O presidente Jair Bolsonaro está recluso no Palácio da Alvorada, em Brasília, há pelo menos cinco dias. Nesse período, recebeu pouquíssimos aliados e auxiliares.
Segundo interlocutores, o motivo do isolamento seria um ferimento na perna do presidente. O machucado estaria dificultando até mesmo ele vestir calças compridas.
Aliados dizem que Bolsonaro teria ferido a perna durante a campanha, mas não cuidou direito à época. O ferimento, então, teria infeccionado, o que fez com que ele tivesse de tomar antibióticos.
A última vez que o presidente deixou o Alvorada foi na última quinta-feira (3/11), quando ele foi ao Palácio do Planalto encontrar o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
Procurado oficialmente, a Presidência ainda não se pronunciou. O espaço segue aberto.
A Justiça Eleitoral deferiu nesta segunda-feira (7) uma denúncia de fake news na campanha suplementar de Canguaretama contra uma integrante da coligação “Agora é a vez do povo”, que tem como candidatos Márcio Cabeleireiro e Leandro Varela, além do perfil no Instagram @canguaretama_news1. Em decisão da juíza Daniela do Nascimento Cosmo, da 11ª comarca de Canguaretama, a investigação apurou a divulgação de um vídeo disseminado por WhatsApp de que o “Município de Canguaretama compra mais de R$ 1 milhão em folhas de ofício”. A denúncia apontou ainda a publicação da mesma fake news no perfil do Instagram de Vanessa Adelino, que é cunhada do candidato Márcio Cabeleireiro e integrante da coligação.
O falso conteúdo é espalhado por meio de uma lista de transmissão, mas, que subitamente, tem o número de remetente bloqueado logo na sequência, para não haver qualquer réplica ao material.
Na decisão, a juíza Daniela do Nascimento Cosmo determinou em caráter de urgência a intimação da plataforma META – “WhatsApp” de impedir, de forma imediata, a veiculação do vídeo, sob pena de multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), assim como que não seja veiculada a mensagem, tanto pelo WhatsApp quanto Instragram, em no máximo quatro horas após o recebimento da presente decisão.
SOBRE O VERDADEIRO CASO
Diferentemente do que insinua a fake news, a compra de diversos materiais de expediente, e não somente papel A4, equivale-se ao contexto anual para o fornecimento de itens para todas as secretarias municipais.
O Portal da Transparência da Munícipio revela que a contratação dos itens de expediente interno não implica em aquisição imediata. Com isso, foram adquiridos e pagos, especificamente em Papéis A4, um total de R$ 131.206,50 + 92.242,50, totalizando R$ 223.449,00, ao longo de todo o ano de 2022.
O valor global da contratação, que engloba diversos outros materiais de expediente e que pode ser visualizado em Ata do Pregão Eletrônico nº 026/2022, com registro de preços 073/2022, chega a R$ 1.670.658,13. No mesmo relatório do Portal da Transparência, verifica-se o valor liquidado de R$ 1.040.939,99, dos quais foram pagos R$ 972.777,99 para todos os itens de material de expediente para todas as secretarias municipais no ano de 2022.
Dessa forma, a fake news mostra um tom de ódio, malícia e intensão de confundir a vontade do eleitor com informação inverídica.
Por fim, o falso vídeo cita ainda uma possível contratação irregular de todo o material por meio da fornecedora Ana Cleide Araújo Pereira LTDA. Porém, todo o processo foi baseado na modalidade de “Pregão Eletrônico”, de forma pública e acessível a toda população.
A campanha suplementar em Canguaretama deu um tom de azul e branco no distrito de Piquiri com o “arrastão do bem”, promovido por Wilsinho Ribeiro e Fátima do Murim, candidatos a prefeito e vice-prefeita da cidade de Canguaretama pela coligação “Trabalho e Compromisso” (PP, PTB, Podemos e PL). O evento ocorreu neste sábado (5) e contou ainda com a presença do ex-prefeito Wellinson Ribeiro, além de diversos vereadores e lideranças políticas.
