O Rio Grande do Norte tem 61 municípios em zona de perigo ou em risco, com taxa de transmissibilidade do coronavírus acima de 1,03. Os dados são da plataforma de monitoramento da pandemia desenvolvida pelo Laboratório de Inovação tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
De acordo com os números, 8 municípios do estado estão em zona de perigo, com taxa de transmissibilidade do vírus acima de 2,0. Isso significa dizer que, estatisticamente falando, 100 pessoas doente contaminarão 200 saudáveis. O nível é o mais alto na escala apontada pelo Lais. A população do RN dentro dessa zona é de 39.053. O município com a maior taxa é Boa Saúde, na V região de Saúde de Santa Cruz, com 5,00.
De acordo com o Lais, a taxa de transmissibilidade é um indicador importante para analisar a pandemia do coronavírus. No entanto, o laboratório destaca que os dados não podem ser utilizados separadamente. ” É preciso considerar outros indicadores nas avaliações dos contextos epidemiológicos” , apontou.
Em Santa Cruz, a taxa é de 0,76, sendo o 117º no ranking da escala entre todos os municípios do RN. Na região Trairi, Jaçanã e Lajes Pintadas apresentam as maiores taxas de transmissibilidade, com 1,07 e 1,06. Veja a tabela:
Município
Taxa R(t)
População
Jaçanã
1.07
9.133
Lajes Pintadas
1.06
4.759
Coronel Ezequiel
0.95
5.506
Japi
0.95
5.055
Serra Caiada
0.91
10.395
São Bento do Trairí
0.80
4.449
Santa Cruz
0.76
39.674
Tangará
0.76
15.727
Sítio Novo
0.66
5.522
Campo Redondo
0.57
11.217
Confira os dados por município, de acordo com dados do LAIS/UFRN:
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp), publicou edital para realização de concurso público voltado ao provimento de cargos técnico-administrativos em Educação. São ofertadas 22 vagas para cargos de níveis superior e médio nos campi de Natal, Macaíba, Caicó, Currais Novos e Santa Cruz. A taxa de inscrição é de R$ 80.
Os programas serão divulgados no dia 10 de março e as inscrições acontecem entre os dias de 3 de maio e 7 de junho, na página do Núcleo Permanente de Concursos (Comperve). A seleção terá provas de conhecimentos básicos e específicos (Língua Portuguesa, Legislação e Conhecimentos Específicos de cada área), mediante aplicação de provas objetivas e discursiva (redação), de caráter eliminatório e classificatório.
Os cargos de nível superior são: Odontólogo, Enfermeiro, Médico/Área Psiquiatria, Médico/Área Ortopedia, Médico/Área Pediatria, Médico/Área Anestesiologia, Médico/Área Cirurgia Geral, Contador e Pedagogo. Para o nível médio, as vagas são para: Técnico em Contabilidade, Técnico de Laboratório/Área Biotério, Técnico em Laboratório/Área Química, Técnico em Tecnologia da Informação e Assistente em Administração.
As provas serão aplicadas no dia 4 de julho, nos municípios de Natal, Caicó, Currais Novos e Santa Cruz. Além das vagas existentes para provimento imediato, o concurso terá a formação de cadastro de reserva. Vale destacar que as nomeações para os cargos de Médico/ Área Psiquiatria (códigos 103 e 104), Técnico em Tecnologia da Informação (códigos 204 e 205), Técnico de Laboratório/Área Química (código 203) e Assistente em Administração (códigos 206, 207 e 208) vão acontecer após a convocação e esgotamento da lista de aprovados nos concursos anteriores ainda vigentes da UFRN.
Tão controversa quanto grandiosa, a transposição do rio São Francisco é um empreendimento com objetivo de levar água a alguns dos principais rios do semiárido brasileiro. É objeto de desejo de governantes desde a época do império, mas começou a sair do papel apenas no início deste século, em 2007, causando transformações socioeconômicas importantes na Caatinga.
Com isso, rios antes temporários, cujas águas secam durante os períodos de estiagem, devem passar a ser perenes, assim como o Velho Chico, de fluxo contínuo ao longo de todo o ano. O que parece excelente à primeira vista, pode ter outras implicações não tão positivas assim. Do ponto de vista do meio ambiente, o projeto acarreta impactos com potencial consideravelmente perigoso à fauna já adaptada às condições anteriores.
É o que aponta um artigo publicado no periódico científico Neotropical Ichthyology. Intitulado Freshwater fish richness baseline from the São Francisco Interbasin Water Transfer Project in the Brazilian Semiarid (Linha de base da riqueza de peixes de água doce do projeto de transposição de águas do São Francisco no Semiárido brasileiro, em tradução livre), o estudo coletou e compilou dados, atualizou a taxonomia e fez comparações entre a drenagem doadora (São Francisco) e as receptoras (rios Jaguaribe, Apodi-Mossoró, Piranhas-Açu e Paraíba-do-Norte) antes da conexão artificial entre elas.
De acordo com os resultados encontrados, as espécies de peixes são bastante diferentes quando se comparam o rio São Francisco e as bacias receptoras de suas águas, apresentando uma similaridade menor do que 25%. Os pesquisadores registraram um total de 121 espécies nas cinco bacias hidrográficas avaliadas, no entanto, somente 16 simultaneamente em todas elas.
