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Reforma do ensino médio é discutida em audiência na Assembleia Legislativa

A reforma do ensino médio foi tema de debate em audiência pública na Assembleia Legislativa nessa segunda-feira (14). O debate foi proposto por iniciativa da senadora Fátima Bezerra, que iniciou a discussão fazendo críticas ao modo como o projeto está sendo apresentado.

“A medida provisória através da qual se quer reformar o ensino médio vai na contramão do que vem sendo implantado no Brasil no setor, ao atingir programas e políticas em curso. É inaceitável se utilizar de um método como medida provisória para definir um tema tão relevante como esse. A medida, ao ser editada, já tem força de lei com caráter restritivo. Estamos tratando de valores e conceitos que vão influir nas gerações futuras”, criticou a senadora para uma plateia de educadores e estudantes.

Convidada a dar sua contribuição, a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Ângela Paiva, afirmou que as reformas que não se deve perder do horizonte as conquistas já alcançadas. “Nossa luta deve ser para garantir as conquistas que tivemos, que foi a maior expansão do ensino nos últimos anos. E não só no sistema federal, mas também na rede privada. O Brasil anda para trás como matérias como essas”, afirmou.

Para o reitor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Wilys Farcatt a tese da medida provisória já se mostra frágil na medida em que suscita muito mais dúvida do que responde a perguntas. “Será que todos terão acesso ao ensino profissional com essa reforma? E aqueles que não fizerem formação profissional, terão acesso à formação em tempo integral como existe no modelo atual? E em relação ao Enem? A prova vai se adequar? Porque a rede privada não vai seguir esse novo modelo de ensino médio. Vão deixar um Enem que beneficia a rede privada?”, elencou o reitor do IFRN.

Ainda deram contribuições para a matéria representantes de entidades estudantis, de sindicatos ligados ao setor da educação, da Secretaria Estadual de Educação e das demais universidades públicas do Estado, além da UFRN, a saber, UERN e Ufersa.

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