Durante todo o trajeto, os candidatos estiveram caminhando ao lado da comunidade, iniciado no pórtico de entrada da localidade até a rua da feira pública, no centro.
Wilsinho destacou que a candidatura tem a aprovação de quase todo o Município e espera seguir à frente da Prefeitura com “amor e responsabilidade para cuidar da nossa cidade”.
“Nossa campanha é limpa, sem fake news, sem denegrir a imagem dos adversários. Aqui, fazemos uma campanha do bem, com amor, com respeito e, acima de tudo, com responsabilidade para cuidar da nossa cidade. Estamos nesses últimos meses realizando uma administração limpa, com os salários do servidores pagos em dia, com atenção para a saúde, educação e obras. É assim que vamos seguir juntos. Meu nome é trabalho e compromisso e junto com Fátima do Murim vamos tornar nossa cidade ainda mais especial”, disse Wilsinho.
Em votação simbólica, a Comisão Temporária Externa para acompanhar as ações de enfrentamento às manchas de óleo no litoral brasileiro (CTEOLEO), em sua reunião final, realizada nesta sexta-feira (4), aprovou o relatório do senador Jean Paul Prates (PT-RN) que aponta o “sistemático desmantelamento da estrutura de governança ambiental” do governo federal como importante fator para o agravamento dos efeitos do desastre.
O relator salienta que as causas e a autoria dos vazamentos de petróleo ainda não foram esclarecidas e critica o governo pelo atraso no acionamento do Plano Nacional de Contingência (PNC) e pela falta de articulação entre a autoridade federal e os estados atingidos.
“A letargia e a leniência apontadas nos itens anteriores parecem ter sido compensadas pela pressa do governo federal em apontar culpados ou indicar suspeitos pelo derramamento de óleo por meio de insinuações e afirmações desprovidas de lastro comprobatório e que, posteriormente, demonstraram-se inverídicas. Por meio dessa postura, foram apartados países e entidades que poderiam cooperar com as investigações e as ações de resposta”, acrescenta o relatório.
A “indisponibilidade de informações suficientes” nas investigações da Polícia Federal, do Ministério Público e da Marinha, segundo o texto, limitou a capacidade de conclusões e encaminhamentos por parte da Comissão. O relatório menciona análises independentes da Petrobras e da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que verificaram correlação entre as manchas nas praias brasileiras e petróleo produzido na Venezuela, mas ressalva que a confirmação da hipótese não configura prova material de autoria do crime.
O PNC, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, foi posto em funcionamento pela primeira vez desde sua instituição. Porém, conforme o relatório, o governo federal só acionou o plano 43 dias após a chegada da primeira mancha de óleo, e houve atraso significativo no envio de materiais necessários para as ações de resposta. O relator salientou os graves prejuízos sociais, ambientais e econômicos do desastre.
“A sequência dos trágicos eventos aqui tratados (…) não pode ser reputada ao acaso, mas é potencializada pela conjugação de opções políticas e sociais como modelos de desenvolvimento insustentável, crise gerencial ambiental, despreparo institucional particularmente para a prevenção de eventos sociais e técnicos ampliados e políticas discriminatórias com populações vulneráveis”, explica.
Jean Paul, ao comentar seu parecer, sublinhou que o país segue sem medidas de mobilização de forças para aprimoramento da resposta a futuros acidentes do gênero. Ele embrou o esforço dos senadores na inspeção dos locais atingidos e no acompanhamento da falta de equipamentos, mas o governo teria reagido com “fake news e brincadeiras” sobre movimentos ambientais.
“Essas atitudes irresponsáveis e negacionistas se assemelham muito com o que aconteceu logo depois, com a pandemia. Se nós tivéssemos logo detectado o DNA e a forma de atuar desse governo em relação a um desastre como esse, provavelmente poderíamos ter previsto muitas das atitudes que foram repetidas e magnificadas durante a questão da pandemia”, criticou.