Foram observadas ainda 36 espécies endêmicas, ou seja, ocorrem apenas e especificamente nestas regiões hidrográficas. Destas, ao menos cinco são ameaçadas de extinção. Duas delas só estão presentes nas bacias receptoras: um Cascudinho (Parotocinclus spilurus), na bacia do rio Jaguaribe, no Ceará, e o peixe Canivete (Apareiodon davisi), na bacia do rio Paraíba do Norte, na Paraíba.
“Tendo em vista a baixa similaridade faunística e que as espécies das bacias receptoras apresentam adaptações ao regime intermitente, a perenização dessas bacias com a transposição pode afetar as espécies nativas”, afirma o professor da Universidade Federal do Pará, Márcio Joaquim Silva, primeiro autor do artigo, que é parte de sua tese de doutorado desenvolvida e defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução da UFRN.
Um ponto fundamental de atenção é a alteração do regime hidrológico dos rios ao receberem as águas do São Francisco, passando da intermitência à regularidade de fluxo, tendendo à perenidade. Assim, os riscos a que se expõem as espécies nativas, naturalmente bem adaptadas aos períodos de estiagem e consequente seca, podem ser classificados como críticos.
Entre as famílias de peixes que podem ser afetadas está a Rivulidae. Peixes dessa família são parentes próximos dos Molinesia, aqueles que muitas pessoas cuidam em aquários como animais de estimação. Diversas espécies dessa família, conhecidas como peixes-das-nuvens, são consideradas sazonais, uma vez que vivem em poças que secam inteiramente em algumas épocas do ano. Os ovos desses peixes permanecem enterrados no solo até a chegada da temporada de chuvas, quando iniciam novamente seus ciclos de vida.
“Essa característica foi selecionada ao longo de milhares de anos de evolução e possibilita a sobrevivência dessas espécies nesses ambientes naturalmente peculiares. Imagine, por exemplo, que essas poças nunca mais sequem. O que aconteceria aos peixes-das-nuvens que dependem dos eventos de seca? Eu respondo. Eles não saberão mais qual o momento certo que devem desovar e, possivelmente, serão extintos”, alerta Márcio.
Espécies invasoras: como evitar?
Outro aspecto a ser detalhado diz respeito à invasão de espécies. As mudanças ocasionadas pelo projeto tendem a ser mais prejudiciais à população aquática dos rios receptores, podendo, inclusive, levar ao desaparecimento de certas espécies. Segundo Márcio, há exemplos que dão base a essa preocupação em experiências de transposição ocorridas no continente africano, nas quais a introdução de espécies, possibilitada pelas construções, reduziu a níveis alarmantes populações de peixes já ameaçados de extinção.
Em um dos capítulos de sua tese, que deve ser publicado como artigo científico em breve, Márcio fez uma modelagem de risco de invasão de peixes pelos canais da transposição. Foram analisadas informações de 42 espécies que ocorrem apenas na bacia doadora. Os resultados indicaram que pelo menos 11 destas podem encontrar condições ambientais adequadas à sua sobrevivência, caso cheguem às bacias receptoras, podendo se estabelecer e se tornar invasoras.
“Esse é um dado preocupante, principalmente, porque essas espécies podem competir por alimento e abrigo com peixes nativos das bacias receptoras. Além disso, algumas das que podem se tornar invasoras não contam com predadores naturais nesses locais, o que poderia reduzir o impacto ambiental causado por elas”, alerta o pesquisador.
Para o licenciamento da obra, uma das condicionantes à operação do empreendimento previu a instalação de mecanismos físicos e comportamentais de contenção e redirecionamento da fauna aquática para o seu local de origem. No entanto, há relatos de presença de espécies que antes não ocorriam em determinadas localidades, o que pode indicar o mau funcionamento ou a ineficácia das atuais medidas de proteção. Diante desses cenários, Márcio Silva aponta possíveis soluções para a minimizar os efeitos dessas mudanças ocasionadas pela transposição das águas.
“Sabendo que algumas espécies já passaram pelas barreiras de proteção e do risco de invasão de peixes através dos canais, recomendo que tais mecanismos sejam reavaliados e, se possível, ajustados para maior eficiência de proteção e que, na impossibilidade de ajustes, outras medidas adicionais, como a implantação de mais camadas de proteção e instalação de barreiras antes de todas as estações de bombeamento, sejam tomadas. Por fim, que sejam intensificadas as ações de monitoramento da entrada de peixes pelos canais dos Eixos Leste e Norte”, avalia Márcio.
Compensação ambiental
Financiado com recursos do mecanismo da compensação ambiental da transposição do São Francisco por meio de um edital de pesquisa na Caatinga, o estudo exigiu um esforço tão grandioso como o empreendimento. Para o levantamento de dados, 230 localidades dos chamados eixos Leste e Norte da obra serviram como pontos de coleta de peixes. Ainda foram somadas informações de mais 76 localidades disponíveis em repositórios online.
