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Serviço Social

ALRN homenageia assistentes sociais que atuaram na linha de frente da Covid-19

A tarde desta segunda-feira (20) foi de homenagens aos profissionais da área do Serviço Social que atuaram no enfrentamento à pandemia da covid-19 no Rio Grande do Norte. Por iniciativa da deputada Isolda Dantas (PT), a Assembleia Legislativa realizou uma Sessão Solene com objetivo de homenagear esses profissionais, que tiveram ação e importância destacadas na linha de frente do atendimento público no estado.

Inicialmente prevista para ocorrer no dia 15 de maio, data em que é comemorado o Dia do Assistente Social, a Sessão Solene lotou o plenário da Assembleia Legislativa. Com mais de 200 mil profissionais atuando no país, de acordo com a deputada Isolda Dantas, a categoria foi desafiada e precisou se reinventar durante a pandemia, tanto pela complexidade da situação quanto pelo que as participantes definiram como ‘sucateamento’ do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), que tem como objetivo o apoio a indivíduos, famílias e à comunidade no enfrentamento de suas dificuldades, por meio de serviços, benefícios, programas e projetos.

“Uma sociedade é tão civilizada quanto o cuidado que tem com seu povo, em especiais àqueles e àquelas que estão em situação de vulnerabilidade. Um dos instrumentos mais importantes que tivemos nas últimas décadas foi o SUAS, mas vivemos um projeto de morte no Brasil”, criticou Isolda Dantas.

De acordo com a deputada, o papel dos profissionais e das profissionais do serviço social no país demonstrou ser ainda mais fundamental neste momento, com altos índices de desemprego e aumento da pobreza. Para ela, o trabalho dos assistentes sociais foi fundamental para amenizar o sofrimento e as dificuldades encontradas pela população nos últimos anos. “Por isso agradecemos pelo compromisso ético. Que lutemos e esperancemos por um amanhã que está muito perto de chegar”, disse a deputada.

Após homenagens a diversos profissionais e instituições que tiveram atuação destacada no Rio Grande do Norte durante a pandemia, a coordenadora da Casa de Acolhimento às Mulheres Vítimas de Violência de Mossoró, Cláudia Lopes, e a presidente do Conselho Regional de Serviço Social do Rio Grande do Norte (Cress/RN), Angely Dias da Cunha, expuseram parte das impressões dos profissionais sobre o atual momento do país, assim como agradeceram pela homenagem concedida pela Assembleia Legislativa através da solenidade proposta pela deputada Isolda Dantas.

“Garantir política de assistência social, foi num período recente, uma das grandes conquistas. Recuperar essa política é nosso maior desafio. Em momentos de crise é que demonstramos como nossa profissão é essencial para evitar o acirramento das questões sociais e as sequelas deixadas. A pandemia foi exemplo nítido”, disse Cláudia Lopes. “Contem com nossa profissão para fazer valer uma vida de dignidade. Vamos nos apoiar em mulheres e homens que fazem toda diferença em nossas vidas”, completou. “Sabemos que é uma luta constante e dura, mas ficamos muito felizes com o reconhecimento por parte do mandato da deputada Isolda Dantas. Ficamos muito honradas e quero agradecer em nomes de todos”, disse Angely Cunha.

CRESS-RN denuncia cursos ilegais de graduação em Serviço Social

O Conselho Regional de Serviço Social do RN (CRESS-RN) faz um alerta a estudantes e à população sobre a oferta irregular de cursos de graduação que sequer são reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).

Estes cursos de Serviço Social estão espalhados por todo o país e agem oferecendo formação na modalidade EaD, com preço acessível e conteúdo resumido, superficial e sem criticidade. Muitas vezes, são cursos de extensão vendidos como graduação.

O CRESS–RN tem identificado as irregularidades desde 2017, mapeado os cursos e denunciado ao Ministério Público e Polícia Federal. “Muitos estudantes ainda caem no golpe porque os cursos são mais baratos e prometem ensino superior com diploma reconhecido pelo MEC”, explica a conselheira Karina Martins.

Todo bacharel em Serviço Social deve realizar inscrição no CRESS do seu estado para estar apto a trabalhar profissionalmente como assistente social. Para isso, o Conselho realiza um processo de análise da documentação pessoal e da graduação.

Somente podem ser inscritos bacharéis que tenham cursado regularmente uma graduação em Serviço Social reconhecida pelo MEC. Ou seja, alunos oriundos de cursos irregulares não conseguem se inscrever no CRESS e, consequentemente, não podem trabalhar como assistentes sociais.

“São cursos que não possuem a carga horária exigida para formação superior, e na maioria das vezes os estudantes encontram dificuldade em concluir e obter o diploma, que, para completar, não tem validade”, completa Karina.

“Ao detectar um curso irregular, o CRESS-RN encaminha ofício à instituição solicitando esclarecimentos”, explica a conselheira. “Ao ser confirmada a irregularidade, o caso é denunciado aos órgãos federais competentes”.

Para verificar a regularidade de um curso, qualquer pessoa pode acessar a página do MEC, por meio do sistema E-MEC (https://emec.mec.gov.br/).

“Os Conselhos Federal e Regionais de Serviço Social defendem uma formação pública, de qualidade e com conteúdo crítico e reflexivo na perspectiva dialética, devidamente regularizada pelo MEC”, ressalta Karina.