O Governo Federal deu prosseguimento no projeto da Adutora do Agreste, que foi idealizado durante a gestão de Rogério Marinho (PL) no Ministério do Desenvolvimento Regional. A adutora vai na sua primeira etapa chegar a Canguaretama, Pedro Velho, Montanhas e Nova Cruz.
O município de Santa Cruz só entra na segunda etapa da adutora, quando a expansão vai até Santo Antônio por uma via, e outra segue para Passa e Fica, São José do Campestre, Tangará e Santa Cruz.
Essas cidades saem da adutora Monsenhor Expedito e passam a pertencer ao novo sistema adutor. Juntas somam quase 200 mil pessoas, sendo algumas das maiores cidades do Agreste e Trairi.
O senador Rogério Marinho (PL), ex-ministro do Desenvolvimento Regional, anunciou, nesta segunda-feira (30), a publicação da licitação da adutora do Agreste no valor de R$ 515 milhões. O início da obra, que beneficiará diretamente 38 municípios e mais de 500 mil potiguares — garantindo o abastecimento regular de água —, está previsto para o primeiro trimestre de 2025.
O projeto, concebido durante o mandato de Rogério Marinho como ministro do Desenvolvimento Regional, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é fruto de anos de planejamento e da articulação política do senador, que alocou os recursos necessários para a sua execução.
Com entusiasmo, o senador destacou a importância desse marco para o estado em publicação nas redes sociais: “Essa é uma excelente notícia. Viabilizamos os estudos e recursos para o projeto da Adutora do Agreste, enquanto ministro do governo do presidente Bolsonaro, que proporcionou esse momento”, destacou.
A obra representa um avanço crucial na melhoria da qualidade de vida dos potiguares, com impacto social direto para milhares de famílias. Além dos benefícios imediatos com o abastecimento de água, o projeto também promoverá o desenvolvimento econômico regional, com a geração de empregos e ampliação das oportunidades locais.
O protagonismo de Rogério Marinho foi fundamental para garantir o andamento do projeto, mesmo com a mudança de governo. Sua atuação no Senado assegurou a continuidade da obra, que já tem R$ 45 milhões alocados no orçamento de 2024, graças à sua emenda de bancada.
Sobre a Adutora
A primeira etapa da construção da Adutora do Agreste, com captação no Rio Guaju, em Pedro Velho, vai atender: Montanhas, Nova Cruz, Santo Antônio, Serrinha, Canguaretama, Pedro Velho.
Em seguida, diretamente, Boa Saúde, Lagoa D´Anta, Gameleiras, Passa e Fica, Santa Cruz, São José de Campestre e Serra de São Bento.
De uma forma indireta, serão beneficiados os municípios de Barcelona, Bom Jesus, Campo Redondo, Coronel Ezequiel, Espirito Santo, Ielmo Marinho, Jaçanã, Japi, Lajes Pintada Lagoa de Pedras, Lagoa dos Velhos, Lagoa Salgada, Monte Alegre, Passagem, Rui Barbosa, Santa Maria, São Bento do Trairi, São Paulo do Potengi, São Pedro, São Tomé, Elói de Souza, Serra Caiada, Sítio Novo, Tangará e Várzea, que terão maior oferta hídrica em função da redistribuição da água oriunda das adutoras Monsenhor Expedido e Espírito Santo.
Em audiência com a Governadora Fátima Bezerra, a Federação das Câmaras do Rio Grande do Norte, a FECAM/RN, apresentou através da sua diretoria algumas demandas à gestora estadual. No encontro, o vice-presidente da Federação, o presidente da Câmara de Santa Cruz, Fábio Dias (PSDB), questionou a governadora sobre a solução do abastecimento d’água no Agreste, Trairi e Potengi, tendo em vista a situação crítica da Adutora Monsenhor Expedito.
Após questionar as soluções e perguntar pelo andamento da Adutora do Agreste, projeto que pretende “desafogar” a demanda de abastecimento da Monsenhor Expedito, Fátima Bezerra foi bem clara na resposta ao vereador santa-cruzense: “Não tem outra solução técnica”.
A Governadora disse “conhecer a região há 50 anos, e sabe que as dificuldades vêm de vários anos”.
No vídeo, Fátima Bezerra fala que o projeto está sendo acompanhado junto ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, o vereador Fábio Dias (PSDB), criticou o uso político do desabastecimento em Santa Cruz e defendeu que a solução é uma nova Adutora para reforçar o sistema Monsenhor Expedito.