“São poucos os casos que temos bons levantamentos antes de grandes empreendimentos, como o canal do Panamá ou outras transposições no mundo. Nosso estudo será um retrato dos ambientes aquáticos mais naturais para as gerações futuras. Esse será um estudo de longo prazo, com marco inicial nos nossos dados e que servirá para avaliar e aprimorar projetos desse tipo”, afirma o professor do Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução, Sergio Maia Queiroz Lima, orientador da tese de doutorado e coautor do artigo.
Tal trabalho só foi possível, na opinião de Márcio Silva, graças ao envolvimento de diversos pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação de sete universidades públicas nacionais. Com as informações reunidas, os cientistas realizaram uma série de tarefas e deixaram um importante banco de dados para ações futuras.
“A pesquisa gerou dados históricos importantíssimos de um momento pré-transposição que podem servir para avaliar possíveis futuros impactos da obra. Eles foram usados na atualização das espécies de peixes que ocorrem na Caatinga, na identificação de áreas prioritárias para conservação nesse bioma, levantamento de espécies em unidades de conservação da Caatinga e descrição de espécies novas, como Hypostomus sertanejo, na bacia do rio Jaguaribe, e Parotocinclus seridoensis, na bacia do rio Piranhas-Açu”, enumera.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, IFRN, Campus Santa Cruz é objeto de estudo de uma pesquisa, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
A pesquisa acadêmica tem como objetivo analisar a influência da comunicação do IFRN – Campus Santa Cruz com a sociedade sobre a imagem organizacional.
Com a pesquisa, é possível aprimorar a comunicacão institucional do IFRN de modo que a instituição esteja mais próxima da comunidade, quando serão sugeridas melhorias nas práticas de comunicação da mesma.
Se você reside em Santa Cruz ou em municípios vizinhos, contribua com a pesquisa respondendo o questionário através do link: https://forms.gle/GbzbL5q4YZPqQ1UF7
Como anunciado no programa Repórter 87, da Santa Rita FM, pela diretora da V URSAP, Maura Roberta, a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi fica responsável pelos testes Covid na região Trairi, que integram a regional de saúde, a partir da próxima segunda-feira (25).
Os testes serão encaminhados para o Laboratório de Análises Moleculares Avançadas (AMALab), na FACISA/UFRN. Com esta ação, os testes Covid dos municípios do Trairi ficam aqui na região e diminui a demanda do LACEN, em Natal.
Com laboratório na FACISA, os testes correm menos riscos de danos no transporte, economia com viagens das amostras e agilidade nos resultados para os municípios.
O Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Sesap, em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da UFRN, desenvolveu o RN Mais Vacina, que irá monitorar o processo de vacinação contra a Covid-19 no estado. O sistema vai registrar a chegada da vacina enviada pelo Governo Federal, a transferência aos 167 municípios e a aplicação que será feita pelas secretarias municipais de saúde. Para o controle, a Sesap fez a distribuição de mil tablets em todas as salas de vacina, facilitando o acesso de todos.
Não é obrigatório realizar o autocadastro, mas de toda forma será efetuado na unidade de saúde em que ocorrer a vacinação. Isso porque o sistema permite maior transparência sobre as doses das vacinas e reduz desperdícios, além do rastreio da vacina desde o seu recebimento na Central Estadual da Rede de Frio, até a aplicação na sala de vacina, com uma interface web intuitiva e acessível.
Esse procedimento também também ajuda no cruzamento de dados que identifica incidentes e gera alertas e relatórios centrados na experiência do cidadão e do profissional de saúde.
Os pacientes que se enquadram no grupo de risco já podem realizar o autocadastro no RN Mais Vacina, basta acessar: https://rnmaisvacina.lais.ufrn.br/. O cadastro é autoexplicativo, mas quem tiver dificuldade para realiza-lo poderá fazer na hora de tomar a vacina na própria unidade de saúde. “Em menos de um dia, o sistema teve mais de 200 mil pessoas cadastradas. Isso vai facilitar o acesso a unidade de vacinação, mas cabe destacar que o paciente que não tiver feito o autocadastro não vai ser impedido de tomar a vacina”, frisou a secretária adjunta da Sesap, Maura Sobreira.
Os alunos regulares e especiais da UFRN podem solicitar a matrícula em componentes curriculares para o período letivo 2020.2 a partir desta segunda-feira, 4, até o dia 11 de janeiro. Para isso, precisam acessar o Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa). As aulas para o período 2020.2 terão início no dia 18 de janeiro, na modalidade de ensino remoto, com término previsto para o dia 30 de abril.
De acordo com a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da UFRN, esses pedidos de matrículas dos alunos regulares serão analisados, por orientadores acadêmicos ou coordenadores de cursos, até o dia 13 de janeiro. Já os candidatos convocados e cadastrados dentro das vagas disponíveis para ingresso no segundo período letivo por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) 2020 terão as matrículas realizadas automaticamente pela UFRN até a sexta-feira, 8 de janeiro.
No período de 18 a 22 de janeiro, estará aberto o prazo para a confirmação de vínculo dos ingressantes do 2020.2 que tenham comparecido ao cadastramento nas 1ª ou 2ª chamadas do SiSU e tiveram seu cadastro efetivado. A confirmação de vínculo deverá ser efetuada pelo aluno, eletronicamente, no Sigaa, de acordo com o procedimento que será divulgado na terça-feira, 12 de janeiro.