O presidente da Comissão, senador Fabiano Contarato (PT-ES), elogiou o relatório e cumprimentou o colegiado pelo trabalho que, segundo ele, dá uma resposta à sociedade e evita que crimes dessa natureza voltem a ocorrer.
“Temos que buscar, até que ocorra ou não a prescrição, a responsabilização por esse crime ambiental”, afirmou.
O derramamento de óleo ocorreu em 2019 e atingiu mais de mil localidades do Maranhão ao Rio de Janeiro, numa extensão estimada em 4 mil quilômetros. A situação foi tema de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente, em 17 de outubro de 2019, e na semana seguinte uma comitiva de senadores visitou algumas das praias afetadas em Alagoas e Sergipe. Em 5 de novembro de 2019 o Senado instalou a Comissão Externa, com prazo de funcionamento de 180 dias, para acompanhar as ações de combate ao óleo e apontar responsabilidades pelo desastre ambiental. Com a pandemia de covid-19, os trabalhos do trabalho foram suspensos entre 20 de março de 2020 e 18 de agosto de 2022.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou à nação pela primeira vez após perder o segundo turno da eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Veja abaixo como foi o discurso nesta terça-feira (1/11), no Palácio do Alvorada, em Brasília.
Imagens da TV Brasil
PRONUNCIAMENTO
“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.
A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças em todo o Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso.
Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra. Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar as mídias e as redes sociais.
Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira. Muito obrigado.”
O Ministério Público Eleitoral ingressou com uma ação contra o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Eraldo Daniel de Paiva, por abuso de poder econômico. Em reuniões e conversas com servidores, ele os intimidou a votar em seus candidatos na atual eleição, gerando um clima de perseguição.
Eraldo Paiva assumiu o cargo no último dia 10 de maio, após a morte do então prefeito Paulo Medeiros, e deixou claro aos servidores que apoiava os candidatos Lula à Presidência, Fátima Bezerra para o governo do estado, Carlos Eduardo para o Senado, Fernando Mineiro para deputado federal e Divaneide para deputada estadual.
As investigações apontaram que, somente em julho, foram exonerados 95 servidores públicos municipais. “Ao que se percebe, durante a campanha eleitoral de 2022, o investigado Eraldo Daniel de Paiva coagiu e exonerou servidores públicos municipais para que aderissem à campanha dos candidatos por ele apoiados no pleito de 2022, em nítido abuso de autoridade”, conclui o procurador regional Eleitoral, Rodrigo Telles, autor da ação.
Coação – Vídeos foram gravados revelando o “discurso intimidatório” de Eraldo Paiva aos ocupantes de cargos públicos da prefeitura. Em uma das gravações ele chega a declarar: “Essa é a minha cidade. E quem não amar São Gonçalo do Amarante peça pra sair!”, complementando: “E eu digo isso… Quem… E quem não honrar a minha confiança, quem não honrar a minha confiança peça pra sair!”.
Servidores que participaram das reuniões confirmaram, ao serem ouvidos pelo Ministério Público Eleitoral, a pressão sofrida. Eles declararam que, embora não tenha havido ameaça direta de exoneração, o clima de intimidação e perseguição se consolidou entre julho e agosto e, segundo um deles, “todo mundo lá sabe que se não votar nos candidatos de Eraldo vai ser exonerado”. Há acusações ainda de que alguns dos secretários municipais foram forçados a fazer reuniões com suas equipes, em horário de trabalho, e pedir voto para os candidatos do prefeito.
Para o MP Eleitoral, a atitude viola a liberdade política dos servidores públicos, desvirtua a estrutura municipal para fins eleitorais e caracteriza a prática de nepotismo. O pedido à Justiça Eleitoral é que Eraldo Paiva seja sentenciado a oito anos de inelegibilidade. A ação de investigação judicial eleitoral (Aije) será analisada pelo TRE/RN.
