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Ministério da Defesa

Cúpula militar vê risco de ataque a Bolsonaro acirrar ânimos

Da Folha de S. Paulo

A cúpula das Forças Armadas avalia que o ataque ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) pode levar ao acirramento dos ânimos no processo eleitoral.

Os comandantes militares estavam reunidos no Ministério da Defesa quando foram avisados que Bolsonaro foi esfaqueado na tarde desta quinta-feira (6) em ato de campanha na cidade de Juiz de Fora (MG).

Eles receberam a notícia com preocupação e destacaram o ineditismo do ataque a um presidenciável durante evento de campanha. A avaliação foi de que os ânimos já exaltados no país durante a campanha podem se acirrar.

Em março, quando a campanha presidencial ainda não havia começado, dois ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram atingidos por tiros. Ninguém foi ferido.

O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, estava em reunião com os comandantes Eduardo Villas Bôas (Exército), Eduardo Bacellar Leal Ferreira (Marinha) e Nivaldo Luiz Rossato (Aeronáutica) e com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Ademir Sobrinho. O encontro, que começou às 15h, estava marcado previamente.

A análise dos militares é que o homem que atacou Bolsonaro provavelmente agiu por fanatismo, em ato isolado, que não tem relação com outros candidatos ou partidos.

(Laís Alegretti)

Ministro da Defesa afirma que Forças Armadas devem atuar em até 8 ou 10 dias

Enquanto a crise penitenciária segue por todo o país, o Ministro da Defesa assume mais uma capítulo da crise. O titular da pasta, Raul Jungmann, informou em entrevista coletiva que após solicitação dos Governos dos Estados, o Ministério da Defesa irão atender ao pedido.

O uso das Forças Armadas só foi permitido com a publicação de um decreto da Presidência da República, através de um GLO, Garantia da Lei e da Ordem, assinada pelo presidente Michel Temer e publicado hoje (18) no Diário Oficial da União.

Na coletiva, Raul Jungmann falou que as tropas estarão prontas em até oito ou dez dias.

O decreto autoriza a participação das Forças Armadas nessas operações em presídios estaduais por um período de 12 meses.