Por meio do SiSU 2020, a UFRN ofertou 6.933 vagas em 107 cursos de graduação, sendo 4.649 no período letivo 2020.1 e 2.284 vagas no período letivo 2020.2. Mais informações sobre o SiSU, basta acessar o site SiSU-UFRN.
O Hospital Universitário Onofre Lopes, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte e à Rede Hospitalar Ebserh (HUOL-UFRN/Ebserh), conquistou credenciamento da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) para realização de residência médica na especialidade. A formalização foi obtida após vistoria dos membros da SBA, Daniel Queiroz (RJ) e Rodrigo Alves (BA).
Agora, o HUOL contará com quatro vagas reconhecidas pela SBA já em 2021. O programa terá como responsável Wallace Andrino e como instrutores credenciados os especialistas Rafael Klenio Confessor e Arthur Halley.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) vai matricular automaticamente, em janeiro de 2021, os candidatos cadastrados nas vagas do segundo período letivo (2020.2) do Edital de Ingresso nos Cursos de Graduação por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para o ano 2020. Já a confirmação de vínculo deverá ser efetuada eletronicamente pelos estudantes.
Conforme o Termo de Retificação do Edital nº 001/2020, serão matriculados automaticamente, de 4 a 8 de janeiro de 2021, os candidatos convocados e cadastrados dentro das vagas disponíveis para ingresso no segundo período letivo, bem como os que tenham sido convocados no cadastro de reserva e que venham a conseguir vaga para ingresso no 2020.2.
De 18 a 22 de janeiro de 2021, deverão realizar a confirmação de vínculo os ingressantes do 2020.2 que tenham comparecido ao cadastramento nas 1ª ou 2ª chamadas do SiSU e tenham seu cadastro efetivado até 21 de dezembro de 2020. A confirmação de vínculo deverá ser efetuada pelo aluno, eletronicamente, no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa), de acordo com o procedimento que será divulgado no dia 12 de janeiro de 2021.
Já para quem conseguir vaga após 25 de janeiro de 2021, em razão de não confirmação de vínculo ou desistência de candidato melhor classificado, o procedimento de confirmação de vínculo deve ser realizado até o dia 3 de fevereiro de 2021.
Via SiSU 2020, a UFRN ofertou 6.933 vagas em 107 cursos de graduação, sendo 4.649 no período letivo 2020.1 e 2.284 vagas no período letivo 2020.2. Os candidatos devem acessar o Termo de Retificação do Edital nº 001/2020 no site do SiSU-UFRN.
Matrícula e Confirmação de Vínculo
A matrícula é o ato que vincula o aluno a turmas de componentes curriculares em um determinado período letivo. Já a confirmação de vínculo é o procedimento no qual o estudante ingressante confirma o interesse e a sua disponibilidade de frequentar as aulas e demais atividades acadêmicas do curso.
Durante todo o mês, será realizada uma série de atividades com foco em informação, educação e acolhimento. Os trabalhos envolvem e beneficiam as famílias com bebês prematuros, os profissionais de saúde, instituições e parceiros interessados, além de autoridades e personalidades envolvidas de alguma forma com o tema.
No HUAB, as ações se desenvolvem no próximo dia 17, com transmissões ao vivo de palestras sobre a prematuridade, no canal do Hospital no YouTube.
O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) vem atuando no enfrentamento ao novo coronavírus, com a realização de testes do tipo RT-PCR e sorológico. Até esta segunda-feira, 9 de novembro, 49.864 exames da covid-19 foram realizados. A diretora da unidade, Selma Maria Bezerra Jerônimo, avalia que a pandemia não terminou, reforçando a necessidade de medidas preventivas, como a higiene das mãos, o distanciamento social e uso de máscaras.
Chegando aos 50 mil testes, o IMT realizou 41.263 exames do tipo RT-PCR – diagnóstico molecular – e 8.601 testes sorológicos – investiga a presença de anticorpos contra a doença. O Instituto registrou, em junho, 2.267 resultados positivos para covid-19; em julho, 3.579 ; em agosto, 1.990; em setembro, 1.190; em outubro 808; e até a primeira semana de novembro, 328 testes já tiveram o diagnóstico positivo para o novo coronavírus, mostrando uma tendência a aumento de casos positivos para Sars-Cov2.
Dos exames realizados pelo IMT, de abril a novembro, 28,6% dos testes do tipo RT-PCR tiveram o resultado positivo, registrando um pico de casos positivos em julho (40% dos casos positivos). “Por sua vez, a avaliação sorológica, considerando a presença de IgM ou IgG [anticorpos], de 8.601 pessoas, mostrou uma positividade em torno de 29% dos casos, indicando que quase uma em três pessoas testadas já apresenta anticorpos anti-Sars-Cov2, ou seja, foi infectada pelo SARS-CoV2”, explica a cientista Selma Jerônimo.