Após a confirmação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial na noite deste domingo (30), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o resultado das urnas é confiável e não deixa margens para contestação. Pacheco elogiou a atuação da Justiça Eleitoral no processo, parabenizou o presidente eleito, disse esperar uma “reunificação do país” e apontou que o Congresso vai colaborar com a transição do governo para viabilizar projetos que resolvam os problemas reais do Brasil.
“Nós precisamos reunificar o país. Precisamos de tempos de paz, de mais equilíbrio, de mais sensatez. O Brasil precisa de uma liderança que possa reunificá-lo e tenho a expectativa que esse governo possa cumprir esse papel. Que o presidente leito Lula possa governar para todos. Que possa ser um presidente de todos os brasileiros. Ele encontrará no Congresso Nacional uma casa pronta para que os importantes projetos sejam apreciados”, disse o presidente.
Ao cumprimentar Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e os governadores eleitos, o presidente do Senado reforçou que o exemplo dos mandatários será fundamental nesse processo.
“O que fica ao final disso no encerramento deste ciclo de eleições é um balanço muito positivo do que foi esse processo eleitoral, mas ao mesmo tempo uma clara divisão da sociedade brasileira. O papel dos novos mandatários é seguramente de buscarem reunificar o Brasil, buscarem encontrar através da união as soluções que são reclamadas pela sociedade brasileira dando um basta ao ódio”, avaliou.
“Identificamos a segurança, a lisura, a confiabilidade das urnas eletrônicas e deram, como sempre dizíamos ao longo de meses e anos quando se questionava as urnas eletrônicas, deram o resultado fidedigno da vontade popular de cada voto depositado nela. Acabou sendo uma questão superada”, assinalou.
TRANSIÇÃO
Pacheco reforçou que o Senado vai colaborar com a transição para viabilizar a aprovação de projetos do novo governo que solucionem os problemas do país.
“A transição terá que fazer compatibilizar tudo que foi comprometido na campanha. O Senado estará à disposição para sentar à mesa e dialogar sobre alternativas que podem ser tomadas. Viabilizar temas como Auxílio Brasil de R$ 600 e outros temas como o projeto da cultura que acabou sendo sacrificado. Buscar através da peça orçamentária implementar tudo isso que precisa ser feito a partir de 2023”, disse.
Questionado sobre o orçamento secreto, Pacheco apontou que a discussão sobre a transparência dos investimentos públicos já estava em debate no Congresso antes das eleições.
“Independente da vitória do presidente Lula, essa é uma discussão que já estava de fato dentro da ordem do dia das prioridades do Congresso Nacional. Nós temos uma Lei Orçamentária apara ser discutida”, acrescentou o presidente, que planeja um esforço concentrado em novembro para avançar em sabatinas e análise de outros projetos.
Uma lista seleta de lideranças políticas atingem marcas a cada eleição em Santa Cruz. Tomba foi primeiro grande nome votado em Santa Cruz, com marcas acima dos 12 mil.
Quando foi nos anos 2010, Fátima Bezerra, Dilma Rouseff e Fernanda Costa são os primeiros nomes a chegarem aos 13 mil votos. A segunda década do século é marcada pelo domínio das mulheres no cenário local.
Agora em 2022, Lula atinge a maior votação da história da cidade, com 14.462 votos, o equivalente a 69,01% dos votos válidos.
Uma eleição histórica, uma votação também histórica!
A disputa entre Lula e Bolsonaro decide o novo modelo político que vai comandar o país pelos próximos quatro anos. Um total de 1.461 dias de mandato que é responsável pelo rumo do Brasil.
Desde o golpe que instituiu a República, em 15 de novembro de 1889, o Brasil viu passar pelo comando do cargo máximo da política nacional 38 presidentes, incluindo o atual, Jair Bolsonaro.
