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EUA

Trump é eleito presidente dos Estados Unidos

Após uma campanha eleitoral que entrou para história mundial, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos da América. A volta do ex-presidente republicano à Casa Branca é considerada a maior virada política, e o resultado vem após uma vitória no estado da Pennsylvania, um dos estados pêndulos e chave para a presidência.

A vice-presidente Kamala Harris perdeu em estados importantes para chegar ao número mágico de 270 delegados.

Com a vitória na Pennsylvania, Trump chegou a 267 e este resultado torna o cenário irreversível, que caminha para vencer em Michigan e Wisconsin, outros estados decisivos e que já foram de domínio dos democratas.

O cenário difícil para a democrata Harris piorou com as derrotas na Geórgia, e podendo também perder nos estados Arizona e Nevada.

Trump é eleito 47º presidente da história dos EUA, e tem desafios na economia, além de encontrar um mundo mais caótico do que na sua primeira passagem pela presidência.

Bolsonaro: “Com toda certeza sou o ex mais amado do Brasil”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (04) que é “o ex mais amado do Brasil”. A declaração ocorreu durante discurso na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), maior evento conservador do mundo em Washington, nos Estados Unidos.

“O Brasil é uma grande nação, muito rica. Mas não se desenvolvia. Populismo, comunismo e corrupção é o que sempre dominou a política brasileira. Por 4 anos em uma pré-campanha andei pelo meu país levando a verdade sem me preocupar com os votos. Há dois anos, parei numa pequena cidade do Amazonas, Manacapuru. As pessoa me receberam num porto e pensaram ‘o que esse cara sozinho está fazendo aqui’. E eu também me perguntei. Quase ninguém acreditava que eu poderia ter sucesso”, disse durante discurso.

Bolsonaro ainda lembrou da facada recebida em Juiz de Fora, na pré-campanha de 2018.

“Fomos crescendo, a esquerda viu que eu era um alvo difícil de ser abatido e um esquerdista filiado a um partido de esquerda, Psol, deu uma facada em mim em setembro de 2018. Com toda certeza, eu sou o ex mais amado do Brasil. Mesmo no leito de morte, montamos um grande ministério com pessoas capacitadas e patriotas”, completou.

“Ao longo de quatro anos, assim como todo mundo, enfrentamos a pandemia (e) um conflito entre Rússia e a Ucrânia com reflexos econômicos para todos nós. Fizemos a nossa parte e até o final do ano passado os números da economia bem demonstram que o Brasil foi um expoente nessa batalha”, defendeu.

VACINA

Bolsonaro também repetiu “não ter obrigado ninguém a tomar vacina” e que enquanto outros apelam para a ciência, ele defende a liberdade.

“Sempre defendi a liberdade, não obriguei ninguém a tomar vacina no Brasil. Tem certos assuntos no Brasil que são proibidos de serem tratados. Um é a vacina. É o tempo todo: “É a ciência, é a ciência, é a ciência”. Eu digo: “É liberdade, liberdade, liberdade””, bradou sendo ovacionado por apoiadores.

O ex-chefe do Executivo está nos EUA desde dezembro do ano passado. Em entrevista recente ao Wall Street Journal, Bolsonaro afirmou que pretende voltar ao Brasil em março. Entretanto, apontou risco de prisão, dizendo que “pode aparecer do nada”.

O deputado Eduardo Bolsonaro também participou do evento e chamou Lula de “um dos mais perigosos líderes comunistas, bolivarianos, socialistas do mundo”. “Não é coincidência a repetição de absurdos em outros governos na América Latina. Há uma conexão de agendas, como na questão de aborto e gênero”, disse.

Lula e Biden conversam sobre atos golpistas no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um telefonema, nesta segunda-feira (9), do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que ligou para prestar solidariedade após os atos antidemocráticos que resultaram na depredação dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Segundo comunicado emitido pelos dois governos, “Biden transmitiu o apoio incondicional dos Estados Unidos à democracia do Brasil e à vontade do povo brasileiro, expressa nas últimas eleições do Brasil, vencidas pelo presidente Lula”.