Para a pesquisadora, os números observados na primeira semana de novembro são um alerta e mostram que é preciso redobrar os cuidados com as medidas preconizadas, como a higiene das mãos, distanciamento social e uso de máscaras. “Estamos todos cansados do distanciamento, mas não podemos baixar a guarda agora. Precisamos que cada um auxilie, se protegendo e protegendo o próximo, para que voltemos à nova normalidade, que será facilitada quando tivermos vacina para todos”, avalia lembrando que as vacinas estão sendo testadas e levará algum tempo para que haja disponibilidade para toda população, tanto no Brasil como em outros países.
Atualmente, com recursos doados pelo Ministério Público do Trabalho e material adquirido com verba do Ministério da Educação, o IMT realiza testes para 17 municípios do estado, que são Natal, Mossoró, Apodi, Areia Branca, Caraúbas, Cruzeta, Extremoz, Felipe Guerra, Governador Dix Sept Rosado, Grossos, Itaú, Janduís, Olho-D’água do Borges, Pureza, Rodolfo Fernandes, Santa Cruz e Severiano Melo, além de analisar os exames de profissionais da saúde, como os do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), do Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB) e da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC).
Cientistas do Departamento de Botânica e Zoologia da UFRN encontram uma nova espécie de raia em águas brasileiras, a Hypanus berthalutzea. A descoberta foi descrita no artigo Taxonomia integrativa identifica uma nova espécie de raia do gênero Hypanus Rafinesque, 1818 (Dasyatidae, Myliobatiformes) do Atlântico Sudoeste Tropical, publicado no periódico de Biodiversidade Journal of Fish Biology.
Segundo o professor Sérgio Lima, do Laboratório de Ictiologia Sistemática e Evolutiva do Departamento de Botânica e Zoologia, descobertas de novas espécies podem acontecer ao se encontrar uma forma inédita, ainda não catalogada, ou quando elas eram identificadas erroneamente como outra, caso deste trabalho.
“Este estudo mostrou que as raias-prego do Brasil são, na verdade, mais aparentadas com as da África e apresentam diferenças genéticas, morfológicas e ecológicas suficientes da Hypanus americana para justificar a denominação de uma nova espécie”, explica o professor Sérgio, um dos autores do artigo.
A descoberta começou em 2016, na pesquisa de doutorado da primeira autora do estudo, Flávia Petean, do Programa de Pós-Graduação de Sistemática e Evolução da UFRN. Então iniciou-se a coleta de tecidos para análises genéticas, visitas a museus para analisar exemplares fixados e estudos estatísticos de adequabilidade ambiental.
Todas as espécies do gênero Hypanus, distribuídas tanto na costa Atlântica quanto Pacífica das Américas, assim como uma espécie na costa Atlântica da África, foram estudadas. A comparação da morfologia e do DNA dessas raias possibilitou delimitar e identificar a Hypanus berthalutzae.
Hypanus berthalutzae
Conhecida como raia de pedra, raia manteiga ou raia-prego, ela possui uma coloração cinza-esverdeada com algumas manchas pretas na região dorsal. Em relação a outras espécies, ela também possui algumas diferenças no clásper, órgão intromitente que os machos usam para a reprodução.
É uma espécie endêmica do Brasil e ocorre desde a foz do Rio Amazonas até o Sudeste da costa brasileira, além de algumas ilhas e arquipélagos próximos à costa como Parcel de Manuel Luís, Atol das Rocas e Fernando de Noronha, preferindo ambientes rasos e com alta salinidade. Recém descrita, ainda faltam, de acordo com a Flávia Petean, referências quanto ao estado de conservação da Hypanus berthalutzae.
“Esperamos fornecer informações suficientes para que ela seja avaliada em breve, assim como a maioria das raias desse gênero, que possuem dados insuficientes para a avaliação até o momento. O resultado dessa ausência de dados é que não há planos de manejo direcionados a essas raias e elas podem estar ameaçadas sem que saibamos”, alerta a pesquisadora.
Homenagem
Em seu nome, a nova espécie de raia traz uma homenagem à pesquisadora Bertha Lutz. Bióloga que trabalhava com anfíbios, Bertha foi uma das primeiras cientistas a ser aprovada em um concurso público no país, com importante atuação no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e uma voz ativa na luta pelos direitos das mulheres, especialmente por meio da educação.
“Quando percebemos que iríamos descrever uma nova espécie e escolhermos um nome, não tive dúvidas de que queria homenagear alguma mulher. Bertha Lutz foi quem iniciou o movimento sufragista no Brasil e, se hoje as mulheres podem votar aqui, devemos a ela. Por isso, resolvemos imortalizar seu nome em uma raia para que ela fique conhecida não apenas entre brasileiras e brasileiros, mas também internacionalmente entre cientistas”, conta Flávia Petean.
Também assina o artigo o pesquisador estadunidense Gavin Naylor, da Universidade da Flórida.
A didática nos cursos de graduação universitária precisou se adaptar ao ambiente digital no período da pandemia do coronavírus em todo o Brasil. Pensando nisso, a professora Dr.ª Michele Elali, do Departamento de Direito Privado (Dipri), do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), da UFRN, criou o Projeto de Extensão “I Ciclo de Carreiras Jurídicas: O Direito é plural”, que será realizado sempre às segundas-feiras, de 31 de agosto a 14 de dezembro, às 19h30, através do YouTube.
