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Eleições 2014

Segundo turno será entre petismo e antipetismo

Já era esperado um cenário eleitoral de 2018 com duelos de petismo versus antipetismo. Lamentavelmente, o Brasil não se articulou em discutir projetos e propostas, apenas a superficialidade ridícula do perfil de cada candidato e suas preferências pessoais.

Um país em crise política, administrativa e econômica discute tudo, menos o que é mais importante, como, por exemplo, o candidato que de fato tem soluções para a economia tão desgastada pelos duelos políticos dos últimos quatro anos.

O cenário eleitoral de 2014 se repete. Petismo contra antipetismo. O que isso vai construir de positivo para o Brasil? O mesmo cenário de janeiro de 2015? Com bandidos bem vestidos e sorrisos falsos se propondo a liderar uma oposição construtiva que destruiu o país? Ou ainda um poder constituído com reações infantis e tolas?

Em resumo, mais do mesmo.

Vereadores de Natal teriam recebido propina para apoiar Henrique em 2014, diz delator

Do Blog do BG, via Agora RN

A deleção premiada do ex-secretário municipal de Obras de Natal Fred Queiroz, vazada no último domingo, 5, pelo ‘Blog do BG’, dá conta de que vereadores da capital potiguar teriam recebido propina para apoiar a candidatura do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB) ao cargo de governador do Rio Grande do Norte nas eleições de 2014. Na delação do dono da Prátika Locações, no entanto, não são citados os nomes dos vereadores que supostamente teriam recebido dinheiro para declarar apoio a Henrique.

Além de vereadores, alguns candidatos a deputados e outras lideranças políticas também teriam recebido verbas para declarar apoio ao ex-ministro. No caso deles, as transferências financeiras eram feitas diretamente entre o PMDB e o diretório regional de suas siglas. São citados pelo ex-secretário de Obras de Natal os deputados Kelps Lima (SD) e Ricardo Motta (PSB), além da ex-governadora do Estado e então candidata ao Senado Federal, Wilma de Faria (PSB), falecida no último mês de junho em decorrência de um câncer. Ela estava exercendo o cargo de vereadora de Natal em 2017.

Obras na Praia dos Artistas

As obras de enrocamento realizadas pela Prefeitura do Natal na Praia dos Artistas tiveram influência do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB) para que pudessem ser iniciadas. A informação também foi revelada no acordo de delação premiada que o empresário Fred Queiroz firmou com o Ministério Público Federal e o MPRN para ajudar nas investigações da ‘Operação Manus’.

Segundo Fred, que era secretário de Turismo na última gestão de Carlos Eduardo Alves (PDT) e no novo quadriênio havia assumido a pasta de Obras, Henrique utilizou de sua influência para conseguir liberação de R$ 1,5 milhão junto a Secretária de Governo da Presidência da República, já em 2017, quando não ocupava mais a função de ministro do Turismo.

Isso, inclusive, foi uma das situações que configuraram o ‘tráfico de influência’ do ex-deputado nos autos da Operação Lavat, desdobramento da Manus deflagrada nos últimos dias no RN. A injeção citada, no entanto, não foi a primeira do ex-ministro no tocante às obras de enrocamento da Praia dos Artistas, uma vez que, ainda segundo o delator, o peemedebista havia conseguido outros R$ 4 milhões quando ainda era o titular do MTur.

De acordo com Queiroz, a intenção que Henrique Alves tinha ao ajudar no andamento das obras de enrocamento era “apenas para obter apoio político e garantir sua base eleitoral em Natal”, levando a crer que o ex-ministro, apesar de todas as investigações que já sofria, ainda tinha a intenção de disputar as eleições do ano que vem, que definirão o nome do novo governador do Estado.

Cenário eleitoral de 2018 tem semelhanças com 2010

Carlos Eduardo Alves volta aos nomes de “governadoráveis” em 2018, mas há 8 anos ele enfrentava Robinson Faria e Fátima Bezerra em composições diferentes. Fátima Bezerra apoiava Iberê Ferreira, formando o grupo de apoio “legítimo” à presidente Dilma Rousseff. Robinson Faria se aliava à Rosalba Ciarlini, que era líder nas pesquisas.

Agora, em 2018, Fátima lidera as pesquisas, e Carlos Eduardo disputa o segundo lugar com um governador, assim como em 2010 ele tentava ocupar a segunda vaga de um provável segundo turno com Iberê Ferreira, governador da época.

Em 2010, sem tantos desgastes do atual cenário político, tudo terminou como começou. Rosalba liderou as pesquisas desde o início e venceu em primeiro turno. Naquele tempo, Robinson Faria levou um grupo de insatisfeitos com Wilma e Iberê para a oposição. No cenário de 2018, Fátima Bezerra também rompeu com Robinson Faria e foi para a oposição, a diferença é que o PT não lidera a maior parte e não agrega toda a oposição contra o governador.

Comparando as últimas eleições, parece que o destino (ou a tendência do eleitorado) sempre coloca os “revolucionários dos rompimentos políticos” na vantagem. Robinson e Fátima são sempre políticos que estão rompendo com seus grupos, sempre em rota de colisão com antigos aliados.

Mas vivemos uma fase nacional com Operação Lava Jato e um eleitorado insatisfeito, talvez as coincidências mudem com o novo comportamento do eleitor. Em outubro de 2018 saberemos!

MPF apreendeu planilha de distribuição de propinas na campanha de Henrique em 2014

Uma bomba pode explodir na política potiguar, após apreensão de documentos no apartamento do ex-ministro e deputado, Henrique Alves (PMDB). Isso porque, o MPF e a Polícia Federal estão com uma planilha que retrata a distribuição de valores (propinas) na campanha eleitoral de 2014.

