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Eduardo Bolsonaro

Francisco do PT repudia discurso “preconceituoso” de deputado federal

Em pronunciamento na sessão plenária desta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa, o deputado Francisco do PT repercutiu o discurso do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), durante evento no último domingo, em Brasília. O líder do governo na Casa repudiou as falas do parlamentar e defendeu providências pelo Conselho de Ética da Câmara Federal.

“Na condição não apenas de deputado, mas também de professor, repudio veementemente a fala irresponsável, desqualificada e inconsequente do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que em um evento pró-armas comparou professores doutrinadores a traficantes”, disse Francisco reproduzindo em seguida o discurso do deputado federal.

De acordo com o petista, é inaceitável a comparação feita por Eduardo Bolsonaro que, segundo ele, “faz um discurso proposital com o objetivo de perseguir professores, incentivar a violência contra a categoria e incitar o ódio, desqualificando a educação como instrumento de transformação social”, afirmou.

Na oportunidade, Francisco do PT disse esperar que medidas sejam adotadas pelos entes competentes. “Qual a métrica que este deputado utiliza para estabelecer o que é um professor doutrinador? Qual o conceito para esse tipo de comparação? Espero que o Conselho de Ética da Câmara Federal possa avaliar esse tipo de fala preconceituosa”, questionou.

Eduardo Bolsonaro lamenta que Ucrânia não tenha armas nucleares

Foto: EVARISTO SA/AFP

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que é “muito triste” que a Ucrânia não tenha armas nucleares ou bombas poderosas para lidar com a situação da guerra. A declaração foi dada na tarde de domingo (27), em entrevista ao programa Huckabee, do ex-governador conservador do Arkansas (EUA), Mike Huckabee.

Isso mostra ao mundo que, para ter sua própria segurança, você deve ter ótimas forças armadas. Infelizmente, a Ucrânia há alguns anos não deveria mais ter bombas poderosas ou bombas nucleares. Agora, eles não conseguem se defender de uma forma que não precisem de ajuda. Isso é muito triste. Talvez essa seja uma mensagem ao resto do mundo de que temos que cuidar das nossas forças armadas”, afirmou.

Eduardo Bolsonaro afirmou que a guerra é um “ponto sensível” e explicou por que o país se coloca em uma posição “neutra” da situação, sem tomar o lado da Ucrânia.

“Não gostaríamos de ver uma guerra ou algo do tipo acontecer. No Brasil, nós estamos em uma posição na qual não somos aqueles que devem consertar a situação. Não somos nem mesmo membros da Otan”, disse Eduardo, citando o dever constitucional de encontrar “soluções pacíficas para confrontos internacionais”.

Questionado do porquê do vice-presidente Hamilton Mourão tomar posições favoráveis a Ucrânia, o deputado afirmou que essa não é a primeira vez na qual o general se posiciona contra o presidente.

“Ele também falou coisas divergentes sobre o aborto e disse que seria melhor que a Venezuela não tivesse armas, para não enfrentar uma guerra civil contra Maduro. Ele pode ter esse tipo de opinião, mas, publicamente, quando ele fala sobre isso, ele está invadindo a área do presidente”, pontuou.

Do Portal Uol