Caso seja reeleito, a contagem permanece nos 38 presidentes, e Bolsonaro mantém a tradição de todo presidente candidato à reeleição conseguir vencer a disputa.
Lula sendo eleito, eleva a contagem para 39 presidentes, e se igualando a Getúlio Vargas, que teve duas passagens pelo cargo, a primeira entre 1930 a 1945, numa ditadura, e em 1951 a 1954 pelas vias democráticas.
Mais do que ideologias e divisões de torcida de candidatos, uma eleição marca a história do país.
Longas filas voltaram a se formar nesta manhã em diversos consulados do Brasil no mundo, diante de uma participação recorde de brasileiros que vivem no exterior votando para o segundo turno das eleições presidenciais.
Na Ásia, os primeiros resultados confirmaram as tendência no primeiro turno. Na Coreia do Sul, Luiz Inácio Lula da Silva venceu com 126 votos, contra 70 para o presidente Jair Bolsonaro. Na Austrália, os dados apontam 2970 votos para Lula, contra 1688 para Bolsonaro. No consulado brasileiro em Sidney, por exemplo, Lula ficou com 61% dos votos.
Na Nova Zelândia, Lula também venceu, com 353 votos. Bolsonaro ficou com 132. Bolsonaro, porém, venceu no Japão. Em Nagoya, o presidente ficou com 84% dos votos, cerca de 3,4 mil.
No primeiro turno, Lula somou 138 mil votos no exterior, o que representava 47% de apoio. Bolsonaro ficou com 41%, com 122 mil votos.
A eleição no exterior, em 2022, entra para a história como o processo com a maior participação de brasileiros desde que o pleito passou a ser organizado para os nacionais pelo mundo. Estão inscritos quase 700 mil brasileiros para votar, o dobro do volume registrado em 2014.
No primeiro turno, cidades como Paris, Zurique e várias outras registraram filas de até três horas, enquanto em locais como Lisboa ou Genebra, a tensão entre diferentes grupos políticos levou a troca de ofensas entre apoiadores e até mesmo a convocação da polícia.
Por várias cidades do RN, os eleitores e apoiadores dos candidatos a presidente estão mobilizados em fazer carreatas e passeatas.
Ontem (28) foi a vez da cidade de Santo Antônio (do Salto da Onça), no Agreste Potiguar, com o Piseiro 13.
No primeiro turno, Lula obteve uma votação de 10.080, correspondente a 70,85%. Já o presidente Jair Bolsonaro obteve 3.415 votos, sendo 24%. A votação para presidente teve o maior porcentagem de votos válidos, com 95,11%.
Todo mundo esperava o debate da Globo, aliás, todos esperam o último debate da campanha, que é realizado pela emissora de TV. Fico me perguntando se aqueles que não gostam da emissora e dizem bloqueá-la na sua lista de canais, o que fizeram? Bem, passado esse questionamento inicial, podemos dizer que foi um debate “sofrível”.
Bolsonaro começou insistindo em respostas, e o Lula fugindo de responder sobre o material da propaganda eleitoral gratuita. O embate insistente entre os dois candidatos foi chato e o primeiro bloco foi vencido pelo mediado-apresentador-jornalista Willian Bonner, quando ele teve de fazer uma espécie de “direito de resposta”, quando Bolsonaro proferiu: “Processo de corrupção para cima de mim, Lula? Qual é? Você diz que foi absolvido. Só se foi pelo [Willian] Bonner. Você é um bandido”.
Bonner falou ao final do bloco: “Eu de fato disse na entrevista do Jornal Nacional que de fato o Lula não deve nada há justiça. Mas não digo isso da minha cabeça, digo fundamentada no Supremo Tribunal Federal”.
