Rosemilton Silva era um amigo querido, figura histórica de Santa Cruz, e um grande profissional. Nossa amizade nasceu com a Pastoral da Comunicação, ele sempre muito dedicado à Paróquia de Santa Rita de Cássia, foi um grande orientador na comunicação da comunidade. Foi com sua ajuda, nos meus trabalhos da coordenação da PASCOM, que conseguimos evoluir de uma simples transmissão para um padrão de TV Profissional.
Em 13 de Março de 2022, seu nome foi escolhido para a Sala de Transmissões, na Igreja Matriz, sendo uma homenagem a quem ajudou a instalar aquele sistema de transmissões.
Fora da pastoral, nossa amizade rendia ótimas conversas, e sempre fazia questão de telefonar ao menos uma vez por semana. Nas suas visitas em Santa Cruz, era uma tarde toda falando das histórias de Santa Cruz, relatos que sempre valorizei aprofundando em mais pesquisas sobre a história de Santa Cruz e da Paróquia.
Foi com a parceria dele que produzimos a edição histórica da Revista Roseiral, em 2019. Sempre primando pela técnica e deixando muitos ensinamentos além do material físico, ensinando os outros a serem pessoas melhores.
Durante a pandemia ficamos limitados a chamadas de vídeos, ligações e acompanhando cada detalhe daquela realidade. A melhor forma de você valorizar a experiência de alguém como Rosemilton é eternizar suas histórias e ensinamentos. E fiquei muito feliz quando ele me convidou para escrever um pequeno texto para o seu livro, um carinho recíproco.
Aos poucos, sua doença foi deixando nossas conversas mais limitadas e menos frequentes. Mas sempre aproveitava para deixar alguma mensagem informando sobre as coisas de Santa Cruz e da Paróquia. Demorava, mas ele respondia e agradecia aquela interação.
Nossa última conversa foi em por volta de abril de 2022. Ainda tenho um áudio dele agradecendo a PASCOM pela homenagem da sala de transmissões com o seu nome. Depois, minha comunicação ficou muito restrita a Adla, sua irmã e amiga querida. Sempre me mantinha informada sobre o quadro dele e levava meus recados.
Rosemilton partiu durante a Festa de Nossa Senhora da Apresentação, quando eu estava assessorando a equipe de transmissão. Fiz questão de me deslocar para acompanhar seu velório e sepultamento, um último adeus. Um amigo e professor de uma estrada pequena, pois começamos nossa amizade já no final de sua vida, mas um amigo muito especial e de coração.
Ficou as saudades, as boas lembranças e seu exemplo de guerreiro diante de uma doença implacável, que o acompanhou por mais de 40 anos. Um professor fora da sala de aula, e que é parte da minha inspiração como jornalista.
Escrevo esse texto emocionado, mas muito feliz pelo nosso convívio de alguns anos, mas muito verdadeiro. Agora, junto de Deus, descansa em paz de sua longa jornada de lutas. Um grande santa-cruzense, que ainda espero ver uma grande obra da cidade carregar o seu nome, um homem merecedor de muitas homenagens.
Saudades, meu amigo!