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Palácio do Jaburu

Temer desiste de morar no Alvorada após gastar mais de R$ 24 mil em reformas

Com apenas sete dias morando no Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer desistiu da residência oficial e retornou ao Palácio do Jaburu, onde já estava desde 2011, quando assumiu a vice-presidência da República. Nesta terça-feira, ao retornar do carnaval com a família na base militar de Aratu, na Bahia, a comitiva presidencial já se dirigiu ao Jaburu.

Desde que se mudou para o Alvorada, o presidente Michel Temer mostrava incômodo com o novo endereço. Sempre que perguntado se estava gostando, respondia: “Eu não, mas o Michelzinho está”, mencionando que o menino gostava de brincar com as emas no Alvorada.

Dizia também a auxiliares que o filho caçula gostava do tamanho do quarto, amplo, uma das coisas que mais lhe incomodava no palácio residencial.

Temer só morou com a família no palácio de 17 a 24 de fevereiro. Antes, de setembro a fevereiro, o presidente seguiu morando no Jaburu e utilizou o Alvorada apenas para reuniões e eventos. De agora em diante, esse expediente será retomado.

O presidente levou seis meses para deixar o Jaburu. O argumento para a demora da mudança foi o mesmo que motivou a desistência de ficar no novo palácio: o Alvorada era “grande demais” e não tinha “cara de casa”.

Para receber a família Temer, o palácio teve de passar por adaptações, como a instalação de uma tela de proteção no segundo andar, pinturas e a renovação de armários. A reforma custou R$ 24.015,68. Desde a semana passada, as visitas turísticas ao local foram retomadas.

Segundo um interlocutor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Natural (Iphan), a tela não fere o tombamento do prédio. Ele cita que uma criança já se acidentou em um palácio de São Luís (MA), por falta de parapeito. A tela para Michelzinho seria retirada em ocasiões especiais, como em visitas de chefes de Estado. Agora que a família Temer voltou ao Jaburu, a tela será removida permanentemente.