O vereador falou sobre sua direção à frente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Santa Cruz, enaltecendo os investimentos feitos ao longo de 2 anos. “Fui Diretor do Sistema Autônomo de Água e Esgoto, o SAAE. Conheço com pouco mais de profundidade o problema do abastecimento de água. Na condição de Diretor realizei mais de 4 mil metros de extensão e ampliação de rede de água. Conseguimos também, junto ao deputado estadual Tomba Farias, uma emenda de mais de R$ 300 mil para aquisição de mais de 4 mil hidrômetros, que inclusive, a gestão iniciou a instalação em massa, seguindo as prioridades adotadas pelo setor técnico. Mas qualquer medida tomada pelo SAAE, não trará melhorias significativas. A situação é crítica”, apresentou Fábio.
“O abastecimento da cidade é dividido em quatro grandes setores, e para cada setor existe uma bomba. Temos quatro bombas. A oferta de água atual, que é de aproximadamente 235 metros cúbicos por hora, força o sistema a operar em escala de rodízio, dado que cada bomba opera 120 metros cubos por hora, permitindo o funcionamento de apenas duas”, explicou.
Fábio Dias ainda falou que fez diversas solicitações à CAERN para melhorar a oferta de água, mas compreende que a Adutora Monsenhor Expedito não comporta mais tanta demanda. “O SAAE solicitou diversas vezes à CAERN o aumento da oferta de água, uma delas, através de uma ação judicial, que tramita desde 2019, na comarca daqui. A ação ainda não avançou, mas os técnicos já deixaram claro que não será possível o aumento da oferta de água, visto que, a Adutora Monsenhor Expedido já opera em sua capacidade máxima. Ela [Adutora] abastece hoje 30 cidades e mais de 200 comunidades rurais, quando fora projetada para atender até 22”. O ex-diretor ainda complementou que suas informações estão de acordo com o que a CAERN justificou na reportagem da InterTV Cabugi, na última sexta-feira (24). “A CAERN esclareceu ao jornal este dado, e compreendemos as limitações da instituição que precisa de investimentos oriundos de outras instâncias políticas. Portanto, há um consenso técnico é que a solução é a a construção da nova Adutora do Agreste”, confirmou.
O ex-diretor e atual presidente da Câmara Municipal ainda denuncia o uso politiqueiro desse problema. “Nenhuma narrativa criada para fins eleitorais irá se sobrepor a este dado técnico. A Governadora conhece a causa e já falou sobre ela, a CAERN já se posicionou no mesmo sentido, assim como o SAAE. Agora é unirmos as forças que querem a solução verdadeira para cobrar o inicio e o fim da obra da nova Adutora. O projeto está na mesa e o recurso para sua execução na pasta do Ministério do Desenvolvimento Regional, que tem como Ministro Titular, Waldez Goes”, finalizou.
Perguntado sobre alguma outra solução paliativa, Fábio disse que não existe, apenas “a Adutora do Agreste Já!”.
O município de Santa Cruz foi sede de uma reunião entre os presidentes de Câmaras da região do Trairi para discutirem soluções para o abastecimento hídrico nas cidades que compõe a Adutora Monsenhor Expedito.
Com a presença dos presidentes e representantes dos seus municípios: Lajes Pintadas através de Joviano Daniel, Coronel Ezequiel com Kênia Farias, São Bento do Trairi com Eduardo Bezerra, São Paulo do Potengi com Geraldo Cunha, Campo Redondo por Victor Souza, e Jaçanã com Victor Nascimento.
De Santa Cruz, participaram da reunião os vereadores Fábio Dias, que presidiu a reunião, além de Erivan Justino, Tarcísio das Horteiras, Talita Mariele, Nayara Fonseca e Zuleide Guilherme.
Uma comissão formada para seguir com o projeto, chamado Água para Todos, com sugestão da presidência por Fábio Dias, de Santa Cruz. O projeto prevê reuniões nos municípios, discutindo soluções locais, na sequência audiências com o Senador Rogério Marinho, ex-Ministro do Desenvolvimento Regional, e visitas técnicas a CAERN, e buscar soluções junto ao Governo do Estado, através da Governadora Fátima Bezerra.
A culminância do projeto é uma audiência pública, em Santa Cruz, reunindo autoridades públicas, lideranças e a população em geral.
A governadora Fátima Bezerra se reuniu na manhã desta terça-feira (10), em Brasília, com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para tratar de projetos e obras hoje em execução e para os próximos quatro anos, como é o caso do Projeto Seridó, que vai garantir segurança hídrica aos 22 municípios da região, onde vivem atualmente cerca de 300 mil habitantes.
“Esses pleitos que apresentamos ao ministro são estratégicos para o Rio Grande do Norte. Temos ações importantes que exigem todo o nosso empenho para serem concluídas e promover em nosso Rio Grande do Norte um salto no desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida da população”, afirmou Fátima Bezerra.
