão liminar proferida no processo suspende “parcialmente a Portaria nº 2.488 de 2011, tão somente na parte que permite ao enfermeiro requisitar exames”.

PREJUÍZOS AO SUS

Para o Conselho Federal de Enfermagem, a medida da Justiça Federal, motivada pela ação do Conselho de Medicina, representa um “restrição” que prejudica a efetividade do atendimento na Atenção Básica e no pré-natal de baixo risco, atrasando ou inviabilizando exames essenciais como VDRL, em um momento crítico no qual o Brasil enfrenta epidemia declarada de sífilis, associada a complicações graves, inclusive cegueira e morte neonatal.

A realidade nas unidades de saúde é de intensa participação dos enfermeiros, que passa pela atenção aos diabéticos e hipertensos (“hiperdia”), tuberculose, hanseníase, DST/Aids, dentre outros agravos, que também podem sofrer descontinuidade, causando prejuízos graves à população, segundo o COREN/RN

CORPORATIVISMO MÉDICO

Não é de hoje que o Blog acompanha polêmicas causadas pelo Ato Médico, com participação e opinião de diversos segmentos da saúde pública. Em 2010, o Blog trouxe entrevistas com enfermeiros, terapeutas ocupacionais e médicos opinando sobre essa questão da exclusividade de atuação dos médicos no Brasil.

Esse novo capítulo colocou o tema em evidência, e o Conselho de Enfermagem considera que houve sensacionalismo na questão tratada pelo CFM, o que acirra a “falsa rivalidade entre profissões essenciais ao cuidado”. “O corporativismo médico não pode se sobrepor ao interesse coletivo, prejudicando o atendimento à população”, destaca a nota publicada pelos conselhos de enfermagem, referendadas pelo discurso do presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Manoel Neri, na solenidade de abertura do VI Seminário Internacional em Promoção da Saúde, em Fortaleza (CE), no início deste mês.

VERSÃO DO CFM

Para o presidente do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, a decisão coroa o trabalho feito pela Comissão Jurídica, que permanentemente monitora e defende o cumprimento da legislação brasileira. “Os médicos continuam a ser responsáveis pelo diagnóstico de doenças e prescrição de tratamentos, sendo que os outros profissionais atuarão unicamente dentro do escopo de suas respectivas legislações e conforme jurisprudência dos Tribunais Superiores”, afirmou.

No pedido apresentado à Justiça Federal, o CFM questionava apenas o artigo da Portaria nº 2.488/2011 que permitia aos enfermeiros a adoção de medidas consideradas exclusivas do médico (diagnóstico de doenças e prescrição de tratamentos). A preocupação do CFM era evitar a prática da medicina por profissionais não habilitados, evitando-se, assim, colocar o paciente em situação de risco.

A decisão é liminar, à qual ainda cabe recurso.

Fátima reafirma compromisso em trazer curso de Medicina para o interior do RN

A deputada federal Fátima Bezerra passou pelos estúdios da Rádio Comunitária Santa Rita FM e falou sobre diversos temas, entre eles o curso de Medicina no interior do RN.

“É compromisso meu. Vou lutar para trazer um curso de Medicina para o interior do Rio Grande do Norte”, reafirmou Fátima Bezerra.

A deputada evitou o favoritismo, quando Caicó e Currais Novos também querem o curso para seus Campi, mas Santa Cruz já apresenta o Campus na área da saúde, com os cursos de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, e Psicologia que será implantado em breve.

Com um Hospital Universitário na cidade, e a possibilidade e articulação para federalizar outro (Hospital Regional), Santa Cruz espera ansiosa pela vinda do curso, que será um marco para história da educação da região.

Fátima confirmou também que o MEC já solicitou a Reitora da UFRN, Ângela Paiva, um projeto de expansão para integrar o REUNI 2, que também contemplará novos cursos para Santa Cruz.

O curso de Medicina em Santa Cruz agora depende apenas de um estudo de viabilidade da Universidade Federal.