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Tribuna do Norte

Fátima tem desaprovação de 70,12% do eleitorado

Com desempenho em constante declínio na avaliação dos eleitores do Rio Grande do Norte, o índice de desaprovação da governadora Fátima Bezerra (PT) alcançou 70,12% em abril, conforme a pesquisa Consult/TRIBUNA DO NORTE, crescendo 12,30% desde a a primeira pesquisa divulgada em outubro do ano passado, quando a desaprovação era de 57,82% e chegou a 68,53% em fevereiro de 2024.

Os maiores índices de desaprovação do governo petista são registrados na Grande Natal, 79,4%, em seguida no Mato Grande, 77,2%; Sertão do Apodi, 74,5%; Seridó, 73,8%; Agreste/Litoral Sul, 73,1% e Mossoró, 71,3%. Em Natal, a desaprovação foi de 62,1%.

Já o índice de aprovação se mantem estável. Em outubro era 30,47%, baixou para 19,59% e agora desceu seis centésimos, foi a 19,53%. O melhor desempenho do governo Fátima Bezerra é na região de Assu/Mossoró, 28,4% e Central Cabugi/Litoral Norte, 28,3%. Em Mossoró foi de 21,3% e em Natal, 23,2%. Já os piores índices de aprovação estão na Grande Natal, 13,2% e no Mato Grande, 14,1%.

Os eleitores que não souberam responder foram 11,71% na primeira sondagem e 11,88% na segunda. Na pesquisa de abril, foi de 10,35%. A Consul/TRIBUNA DO NORTE também perguntou aos 1.700 eleitores como classificavam o governo de Fátima Bezerra para o Rio Grande do Norte. Os que classificam de “ruim” e “péssimo” são 31,53% e 21,41%, respectivamente, no somatório 52,94%.

Apenas 0,53% o classificam como “ótimo” e 10,65% como “bom”. Outros 33,82% dos eleitores classificaram o governo Fátima Bezerra como “regular” e 2.06% “não sabem dizer”.

A pesquisa foi realizada entre 22 e 25 de abril, em12 regiões do Estado, e, seis delas nenhum cidadão consultado classificou o governo como “ótimo”. Os índices mais altos de “ruim” foram na Grande Natal e Agreste/Litoral Sul, com 47,8% e 47,2%, enquanto os percentuais mais altos de “péssimo” foi em Natal, 30,0%; Mossoró, 27,9% e Seridó, 21,9%.

Avaliação de Fátima Bezerra como governadora do RN

Aprovação
Outubro/2023 30,47 %
Fevereiro/2024 19,59 %
Abril/2024 19,53 %

Desaprovação
Outubro/2023 57,82 %
Fevereiro/2024 68,53 %
Abril/2024 70,12 %

Não soube dizer
Outubro/2023 11,71 %
Fevereiro/2024 11,88 %
Abril/2024 10,35 %

Fonte – Consult/TN

Websérie ‘Bora Veranear’ chega ao interior do RN, passando por Tangará, Santa Cruz e Lagoa Nova

Uma mudança radical de cenário no quinto episódio da websérie “Bora Veranear”: após desfrutar das belezas e aventuras do litoral, o programa parte para desbravar as riquezas do interior do estado. O mar vira sertão nessa nova fase do “Bora”, que vai passear por algumas das paragens mais interessantes do interior potiguar, passando por Tangará, Santa Cruz e Lagoa Nova, e contando histórias de cada um, suas tradições religiosas, gastronômicas e paisagísticas. O episodio vai ao ar nesta terça-feira, na TN Play, plataforma de streaming do Sistema Tribuna de Comunicação no Youtube.

O primeiro ponto do “Bora” pelo interior é Tangará, a 90km de Natal. A pacata cidade é conhecida por seu saboroso pastel, cuja fama já atravessou fronteiras e pode ser encontrado em várias partes do estado. É uma marca. Mas nada como ir direto à fonte, e a equipe do programa foi atrás para saber como o adorado petisco virou tradição.