Os blocos seguintes exploraram temas em que o presidente jogou para a sua torcida, sempre voltando para corrupção, tema que incomoda o ex-presidente Lula. Na sua vez, o petista desviava dos temas e procurava sempre atacar o presidente com temas que “sangram” a campanha do adversário, como Roberto Jefferson, declarações de Paulo Guedes, preços dos alimentos, comportamento, política externa e a forma como Bolsonaro trata as mulheres e jornalista.
A pandemia é uma pedra no sapato do presidente Jair Bolsonaro (PL), e o candidato do PT, Lula, explorou isso durante o debate. Lula lembrou do comportamento do presidente, e da troca de ministro da Saúde, quando Bolsonaro discordou de Mandetta e demitiu o seu auxiliar.
“O único médico que ele tinha que entendia de saúde ele mandou embora, porque o Mandetta entendia de vacinação. E colocou o general Pazuello que tava querendo ganhar um dólar por vacina”, disse Lula.
Bolsonaro na sua fala jogou a culpa para o Supremo e para os Governadores, o que já é um discurso amplamente conhecido. O presidente focou na sua bolha e se distanciou da possibilidade de buscar o eleitor indeciso ou aquele que se absteve de votar. Lula é aquele time que foi jogar pelo empate e saiu com um resultado que pode ajudar a manter a diferença entre ele e o presiente nas pesquisas.
Foi um debate que pouco mudou o cenário, tendo em vista que a maioria do eleitorado já definiu o seu voto, com base na maioria das pesquisas eleitorais, com a taxa de decisão do voto. Alguns foram dormir cedo ou foram assistir suas séries favoritas, fizeram bom proveito do seu tempo. Eu garanto!
A Pesquisa Atlas/Intel também teve análise com grupos focais em 10 estados e reunindo 100 eleitores, apenas com aqueles que não votaram em Lula e Bolsonaro no primeiro turno.
Foram selecionados eleitores do Ciro Gomes, Simone Tebet e aqueles que não votaram.
Três principais gráficos foram divulgados nas redes sociais da AtlasIntel e PollsterGraph. O PollsterGraph é o agregador de pesquisas sobre a eleição de 2022, desenvolvido pela Atlas Político (@atlaspolitico).
Confira os dados:
São 61% dos eleitores de Simone Tebet que estariam propensos a votar em Lula, enquanto 51% do Ciro estariam favoráveis ao petista. O índice é menor entre os que não votaram, com 40%. Bolsonaro conquista 35% dos eleitores que votaram em Simone no primeiro turno, enquanto Ciro tem 26% dos seus eleitores escolhendo o presidente. Entre os que não votaram, 20% escolheria o candidato do PL.
O deputado estadual Tomba Farias (PSDB) afirmou em suas redes sociais que vai lançar dois vídeos expondo algumas situações políticas do PT em Santa Cruz.
O primeiro vídeo será divulgado às 6h, e o segundo às 10h, mas suas redes sociais.
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) afirmou nesta terça-feira (25) que aceitaria trabalhar em um eventual governo Lula (PT). O requisito, alegou, é que a atuação seja “técnica”.
Mandetta foi o primeiro ministro da Saúde sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Ele foi demitido do cargo em abril de 2020, ainda no início da pandemia da Covid-19.
Questionado durante entrevista ao canal MyNews se faria parte de um novo governo Lula, Mandetta afirmou que “sempre trabalhou pelo SUS e por gestão”.
“Se for para fazer um trabalho técnico, com certeza trabalharia com Lula, sem problema nenhum”, acrescentou. Segundo o ex-ministro, “o problema do ‘protocolo Bolsonaro’ é que quando chegou um problema que exigia o máximo dos técnicos, aí ele não queria o trabalho técnico, mas político, medíocre, em que minha equipe e eu jamais colocaríamos o nosso nome”.