O evento é gratuito, aberto ao público, e as inscrições podem ser feitas através do site www.ccsa.ufrn.br/meconvida. A programação é formada por 13 encontros que contarão com a participação de nomes como Michel Temer, André Santa Cruz, Raquel Dodge, Joaquim Morais, Gabriel Faria Oliveira, Alexandre Morais da Rosa, Wagner Rosário, Flávia Piovesan, Nelson Rosenvald, Patricia Ferraz, Newton De Lucca e Ana Paula Martinez.
Para a professora Michele Elali, a ideia dos encontros é inspirar estudantes de direito e a comunidade a enxergar diferentes possibilidades de futuro profissional, ampliando horizontes: “Valemo-nos do momento de emergência sanitária para ultrapassar os limites geográficos, desmistificar o ensino remoto, e ainda concretizarmos o intercâmbio e acesso da educação à nível global, apresentando diferentes possibilidades de futuro profissional no direito e estreitando o desenvolvimento e a experiência dos juristas com a sociedade”, destaca.
A abertura será com o professor Dr. Daniel Diniz, Reitor da UFRN, que vai bater um papo sobre o papel da Universidade e as transformações ocasionadas pela pandemia. “No contexto da pandemia, a UFRN vem desenvolvendo ações de enfrentamento à covid-19 em diversas áreas do conhecimento. Nesse sentido, o Departamento de Direito Privado teve a iniciativa de promover um ciclo de eventos para aproximar juristas do cenário nacional à comunidade acadêmica, ofertando um espaço virtual para o intercâmbio de ideias, com o intuito de propor discussões importantes para toda sociedade”, considera Daniel Diniz.
Todos os episódios do I Ciclo de Carreiras Jurídicas também fazem parte da disciplina Carreiras Jurídicas, ministrada pela professora Michele, e terão duração de uma hora, com exposição e interação através das redes sociais. Os encontros do #MEconvida são independentes e qualquer pessoa pode se inscrever nas atividades, que foram cadastradas como episódios individuais, e receberão certificados por cada evento como participante após inscrito (clique aqui e acesse os links no site).
A pandemia aumentou consideravelmente as atividades virtuais, seja com reuniões, envio de documentos e outras ações. Por causa disso, também aumentaram as fraudes online, principalmente pelo envio de links falsos.
Portanto, a SINFO criou o Lynx, um validador de links que garante a confiabilidade dos links cadastrados e compartilhados pelos usuários dos sistemas SIG-UFRN. O objetivo é garantir mais segurança à comunidade, evitando o roubo de dados dos usuários através de crimes cibernéticos.
Se você possui login nos sistemas está liberado para o cadastro de links, enquanto que os usuários externos podem fazer uma pesquisa para checar a confiabilidade e informações de links compartilhados com eles. Tudo isso através do site https://lynx.ufrn.br/link/.
A importância da ciência em tempos de Covid-19 será discutida na live promovida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) nesta quinta-feira, 7 de maio, a partir das 14h, no canal https://www.youtube.com/TVAgecom. O momento é voltado à sociedade em geral, que terá a oportunidade de contato direto com cientistas para obter informações relevantes e esclarecer dúvidas sobre o novo coronavírus.
A live contará com a presença do reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, que fará uma breve apresentação das ações em desenvolvimento na instituição para enfrentamento à Covid-19. A importância da qualidade das informações sobre a doença, por sua vez, será ressaltada pela jornalista Luciane Agnez, do Instituto Superior de Brasília, que abordará o tema Fake News em tempos de pandemia.
O momento também inclui a discussão dos tipos de diagnóstico da Covid-19 na apresentação Qual exame devo fazer? Biologia molecular ou teste rápido?, conduzida pela professora do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da UFRN, Vivian Silbiger. A pesquisadora explicará quais os testes disponíveis e sua eficiência em cada fase da doença.
Por que investir em ciência? será o tema ministrado pela professora do Departamento de Biologia Celular e Genética da UFRN, Lucymara Fassarella. “Conversaremos um pouco sobre o quanto a ciência e importante em nosso dia a dia e porque ela precisa ser valorizada”, afirma a professora e organizadora do evento.
Essa é uma das iniciativas que serão promovidas em todo o Brasil nesta quinta-feira, 7, em adesão à Marcha Virtual pela Ciência. O movimento nacional, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), tem o objetivo de chamar atenção para a importância da ciência no enfrentamento da pandemia da Covid-19 e de suas implicações sociais, econômicas e para a saúde das pessoas.
A manifestação reforça a luta por recursos adequados para o desenvolvimento da ciência, da tecnologia, da saúde e da educação no país. Outras informações estão disponíveis no site http://portal.sbpcnet.org.br/marcha-virtual-pela-ciencia/.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) finalizou na última quarta-feira, 19, o cadastramento dos convocados na segunda chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Foram atendidas três mil pessoas, destas 652 aprovadas para o 1º semestre letivo, 750 para o segundo semestre, e 1.599 realizaram o cadastro para compor a lista de suplentes.
A segunda chamada do Sisu ocupou de imediato 70% das vagas ainda disponíveis. Segundo a pró-reitora de Graduação da UFRN, Maria das Vitórias de Sá, restam aproximadamente 600 vagas para preenchimento pelos suplentes, que devem ficar atentos às próximas convocações. A primeira lista de preenchimento será divulgada nesta sexta-feira, 21.