Dizem que o diferencial do pastel de Tangará está na massa, cuja qualidade evita a absorção do óleo, deixando as iguarias sequinhas e leves. O recheio é generoso, e tem variados sabores, desde os tradicionais (queijo, carne moída) até carne de sol na nata.

Foto: Reprodução/TN Online

Turismo religioso

Após o momento gastronômico, a equipe do “Bora” tomou o caminho de Santa Cruz, cidade a 114km de Natal, e epicentro do turismo religioso no estado. Os fundadores da cidade construíram a primeira capela em homenagem à Santa Rita de Cássia em 1825 e desde então ela é padroeira da cidade. O município ganhou o título de “cidade santuário” desde que foi erigida nele a estátua de Santa Rita de Cássia, a maior estátua religiosa da América Latina, maior estátua católica sacra do mundo, e segunda maior estátua do Brasil.

A imagem tem ao todo 56 metros de altura, contabilizando corpo, resplendor e pedestal. Foi inaugurada em 26 de junho de 2010. O “Bora” registrou a fé e a dedicação que o povo e visitantes dedicam ao santuário de Santa Rita, mas não só isso: falou também sobre a questão econômica, como o turismo religioso mudou a face da cidade.

A equipe também foi conhecer a cidade, circularam pelo centro, conheceram a igreja matriz, e mostraram as potencialidades de Santa Cruz. Com a construção desse ponto turístico, a cidade começa a ser conhecida, atraindo cada vez mais turistas. Anualmente, em 22 de maio, dia de Santa Rita de Cássia, mais de 60 mil pessoas costumam vir para a cidade em peregrinação.

A cidade e a serra

O episódio termina em alto astral e temperatura agradável, adentrando o tradicional território seridoense pelo município de Lagoa Nova. A 202 km da capital potiguar, a cidade está localizada na chapada da Serra de Sant’ana. O clima ameno é o principal atrativo turístico do município, que vem procurando tornar sua estrutura cada vez mais aconchegante para receber os visitantes.

A temperatura média costuma ser de 22 graus nos dias mais amenos. A cidade está a 686 metros acima do nível do mar. Admirar a paisagem e sentir a brisa da cidade é um prazer que todo passante experimenta na cidade. Em Lagoa Nova, a equipe do “Bora” finalizou o dia com um belo pôr do sol, apreciado em um dos mirantes da cidade serrana.

O “Bora Veranear” tem o patrocínio da Humana Saúde, Fortur, Matersol, Midway Mall, Ster Bom, VNZ Jeep, Nordestão, Natal Card, Drograria Globo e Sicoob. Apoio Fecomercio, prefeituras de Natal e Parnamirim.

Reportagem destaca que Natal perde 56% da água distribuída pela CAERN

Mais da metade da água distribuída para as residências e estabelecimentos comerciais situados em Natal se perde ao longo do caminho entre a estação de distribuição e a torneira. O índice de perdas é de 56,2% – o terceiro maior entre as capitais nordestinas -, conforme o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto 2019 divulgado nesta terça-feira (15) pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Esse percentual está muito acima da média nacional, que é de 39,2% no mesmo ano analisado. Em todo o Estado do Rio Grande do Norte, o índice de perdas na distribuição chega a 51,2% – o segundo mais alto do Nordeste, atrás somente do Maranhão (59,5%), acima da média regional (45,7% e nacional (39,2%).

Sobre o assunto, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) enviou nota à TRIBUNA DO NORTE esclarecendo que “após um período prolongado de estiagem e com a retomada do abastecimento em diversas cidades, a partir de 2019, o índice de perdas subiu em decorrência, principalmente, de vazamentos em redes que estavam sem utilização. Nesta perda também se somam os desvios de água e também a baixa medição de hidrômetros já defasados. Estas ocorrências estão sendo corrigidas pela Caern”.

A A Companhia afirma ter tomado outras medidas para melhorar esse cenário. “Os resultados serão mais efetivos a partir de 2021, devido à suspensão de algumas ações durante o período mais crítico da pandemia, uma vez que os cortes e fiscalizações estiveram suspensos”, garante. Ademais, “no último bimestre, a Caern retomou as ações de fiscalização, evitando os famosos gatos, ou seja, os desvios de água. Além disso, os cortes foram retomados. A Caern trabalha também para a contratação de uma empresa, na modalidade contrato de performance, para a redução de perdas na zona Norte de Natal. A perspectiva é que esse projeto seja expandido para outras áreas do Estado. Assim, a Companhia espera reduzir este índice”.

