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Hospitais da Rede Ebserh oferecem tratamentos de ponta para problemas oftalmológicos

A relação dos seres humanos com o mundo exterior é mediada pelos sentidos e, sem dúvida, a visão é um dos mais significantes e complexos, sendo naturalmente responsável por 85% das informações processadas no cérebro. A saúde ocular é essencial para a qualidade de vida e o bem-estar, portanto, cuidar da saúde dos olhos é fundamental para preservar uma visão clara e nítida ao longo do tempo. E isso pode ser feito a partir de hábitos simples, como boa higiene visual (não abusar das telas e proteger os olhos da exposição excessiva aos raios ultravioleta), dieta saudável, descanso adequado e consultas ao oftalmologista.

As doenças oculares podem ser provocadas por inúmeros motivos, desde causas genéticas até a hábitos e estilo de vida. Em médio e longo prazo podem causar, entre outras coisas, dificuldade na visão e até mesmo, em casos mais graves, a cegueira. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, cerca de 285 milhões de pessoas estão visualmente prejudicadas no mundo, e, entre 60% e 80% desses casos podem ser evitados e tratados.

Um dos grandes desafios da atualidade tem sido a progressão da miopia em crianças e adolescentes por consequência do uso de dispositivos digitais, como tablets e celulares. Várias tecnologias já foram desenvolvidas para conter a progressão da miopia nessa fase de desenvolvimento, para que as crianças não sejam adultos como miopias muito altas e sofram com as consequências graves disso.

Outra importante ferramenta tem sido a genética ocular, utilizada no mapeamento de doenças em crianças. Com isso, os tratamentos ficam mais direcionados aos subtipos de cada patologia infantil, resultando em maior acerto nos prognósticos e tratamentos.

Avanços nas cirurgias de catarata, utilizando lentes intraoculares com mais precisão e tecnologia, também marcam importantes avanços, assim como o diagnóstico e tratamento de doenças do envelhecimento, em especial a degeneração macular relacionada à idade, com a utilização de medicamentos que retardam o avanço da doença.

E no campo da reabilitação da visão, existem tecnologias para fazer a leitura, escanear a visão e permitir que o deficiente visual possa se integrar com mais facilidade. Todas as tecnologias digitais, inclusive os próprios smartphones, têm uma adaptabilidade muito maior para que o deficiente visual e o cego possam ter uma mobilidade chamada de deslocamento no ambiente, melhorando a qualidade de vida do paciente.

Entre os 41 hospitais universitários que integram a Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh), alguns centros se destacam pela oferta de atendimento e assistência especializada em cuidados oftalmológicos.

Banco de Olhos e tecnologia

Na Região Sudeste, o Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-Ufes), localizado em Vitória, conta com uma equipe que é responsável por cerca de 70% das captações de córneas do Espírito Santo, um ótimo exemplo de excelência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

O menino Ravi, que emocionou todo mundo ao enxergar a mãe pela primeira vez, teve córnea transplantada no Hucam (leia matéria completa aqui).

O hospital também desenvolve pesquisa sobre a eficiência de um equipamento para o tratamento de ceratocone por meio de crosslinking, técnica consiste na aplicação de um colírio especial à base de riboflavina (vitamina B2), que, posteriormente, é ativado por um feixe de luz ultravioleta. Isso estimula a contração e a união das fibras de colágeno, o que aumenta a resistência da córnea e reforça sua estrutura, minimizando consideravelmente as chances de progressão do ceratocone, podendo retardar sua evolução e até mesmo estagná-lo.

Após a aplicação da luz, é colocada uma lente de contato terapêutica, que atuará como uma espécie de curativo sobre a retina, enquanto o epitélio cicatriza. Esse processo leva em torno de sete dias e, depois desse prazo, a lente deve ser retirada.

Olho Biônico

Desenvolvido no Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huol-UFRN), em Natal, o projeto Olho Biônico surgiu a partir da necessidade de amenizar as dificuldades enfrentadas pelos deficientes visuais para andar nas ruas. O objetivo é o desenvolvimento de uma plataforma eletrônica para auxiliar deficientes visuais durante a locomoção.

O sistema detecta obstáculos a 1,2m que possam prejudicar ou tragam perigo à locomoção do usuário, como orelhões telefônicos, buracos, canteiros e placas. Com isso, barreiras que não são facilmente detectadas pela bengala passam a ser alertadas com precisão, tornando a locomoção mais segura.

A tecnologia baseia-se na utilização de uma bengala, instrumento já utilizado pelos deficientes para a locomoção, equipada com um sistema de sensoriamento e uma plataforma microprocessada que avalia as condições ambientais do entorno onde se encontra o usuário.

Os benefícios do projeto incluem:

  • Plataforma Aberta: o Olho Biônico é um projeto cujos resultados serão disponibilizados online, de forma aberta (open source), onde qualquer indivíduo poderá implementar o sistema seguindo os passos para desenvolvimento.
  • Baixo Custo: tem como premissa o baixo custo de implementação, apresentando sensores e microprocessadores de valores mais acessíveis, permitindo o desenvolvimento de uma plataforma de custo mais acessível para as classes sociais de menor poder aquisitivo.
  • Acessibilidade: é uma tecnologia voltada para melhorar a qualidade e a segurança na locomoção de deficientes visuais, informando obstáculos que possam representar risco durante os percursos realizados.

Para saber mais sobre o projeto, acesse aqui.

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