O calendário com as datas de divulgação das listas de preenchimento está disponível no edital do Sisu. Os candidatos inscritos no cadastro de reserva devem ficar atentos para verificar as listas, sob risco de perda de vaga caso tenham os cadastros efetivados e não compareçam para confirmar o vínculo e assistir às aulas.
Com a divulgação do resultado do Sistema de Seleção Unificada (SiSU-2020) pelo Ministério da Educação (MEC), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) inicia o período de cadastramento dos alunos ingressantes do ano letivo de 2020, nesta quinta-feira, 30, para os aprovados dos campi de Natal, Macaíba, Santa Cruz, Caicó e Currais Novos. Os candidatos devem realizar o envio eletrônico prévio da documentação exigida para o cadastramento hoje, 29, pela plataforma disponível no Portal do Candidato, no www.sisu.ufrn.br.
De acordo com a pró-reitora de Graduação, Maria das Vitórias de Sá, o envio eletrônico prévio da documentação tem o intuito de agilizar o processo de cadastramento. Contudo, além de enviar eletronicamente os documentos, é obrigatório o comparecimento do candidato ao local de cadastramento, que será realizado das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h, conforme o cronograma presente no edital.
As vagas oferecidas pelo edital são relativas ao SiSU, utilizando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2019. Nessa perspectiva, a UFRN oferece 6.933 vagas para 107 cursos de graduação nos campi de Natal, Macaíba, Currais Novos, Caicó e Santa Cruz, sendo 4.649 vagas para o primeiro semestre e 2.284 para o segundo período letivo. Confira o Edital de Cadastramento e o Termo de Adesão, com o cronograma de convocações e o quadro de vagas, no Portal do Candidato: http://www.sisu.ufrn.br/.
Cadastramento e vagas
O cadastramento e a matrícula serão efetuados simultaneamente, quando o candidato deve apresentar documentos para verificação de conformidade com as exigências para ingresso na UFRN. Os aprovados para os campi de Natal e Macaíba devem efetuar o cadastramento nos dias 30 e 31 de janeiro e 1o e 3 de fevereiro, na Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) do campus central. Para os novos alunos do campus de Caicó, o procedimento ocorrerá nos dias 30 e 31 de janeiro e 1o de fevereiro, no Centro Regional de Ensino Superior do Seridó (CERES-Caicó). Já os estudantes de Currais Novos e Santa Cruz serão recebidos nos dias 30 e 31 de janeiro, no CERES-Currais Novos e na Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa), respectivamente.
Começa na terça-feira, 29, a programação alusiva aos 10 anos de criação do Curso de Graduação em Enfermagem na Faculdade de Ciências do Trairi (Facisa). A programação segue até o dia 1º de novembro. O evento Fisioterapia da Facisa – memória, avanços e perspectivas da atuação fisioterapêutica no contexto atual será realizado no campus de Santa Cruz/RN, com palestras, mesas de debates, trocas de saberes, minicursos, capacitações, lançamento de livros, exposições fotográficas, atividades culturais e esportiva, voltados à integração entre a comunidade acadêmica, docentes e egressos da instituição.
A abertura da programação acadêmica acontece no dia 29 de outubro com palestra do professor Damião Ernane: Qual é o impacto da implantação de um curso de fisioterapia no interior do Estado? e será encerrada no dia 1º de Novembro, com a mesa-redonda Onde estão e para onde vão os egressos de Fisioterapia da Facisa?, sob a moderação do professor Rodrigo Pegado.
O evento também apresentará programação social:
TALENTOS FACISA –apresentação artístico-cultural de alunos e servidores da instituição
CORRIDA FISIOTERAPIA FACISA –com percurso de 5 km nas imediações do campus
HALLOWEEN Fisio do Terror –festa à fantasia
Toda programação acontece no Campus da Facisa em Santa Cruz.
A Facisa é uma unidade especializada da UFRN, localizada no município de Santa Cruz, que tem contribuído com o desenvolvimento econômico, social, tecnológico e científico da região, promovendo mais saúde e funcionalidade para sua população, além de contribuir com a formação de profissionais de alta qualidade, com atuação na região e em várias partes do país. A faculdade oferece cursos de Graduação em Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Enfermagem e as seguintes Pós-graduações: Mestrado em Ciências da Reabilitação, Mestrado em Saúde Coletiva e Especialização em Saúde Coletiva com ênfase em Saúde da Família.
Informar a população sobre os cuidados com as parasitoses intestinais e as formas de prevenção estão entre os objetivos do Projeto de Extensão Enteroparasitoses: informar para prevenir, desenvolvido nos diversos bairros do município de Santa Cruz, na região do Trairi, por uma equipe coordenada pela professora Débora de Almeida Aloise, da Faculdade de Ciências do Trairi (FACISA), unidade acadêmica da UFRN.
Embora a prevenção das parasitoses exija medidas simples, a falta de hábitos rotineiros de higienização é uma fator que compromete essa prevenção, por isso as autoridades sanitárias enxergam no esclarecimento da população uma forma de minimizar esses problemas. A coordenação do Projeto justifica que a interação com a comunidade permite ao profissional da saúde conhecer a realidade e os fatores de riscos daquele local, facilitando o seu trabalho de campo no que diz respeito a um planejamento de um programa de ação preventiva.
