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DEM

MDB é o partido mais vitorioso da história das eleições em Santa Cruz

Se for feito um recorte da história recente de Santa Cruz, desde que pluripartidarismo voltou após o Golpe de 1964, o Movimento Democrático Brasileiro, o MDB, foi a legenda que mais elegeu prefeitos na cidade. A primeira vitória veio com Dr. Cabral, em 1992, numa conjuntura política que envolvia o rompimento do grupo governista e dos políticos tradicionais da época.

Mas Cabral abandonaria o MDB e o grupo ainda teria a eleição do vice-prefeito da época, Dr. Ayrton Silva. A legenda só voltaria para uma disputa vencedora em 2000, quando Luiz Antônio Lourenço de Farias, conhecido como Tomba, venceu as eleições contra Dr. Cabral.

Mas, o MDB novamente foi deixado de lado em uma nova articulação política, que uniu Iberê Ferreira, Fernando Bezerra e Tomba em torno da governadora Wilma de Faria. Tomba migraria para o PTB, junto com a sua base política.

Em 2012, foi o próprio Tomba que trouxe de volta o MDB, lançando Fernanda Costa pela legenda e derrotando Péricles Rocha. A reeleição também foi de 15 novamente.

Aninha de Cleide, nestas eleições 2024, trouxe a quinta vitória da legenda na história política recente da cidade. O partido é o mais vitorioso das eleições de Santa Cruz, três do PSDB, uma vitória do antigo PFL (que já foi DEM e hoje é uma fusão que formou União Brasil), e também uma do PSB e do PTB.

1988 – Francisquinho Medeiros (PFL)

1992 – Dr. Cabral (PMDB)

1996 – Dr. Ayrton (PSDB)

2000 – Tomba Farias (PMDB)

2004 – Tomba Farias (PTB)

2008 – Péricles Rocha (PSDB)

2012 – Fernanda Costa (PMDB)

2016 – Fernanda Costa (PMDB)

2019 – Ivanildinho Ferreira (PSB) – suplementar

2020 – Ivanildinho Ferreira (PSDB)

2024 – Aninha de Cleide (MDB)

[FOTOS] Confira como foi a convenção do PSDB/PSB em Santa Cruz

Os principais partidos do grupo governista de Santa Cruz realizaram a convenção que confirmou os nomes de Ivanildinho Ferreira (PSDB) e Glauther Adriano (PSB) para prefeito e vice-prefeito, nas eleições municipais deste ano, em 15 de novembro.

O local escolhido foi a Escola Municipal Aluízio Bezerra, no bairro Paraíso, o antigo Complexo João de Dula, na manhã deste domingo (06), e contou com a participação do médico Marcos Lima, do deputado estadual Tomba Farias, o ex-vice-prefeito Joca Ferreira, lideranças e pré-candidatos homologados na convenção.

COLIGAÇÃO

As coligações entre partidos são permitidas apenas na majoritária, ou seja, para cargos como prefeito, governador e presidente. No grupo de Tomba/Ivanildinho, o PSDB indicou o prefeito e o PSB o vice. Os demais partidos somam apoio, como o MDB, PTB e DEM, além de somar tempo nos programas de rádio da coligação.

VEREADORES

Com 13 vagas para a disputa entre os vereadores, o grupo decidiu lançar candidatos apenas por duas legendas, o PSDB e PSB, tendo em vista que as coligações para a proporcional foram extintas. Ou seja, cargos como vereador e deputados não tem mais uma aglomeração de partidos para eleger cadeiras no parlamento, as vagas agora são disputadas pelo partido. O PSDB lançou 19 candidatos, e o PSB 20.

NOVOS APOIOS

Nos discursos da majoritária, o médico Marcos Lima, do PTB, foi a grande novidade, sendo recebido no primeiro ato político do grupo de Tomba/Ivanildinho. Outros nomes foram lembrados, principalmente aqueles que desistiram de outros projetos políticos para apoiar o grupo da situação.

CONVENÇÃO FECHADA

Não teve live, ao contrário de outras cidades, Ivanildinho decidiu seguir uma linha de interpretação que as lives de convenção fogem do objetivo intrapartidário. Esse mesmo pensamento também foi compartilhado por alguns grupos políticos em diversas cidades.

A transmissão aconteceu em grupo fechado para filiados e convencionais na plataforma zoom meeting. Presencialmente, prestigiaram algumas lideranças convidadas, os convencionais, diretórios municipais, pré-candidatos com direito a convidar um assessor, bem como a equipe de estrutura do evento, não podendo ultrapassar as determinações dos decretos sanitários, com até 30% da capacidade do local.

No local, só era permitida a entrada com pulseira de identificação e máscara, tinha aferição da temperatura, bem como restrições de circulação. Assessores ficaram em ambientes determinados, e os pré-candidatos numa plenária geral. A majoritária com mesa dos trabalhos ficou em um espaço exclusivo, que estavam as câmeras e equipe de suporte do evento.