Caracterizadas como ineficiências técnicas no Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto 2019, as perdas são inerentes a qualquer sistema de abastecimento de água. “É um tema de alta relevância frente a cenários de escassez hídrica e de altos custos de energia elétrica, além da sua relação direta com a saúde financeira dos prestadores de serviços, uma vez que podem representar desperdício de recursos naturais, operacionais e de receita. Dessa forma, os custos decorrentes das perdas devem ser minimizados e estar sujeitos a gerenciamento apropriado, pois são repassados ao consumidor final”, aponta o estudo.

Extravasamentos

Ao longo do ano passado, Natal registrou 8.762 extravasamentos de esgotos, com duração de 490.656 horas, configurando como um dos maiores do país. Sobre esse tópico, a Caern afirma que “o lançamento de lixo, óleos, gorduras e a canalização de água de chuva na rede de esgoto são verdadeiros vilões do sistema de esgotamento sanitário”, pois o “Sistema de Esgotamento Sanitário não é projetado para esse uso indevido, sendo destinado apenas para as águas residuárias do dia a dia, tais como, os dejetos do vaso sanitário, da pia da cozinha, a água que escorre pelos ralos do chuveiro, das pias e demais ralos espalhados pelas casas”. Conforme a Companhia, cerca de 90% das ocorrências na rede de esgoto da capital são provocadas por mau uso da própria população.

“Mesmo com um alto número de ocorrências é importante destacar que a Caern manteve uma eficiência de resolução das demandas em 93% executadas dentro do prazo regulado pela Agência Reguladora de Saneamento Básico de Natal (Arsban)”, declara a Caern. Atualmente, a cobertura de esgotamento na capital é de aproximadamente 50%. Até 2022, essa cobertura chegará a 100%. “Por este motivo a Caern já tem desenvolvido diversas ações de educação ambiental para conscientizar a população sobre o uso correto do sistema e gerar uma melhor convivência”, ressalta.

Perdas

Veja abaixo o índice de perdas na distribuição de água no NE

Capitais
Aracaju 30,5%
João Pessoa 32,4%
Fortaleza R$ 47,4%
Maceió R$ 51,2%
Teresina 51,7%
Salvador 56,1%
Natal 56,2%
Recife 57,9%
São Luíz R$ 63,8%
Brasil 39,2%

Estados
Alagoas 29,8%
Paraíba 38,8%
Bahia 40,2%
Ceará 43%
Sergipe 43,6%
Piauí 48,4%
Pernambuco 50,1%
Rio Grande do Norte 51,2%
Maranhão 59,5%
Brasil 39,2%

Abastecimento de água cresce

O Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto (SNIS-AE) reuniu dados de 5.191 municípios brasileiros, que contam com 174,8 milhões de habitantes (97,1% da população do País). Essas cidades, ao fim de 2019, tinham 680,4 mil quilômetros de redes de água, um acréscimo de 17,8 mil quilômetros (ou 2,7%) em relação aos 662,6 mil quilômetros apurados em 2018.

As ligações às redes de abastecimento de água cresceram de 57,2 milhões, em 2018, para 59,1 milhões (3,3% a mais) no ano passado. Com esse aumento, a população atendida alcançou 170,8 milhões de pessoas, o que corresponde a 83,7% do total do País. A Região Sul apresentou o maior índice de cobertura, com 98,7%, seguida pelo Centro-Oeste (97,6%), Sudeste (95,9%), Nordeste (88,2%) e Norte (70,4%).

Já o consumo médio de água no País registrou queda. Em 2019, foi de 153,9 litros ao dia por habitante – uma redução de 0,6% em comparação a 2018. Os consumos variam regionalmente de 120,6 litros diários por habitante na Região Nordeste a 177,4 litros na Região Sudeste.

Reportagem do Jornal Tribuna do Norte