Mandetta não declarou apoio a Lula no segundo turno, mas afirmou que votará “pela democracia” e será “bem consciente”
O grupo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro em Santa Cruz, realizou uma grande moto-carreata pelas ruas da cidade, com a concentração da mobilização na Vila de Todos, onde foi realizado comício com a participação dos prefeitos Ivanildinho Ferreira (Santa Cruz), Luciano Cunha (Lajes Pintadas), Babá Pereira (São Tomé), Keka Araújo (São Bento do Trairi), Boba (Coronel Ezequiel), Fabiano Lopes (Barcelona); do ex-prefeito de Passa e Fica, Pepeu Lisboa; o ex-candidato ao Governo do RN, Fábio Dantas; o deputado estadual Tomba Farias; e o deputado federal Sargento Gonçalves (Lagartão).
Os vereadores da base aliada de Tomba e Ivanildinho também estiveram presentes reforçando o apoio ao evento e ao presidente Jair Bolsonaro.
O movimento foi organizado pelo grupo Direita Santa Cruz, que mobilizou o evento no primeiro e segundo turno.
Antes da moto-carreata, um comício foi realizado em frente ao Parque Ecológico. No percurso, os bairros Conjunto Cônego Monte, DNER, Maraujá, Paraíso e Centro da cidade, com encerramento na Praça Presidente Vargas, no Largo da Igreja Matriz.
No primeiro turno, a passagem da moto-carreata dos apoiadores de Bolsonaro pelo bairro do Paraíso foi tranquila, com alguns eleitores na Rua Santa Luzia fazendo o “L” de Lula para os eleitores do presidente, mas no geral foi positiva. Agora, no segundo turno, os eleitores de Lula foram às ruas no momento da carreata de Bolsonaro e reagiram, provocaram e fizeram uma manifestação de voto ao petista, em oposição ao movimento do presidente, que em Santa Cruz é apoiado pelo prefeito Ivanildinho e o deputado Tomba Farias.
Os vídeos viralizaram pelas redes sociais e foram destaques entre os comentários e postagens nesta segunda-feira (24), confira:
O ex-deputado Roberto Jefferson atirou em policiais federais que foram cumprir o mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no começo da tarde deste domingo (23), na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro.
A informação foi confirmada pela PF e pelo advogado de Jefferson, Luiz Gustavo Cunha. Jefferson é aliado do presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). O ex-deputado se entregou à polícia na noite de domingo, após passar 8 horas desrespeitando a ordem do Supremo Tribunal Federal.
Roberto Jefferson resistiu à prisão e, de sua casa, fez os primeiros disparos — teriam sido arremessadas 3 granadas e dados 2 tiros de fuzil. Os agentes, então, revidaram.
Dois policiais foram feridos por estilhaços, sem gravidade. O delegado Marcelo Vilella, que teria sido atingido na cabeça e na perna, e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, de 31 anos, ferida na cabeça. Os dois foram atendidos em um hospital da região e já tiveram alta.
STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do ex-deputado federal e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson.
Jefferson, investigado no inquérito que apura atividades de uma organização criminosa que teria agido para atentar contra o Estado Democrático de Direito, atualmente cumpre prisão domiciliar.
Uma das medidas que ele deveria obedecer na prisão domiciliar é não participar de redes sociais. Nos úlitmos dias, ele apareceu em um vídeo proferindo ofensas contra a ministra Cármen Lúcia, do STF, ao reclamar de decisão judicial tomada por ela.
A governadora reeleita Fátima Bezerra (PT) comandou junto com seu grupo político o Pancadão 13, o evento pró-Lula que aconteceu nesta sexta-feira (21), durante a campanha presidencial de segundo turno, em Santa Cruz. Junto com a governadora reeleita, estavam deputados federais e estaduais eleitos, além das lideranças políticas da oposição da cidade e algumas da região.
A movimentação saiu do bairro do Paraíso, passou pelo centro da cidade e foi até o Conjunto Cônego Monte, com um grande público sendo arrastado pelas músicas da campanha petista.
Fátima agradeceu a votação e pediu o voto para o candidato Lula, para que o seu segundo mandato conte com o apoio do Governo Federal.