No município de Santa Cruz, embora sejam realizadas ações educativas relacionadas a viroses, como dengue, a coordenação do projeto constatou a carência de atividades que levem informação à comunidade sobre as parasitoses intestinais, que representam no município uma das principais causas de internação e morbidade hospitalar. Com a ação a FACISA pretende levar a informação à comunidade de forma lúdica e clara e, ainda, possibilitar à comunidade o acesso ao exames parasitológicos de fezes, oferecido aos interessados por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
O Projeto Enteroparasitoses: informar para prevenir, começou a ser executado em março deste ano e as ações seguem até o mês de dezembro. Ao fim do projeto os dados obtidos serão analisados de modo que a equipe possa conhecer as enteroparasitoses mais prevalentes no município. A partir dos resultado obtidos a equipe espera contribuir na elaboração de um plano de ação contra essas doenças.
O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública (ACP) para suspender os efeitos do decreto presidencial que extingue 206 cargos e funções na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN). A medida, que passou a valer desde o dia 31 de julho, pode resultar no corte de 158 cargos e funções na UFRN e 48 no IFRN, a grande maioria deles ocupados por servidores.
A economia com a extinção desses cargos não chega a 0,06% da folha de pagamento das duas instituições. Por outro lado, além de inconstitucional, a iniciativa pode inviabilizar o funcionamento de várias áreas da universidade e do instituto, bem como prejudicar indiretamente as atividades de ensino, pesquisa e extensão, pois os números representam um quarto do total das funções.
A ação do MPF é assinada pelos procuradores da República Caroline Maciel (procuradora regional dos Direitos do Cidadão no RN), Fernando Rocha e Emanuel Ferreira e reforça que o Decreto 9.725 – assinado pelo presidente da República Jair Bolsonaro em 12 de março de 2019 – fere a autonomia administrativa e de gestão financeira e patrimonial das instituições federais de ensino superior. Já há, inclusive, ACPs de teor semelhante em tramitação no Rio Grande do Sul e Pernambuco que resultaram em liminares pela manutenção dos cargos e funções extintos irregularmente.
O decreto determinou a extinção de milhares de cargos e funções gratificadas e de confiança por todo o Brasil. A Constituição determina, no entanto, que para extinguir funções ou cargos – quando estão ocupados – é necessária a aprovação de leis e não a simples assinatura de decretos. O próprio texto do 9.725, porém, reconhece que os cargos e funções não estão vagos e determina explicitamente que os ocupantes “ficam automaticamente exonerados ou dispensados”.
Impacto – Financeiramente, o decreto não representa economia significativa para as instituições. No caso da UFRN, o valor anual total das funções extintas corresponde a apenas 0,031% da folha de pagamento de pessoal e encargos sociais. No IFRN esse percentual corresponde a 0,056%. Algumas das funções representavam remuneração mensal de apenas R$ 270,83 e muitas eram ocupadas por servidores de carreira.
“(…) diante dos impactos administrativos e efeitos concretos deletérios à administração das universidades e institutos federais, a suposta economia fica na casa dos centésimos percentuais, de modo que se apresenta como medida, além de ilegal e inconstitucional, também, desarrazoada e desproporcional”, aponta a ACP.
Na área acadêmica, foram extintos cargos como os das coordenações de laboratórios nos campi avançados e as coordenações de administração escolar e as de multimeios. Na área administrativa, há funções de coordenação e de planejamento. Das 158 da UFRN, 141 estavam ocupadas e as demais se encontravam vagas devido à rotatividade de ocupantes e não por serem desnecessárias. Das 141, 101 eram da área acadêmica e 40 da administrativa, representando, respectivamente, uma perda de 23% e 28% do total.
Riscos – De acordo com a UFRN, a extinção das funções, “desacompanhada de um plano de reestruturação das mesmas, pode comprometer o funcionamento adequado das unidades acadêmicas e administrativas, uma vez que algumas delas, por sua natureza, são de difícil reestruturação. Outro risco envolvido é o desestímulo na motivação do quadro de servidores, uma vez que agregarão atividades, inclusive de gestão, sem o devido reconhecimento, podendo ocasionar, inclusive, situações de desvio de função”.
Há ainda o temor de que docentes tenham de acumular atividades atualmente não exercidas, devido à extinção dos cargos, influenciando a disponibilidade dos professores para as atividades fins (ensino, pesquisa e extensão). O MPF reforça que a falta das funções pode gerar até mesmo prejuízo em vez da pequena economia prevista: “(…) é evidente, por exemplo, que um descontrole da área de contratos, por conta de ausência de chefia imediata, pode acarretar em muitos efeitos econômicos prejudiciais ao patrimônio público”, exemplifica.
A ACP tramita na Justiça Federal sob o número 0808271-42.2019.4.05.8400 e inclui um pedido liminar requerendo a suspensão dos efeitos dos artigos 1º e 3º do decreto e que a União não considere exonerados e dispensados os ocupantes dos cargos, assim como não os considere extintos.