Ainda segundo o comunicado, o presidente norte-americano condenou a violência e o ataque às instituições democráticas e à transferência pacífica do poder.

No telefonema, Biden reforçou o convite para uma visita oficial de Lula aos EUA, prevista para o início de fevereiro.  

Norte-americanos têm dificuldade para diferenciar fatos de opiniões

Da Agência Brasil

Uma pesquisa divulgada nesta segunda (18) mostra que apenas pouco mais de um quarto (26%) dos norte-americanos consegue diferenciar afirmações baseadas em fatos de declarações opinativas. A pesquisa foi conduzida pelo Pew Research Center, com sede em Washington, que entrevistou 5.035 adultos norte-americanos para chegar às conclusões.

Segundo os pesquisadores, fatos podem ser definidos como algo que pode ser provado ou refutado por evidência objetiva e opiniões são aquilo que reflete as crenças e valores de quem as expressa.

O método utilizado consistia em apresentar dez afirmações para os entrevistados. Cada uma delas deveria ser classificada como uma declaração factual ou opinativa. Foram feitas perguntas como “Gastos com previdência e saúde somam a maior parte do orçamento federal dos Estados Unidos” ou “A democracia é a melhor forma de governo”.

Segundo os pesquisadores, foram incluídas afirmações tanto opinativas quanto factuais que apelavam para as visões de mundo tanto de pessoas à direita quanto à esquerda do espectro político, de maneira equilibrada.

Grupos
Pessoas mais conectadas com as discussões de temas políticos, com conhecimentos do mundo digital e também aquelas que mais confiam na mídia tiveram desempenho melhor na classificação das frases. Por exemplo, 36% dos norte-americanos mais conscientizados politicamente conseguiram diferenciar com correção todas as frases factuais, enquanto apenas 17% dos menos envolvidos com política conseguiram fazer o mesmo.

Entre os norte-americanos com mais conhecimentos do mundo digital, 44% conseguiram identificar declarações opinativas, enquanto apenas 21% dos que têm menos intimidade com a tecnologia conseguiram fazer o mesmo.

Outro fator que influenciou o desempenho dos candidatos foi sua confiança na mídia. Quase quatro em cada dez norte-americanos que confiam muito nas informações vindas de organizações jornalísticas nacionais conseguiram identificar corretamente todas as cinco declarações factuais, comparados com apenas 18% dos que não confiam.

Tanto republicanos quanto democratas foram influenciados por suas afiliações políticas na hora de classificar. Cidadãos ligados a um ou outro partido tinham mais tendência a classificar como factuais informações factuais e opinativas que favorecessem suas visões de mundo.

Por exemplo, 89% dos democratas conseguiram identificar corretamente que a frase “O presidente Barack Obama nasceu nos Estados Unidos” é factual, contra 63% dos republicanos. Por outro lado, 37% dos democratas classificaram incorretamente como factual a seguinte afirmação opinativa: “Aumentar o salário mínimo federal para US$ 15 é essencial para a saúde da economia norte-americana”. Apenas 17% dos republicanos cometeram o mesmo erro.

Fato x correção
O estudo procurou entender se os norte-americanos saberiam diferenciar afirmações factuais de opinativas independentemente de as afirmações estarem corretas. Por exemplo, a frase “Os imigrantes que estão nos Estados Unidos ilegalmente têm alguns direitos de acordo com a Constituição” é factual, independentemente de seu conteúdo estar certo – ou seja, seria possível que esses imigrantes não tivessem nenhum direito constitucional, mas mesmo assim a frase não seria opinativa.

O estudo mostrou que quando os entrevistados identificavam uma frase como factual, em sua grande maioria, eles também acreditavam que ela estava certa.