Entre as ações de governo, estão em andamento, de acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, João Maria Cavalcanti, o complexo da Barragem de Oiticica, no município de Jucurutu (valor de R$ 146 milhões); a primeira etapa do Projeto Seridó (Seridó Norte) que foi assumido pela Codevasf (R$ 370 milhões) e o Programa Água Doce (R$ 32 milhões).
Ainda na área de recursos hídricos, o Governo do RN tem vários projetos para serem licitados, como a segunda etapa do Projeto Seridó (Seridó Sul); obras complementares relacionadas ao Projeto de Integração do Rio São Francisco – PISF, no valor estimado de R$ 20 milhões; licitação das obras da Adutora do Agreste.
O projeto executivo da primeira etapa da Adutora do Agreste, no valor de R$ 150 milhões deve ser licitado ainda no primeiro semestre deste ano. “Este é um problema que se arrasta há décadas e, se Deus quiser, vai ser resolvido em nossa gestão, destacou a governadora.
“Tudo isso que a governadora Fátima apresentou aqui está em nosso radar. É uma prioridade deste Ministério e do governo do presidente Lula. Ainda neste mês (de janeiro) iremos fazer uma reunião mais detalhada de nossa equipe com a equipe da governadora e, talvez, já falarmos em prazos”, disse o ministro Waldez Góes.
O deputado Tomba Farias (PSDB) participou da assinatura da ordem de serviço, que autoriza o início da elaboração do projeto de implantação da Adutora do Agreste Potiguar, junto com o Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. O evento aconteceu na manhã deste sábado, no auditório da FIERN, em Natal.
“Essa obra é importante para a nossa região, pois vai garantir o abastecimento para muitas cidades. Não podemos continuar sofrendo com essa situação da Adutora Monsenhor Expedito, e a Adutora do Agreste vai ajudar nossa região do Trairi e nossa Santa Cruz”, disse Tomba.
Com investimentos estimados em R$ 260,5 milhões, a Adutora é uma das principais obras hídricas do Rio Grande do Norte. Treze cidades serão beneficiadas diretamente, sendo 10 na região do Agreste (Boa Saúde, Lagoa D’Anta, Monte das Gameleiras, Nova Cruz, Passa e Fica, Santa Cruz, Santo Antônio, São José do Campestre, Serra de São Bento e Serrinha) e três no Litoral Sul (Canguaretama, Serra de São Bento e Pedro Velho). Além disso, outros 25 municípios também serão beneficiados com maior oferta hídrica por conta da redistribuição da água dos Sistemas Adutores Monsenhor Expedito e Espírito Santo.
O assunto água volta a pauta do Trairi, dessa vez com um evento neste sábado (19), quando o Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, assina a ordem de serviço para elaboração do projeto de implantação da adutora do Agreste Potiguar. A solenidade acontece em Natal, no auditório da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), às 10h.
O evento será um seminário sobre o Programa Casa Verde e Amarela, e na ocasião, o Ministro fará a assinatura da ordem de serviço que beneficiará os municípios do Agreste Potiguar com o reforço no abastecimento hídrico.
ADUTORA DO AGRESTE
O Sistema Adutor Agreste Potiguar é de extrema importância para garantia hídrica da Região Agreste e Litoral Sul do Rio Grande do Norte. A obra irá proporcionar o aumento da oferta de água e realizar a integração dos três sistemas adutores existentes atualmente.
De acordo com o MDR, irá garantir a oferta hídrica sustentável por mais 30 anos para 38 municípios, sendo 13 cidades beneficiadas diretamente (Nova Cruz, Santo Antônio, Serrinha, São José do Campestre, Lagoa D’anta, Passa e Fica, Monte das Gameleiras, Serra de São Bento, Boa Saúde e Santa Cruz, Canguaretama, Pedro Velho e Montanhas). Outras 25 cidades restantes indiretamente terão o reforço do abastecimento através da redistribuição da água existente nos sistemas adutores remanescentes Estima-se que 510 mil pessoas serão beneficiadas.
A serão 170,9 km de adutora, com as obras divididas em 3 fases e 9 trechos, com a possibilidade de construção em etapas.
O diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Santa Cruz (SAAE), Fábio Dias, concedeu entrevista ao programa Repórter 87 FM e falou sobre o abastecimento na cidade, que vem passando por muitos problemas, principalmente nos últimos meses do ano, considerado o período de estiagem.
Entre os assuntos da entrevista, Fábio criticou a falta de regularidade no bombeamento da Adutora Monsenhor Expedito, que já passou muitas horas paradas durante o mês de dezembro. Hidrometração, redes de abastecimento, construção de reservatórios, transparência, cobrança da conta d’água, ação movida contra a CAERN e outros assuntos dominaram a pauta de uma longa entrevista que apresenta muitas informações para os ouvintes e internautas do Repórter 87.