“Paralelamente a isso, em diligência de busca e apreensão autorizada pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Cautelar n. 4044/DF, foi arrecadada na residência de Henrique Eduardo Lyra Alves em Natal/RN uma planilha que retrata distribuição de valores a “lideranças” em sua campanha a Governador do Rio Grande do Norte em 2014, o que indica a efetiva prática de compra de votos”, aponta o documento que pede a prisão preventiva de Henrique Alves, apresentado pelo MPF.

Caso a caixa preta da compra de apoios para as campanhas eleitorais seja aberta, quais municípios e lideranças seriam afetadas? Seria a descoberta de fato do caixa 2 que existe nas campanhas pelo Brasil. A troca de apoio por dinheiro na campanha e no apoio das lideranças, além de vários outras trocas de favores.

Cão que ladra morde… dinheiro público!

Um dia é da caça e outro do caçador. Na política brasileira todos os dias são de caça e caçador. Quem atira a pedra no vizinho não pode se dizer livre da mesma ação, quando não tem a consciência tão limpa dos acordos políticos firmados.

No Rio Grande do Norte, quando o Governador Robinson Faria vivia um intenso ataque político não só pelas suas pífias ações na segurança pública, mas tendo o seu nome e o do seu filho (deputado Fábio Faria) envolvidos no escândalo da Odebrecht e da JBS, chega a prisão do seu adversário político.

Enquanto os bacuraus e simpatizantes, além de bem remunerados aliados, enchiam as redes sociais de ataques contra os “Faria” por suas suspeitas de corrupção, o MPF e a PF se preparavam para prender Henrique Alves e sua turma. A prisão do ex-ministro, ex-deputado e ex-tudo deixou um silêncio sepulcral para muitos comentaristas de redes sociais.

O silêncio da vergonha alheia, que logo será recompensado com alguma denúncia ou mancada do Governador Robinson Faria e seu grupo político.

É mais uma guerrinha idiota de babões dos palanques de 2014, palanques estes firmados na lama da corrupção do petrolão. Cão que ladra morde, morde dinheiro público.

Começa a sessão de julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE

Pelos principais meios de comunicação nacional será possível assistir à sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para acompanhar o julgamento da chapa Dilma-Temer.

Neste momento, o ministro-relator Heman Benjamim lê o relatório sobre as 4 ações q pedem a impugnação da chapa. O julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) 194358 foi proposta pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e pela “Coligação Muda Brasil” (PSDB/DEM/SD/PTB/PMN/PTC/PEN/PTdoB/PTN), e pede a cassação, por abuso de poder político e econômico, da chapa Dilma Rousseff e Michel Temer, eleita à Presidência da República em 2014.

Após essa parte, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, concederá a palavra, da tribuna, aos advogados de acusação e aos de defesa das partes envolvidas, nessa ordem. Em seguida, o representante do Ministério Público Eleitoral (MPE) faz suas considerações.

Encerradas essas etapas, o ministro Herman Benjamin apresentará o seu voto na Aije. Na sequência votam os ministros: Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, o vice-presidente do TSE, ministro Luiz Fux, a ministra Rosa Weber e, por último, o presidente da Corte Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, conforme prevê a regra do artigo 24 do Regimento Interno do TSE.

Caso haja um pedido de vistas, não se sabe exatamente quando será remarcada a sessão para julgamento da ação. O Governo Temer ainda terá saídas regimentais e legais para adiar e protelar esse julgamento.

Acompanhe tudo pelo youtube da Justiça Eleitoral:

Henrique teria usado empresa para lavagem de dinheiro

A empresa Prátika, que prestou serviços em vários municípios e instituições do Rio Grande do Norte, foi o alvo de operação da Polícia Federal e Ministério Público que teria sido usada na lavagem de dinheiro oriundo de campanhas eleitorais no ano de 2014 no estado. Além da Prátika, as empreiteiras OAS e Carioca Engenharia são alvos da investigação por doações na campanha de Henrique Alves pra Governador.

Um relatório aponta que a Pátrika teria sido envolvida num esquema de lavagem de dinheiro, movimentando R$ 9 milhões durante o período eleitoral, sendo só R$ 2 milhões às vésperas do segundo turno de 2014. O proprietário, Fred Queiroz, também foi preso nesta terça-feira (06), sendo ele secretário municipal de Obras da Prefeitura do Natal.

Óleo de peroba tão atual

Com a prisão de Henrique Alves (PMDB) e tantas acusações contra o mesmo, o fato nos faz lembrar do debate de 2014, quando um candidato adversário ao peemedebista ofereceu “óleo de peroba”, numa clara referência a chamá-lo de “cara de pau” por sua desfaçatez sobre os problemas do Rio Grande do Norte.

Robério Paulinho, do PSOL, protagonizou um dos ataques que foi o ponto de virada para a derrota de Henrique Alves naquelas eleições.

Relembre o fato:

O RN teve opção entre o Governador da Insegurança e o Governador da Lava Jato

Nesses momentos de debate entre a eficiência do Governo de Robinson Faria e seus auxiliares, cabe lembrar o cenário de 2014. Henrique Alves não era manchete nas capas das notícias da Lava Jato, ainda. Robinson Faria afirmava que estudou segurança pública e seria revolucionário e inovador para combater o crime.

Estamos aqui, quase 30 meses após as eleições estaduais, e com o ex-candidato acusado de todos os possíveis crimes contra o erário público e um governador imóvel e apático diante da crescente violência.

RN teve opção. Entre a lava jato e a insegurança pública, ambas bem mascaradas numa “cara de pau”.