Ivanildinho e Glauther são homologados como a chapa governista de Santa Cruz

Os nomes dos atuais prefeito e vice-prefeito de Santa Cruz, Ivanildinho Ferreira (PSDB) e Glauther Adriano (PSB), foram homologados como a chapa do grupo governista para a disputa da eleição municipal na majoritária. A candidatura de reeleição deles foi mais uma vez confirmada pelo grupo de Tomba Farias, que em outubro comemoram 20 anos da primeira vitória nas urnas de Santa Cruz.

O MDB, DEM e PTB também acompanharam a convenção e coligaram com o PSDB e PSB na eleição majoritária. Apenas o PSDB e PSB lançam candidatos nestas eleições para vereador, pois a nova regra eleitoral permite candidaturas apenas por uma lista de filiados do partido, sem permitir a coligação entre as legendas.

A convenção ainda contou com vídeos de apoio de lideranças estaduais como Rafael Motta e Ezequiel Ferreira, além do deputado estadual Tomba Farias, líder político do grupo.

A convenção foi cartorial com apenas os candidatos, assessores e convencionais, além de uma série de medidas restritivas, diante da pandemia do novo coronavírus. Os demais filiados de cada partido podiam acompanhar por uma sala no aplicativo Zoom Meeting.

Coligação de Ivanildinho tem cinco partidos políticos

Até esta sexta-feira (04), o pré-candidato a prefeito Ivanildinho Ferreira já conta com cinco partidos na base da sua coligação.

As coligações não são permitidas para as candidaturas a vereador, sendo apenas fechadas entre os partidos, com até 150% do total de vagas disponíveis.

Para prefeito, coligação majoritária, ainda são permitidas as coligações. Ivanildo Ferreira reúne o PSDB, PSB, DEM, MDB e PTB.

As coligações são importantes para somar tempo de TV e Rádio para os candidatos, além do apoio político.

Quais os caminhos prováveis para Tomba Farias?

Com a saída de Tomba Farias do PSB, o partido deverá se aproximar mais ainda da esquerda, quando presidente da legenda, Rafael Motta, tem procurado se distanciar dos partidos da direita e do centro, exemplo como as votações das reformas do presidente Michel Temer (MDB) e a análise da denúncia contra o peemedebista.

Essa aproximação do PSB nacional dificultou o caminho do partido no plano estadual. Talvez esta foi a principal motivação para a saída de Tomba, quando o cenário político ficou conturbado e de difícil articulação.

Quais seriam então os possíveis caminhos para Tomba, nas eleições de 2018?

MDB?
A esposa Fernanda Costa é um dos principais nomes do partido, que tem o Presidente da República, no entanto, com o principal líder, Henrique Alves, preso isso deve dificultar a articulação da legenda, que já contabiliza algumas baixas.

DEM?
Com José Agripino em destaque no cenário nacional, nas articulações com a Câmara Federal e o Governo Temer, o Democratas é uma opção possível para Tomba Farias, ainda mais na aliança história que o deputado tem com o senador. O partido tem ampla margem de coligação para 2018, tendo em vista que a esquerda tem poucos aliados para fazer uma grande coligação.

PSDB?
O partido ficou inchado com a entrada de muitos nomes. Larissa Rosado é uma das figuras que saiu do PSB e foi para o PSDB, mostrando a insatisfação não só de Tomba, mas de muitas outras lideranças políticas com o rumo do Partido Socialista Brasileiro. Com a boa relação de Tomba na ALRN, não seria estranho que ele entrasse no partido, mas o quadro para coligações parece muito difícil.

PDT?
O partido de Carlos Eduardo seria uma boa opção, sem tantos “nomes de peso” como no PSB, e com possibilidade ampla de coligações. Caso o cenário político siga favorável para uma pré-candidatura do prefeito de Natal, Tomba estaria no barco privilegiado.

Haveria outra opção partidária?

Façam suas apostas…

PSDB e DEM liberam seus deputados na votação da denúncia de Temer

Em meio a crise da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), dois aliados deixam margem para dificultar a tramitação desse processo que pode cassar o peemedebista.

O PSDB orienta os deputados a votarem contra a denúncia, no entanto não fechou questão e liberou seus deputados para votarem conforme sua consciência. O partido tem 46 deputados e é 3ª maior bancada.

Outro aliado, que tem o presidente da Câmara dos Deputados, o Democratas (DEM), também adotou a postura do PSDB, um aliado de longa data desde o Governo Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. O DEM tem 29 deputados e tem um de seus filiados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no pleno exercício da presidência da Casa, o que tem sempre a cobrança do Planalto na condução e tramitação da denúncia.

Com essa postura do PSDB e DEM, Michel Temer tem muito a temer para os próximos dessa novela política.