Pular para o conteúdo

Sociedade

Clientes com baixo consumo de energia terão mais prazo para pagar a conta

Consumidores de energia com fatura de energia inferior a R$ 70 – a depender da classe de consumo – ganharam um benefício a mais para pagar a conta. A Neoenergia Cosern implementou o projeto Conta Mínima, que concede prazo de até três meses para os clientes quitarem o consumo mensal, sem juros e multa por atraso. A iniciativa beneficia especialmente a classe residencial com contas de até R$ 50 e, sobretudo, os clientes classificados como baixa renda, cuja fatura mensal fique abaixo de R$ 5. Para as unidades consumidoras comerciais, o valor mínimo para pagamento da fatura é R$ 70.

Com o Conta Mínima, os clientes vão ganhar um fôlego adicional para organizar o orçamento, seja ele doméstico, comercial. É uma forma de os consumidores organizarem as finanças sem a preocupação de pagar a energia todos os meses.

“Este é um benefício que estamos proporcionando para nossos clientes da Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Cosern (RN) e Neoenergia Coelba (BA). Estamos ofertando mais tempo para que eles possam pagar pelo consumo, de forma organizada e estruturada, sem nenhum tipo de juros, multa ou negativação. Esta solução já existe na Neoenergia Elektro (SP), onde funciona plenamente, e em vários setores da economia, como o de telecomunicações, por exemplo”, afirma Maria Aragão, gerente de arrecadação da Neoenergia.

A partir de agora, as unidades residenciais que não atingirem o valor mínimo de R$ 50 vão receber a fatura sem o código de barras, apenas para conferência. Se no mês seguinte o valor for alcançado, a conta será emitida com os dois ciclos de faturamento juntos. Caso a quantia ainda seja inferior à mínima, a cobrança será enviada novamente sem o código de barras. No terceiro mês, independentemente do valor, a conta será emitida de forma completa.

A título de exemplo, a pessoa que recebeu uma conta de R$ 23 em junho, pode notar que a fatura estava sem código de barras ou código Pix. Caso o valor de julho, somado com o de junho, não chegue a R$ 50, a conta será emitida novamente para conferência, sem código de barras ou Pix. Se, no terceiro mês, a conta de junho, julho e agosto somadas for superior ao mínimo ou não, ela será emitida com possibilidade de pagamento bancário.

Os clientes que não atingirem o valor mínimo para pagamento receberão a fatura com a seguinte mensagem: “Valor não atingiu o mínimo para pagamento. Será acumulado e cobrado na próxima conta, sem a incidência de multas e juros”. No campo do código de barras, teremos a seguinte mensagem direcionada para os bancos: “Não receber. Valor será cobrado na próxima conta”.

Caso o cliente não tenha interesse em ganhar até 90 dias de prazo para pagamento, ele pode cancelar o Conta Mínima por meio do teleatendimento (116), ou comparecendo a uma das Lojas de Atendimento.

Foto: Divulgação/Neoenergia Cosern

Assembleia Legislativa emite nota de pesar pela morte do desembargador Virgílio Macêdo Júnior

NOTA DE PESAR VIRGÍLIO MACÊDO
14.07.2024

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte emite nota de pesar pela morte do desembargador Virgílio Macêdo Júnior, ocorrida no início da noite deste domingo (14). Ele estava internado no Hospital do Coração, onde deu entrada na quarta-feira (10), com quadro de pneumonia.

O presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira que era amigo pessoal do desembargador e pelo qual nutria grande estima – ao lado dos 23 deputados estaduais e servidores do Legislativo – presta irrestrita solidariedade à família e aos amigos de Virgílio Macêdo.

O magistrado foi delegado da Polícia Civil, chefe de Gabinete da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio Grande do Norte, fez parte do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral, e era professor do Curso de Direito da UFRN.

Descanse em paz, Virgílio!

Palácio José Augusto
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte

Hospitais Universitário do RN abrem inscrições para programas de iniciação científica e tecnológica com bolsas remuneradas

O Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), a Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) e o Hospital Universitário Ana Bezerra (Huab), unidades hospitalares da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), anunciam o lançamento dos editais para os Programas de Iniciação Científica (PIC) e Iniciação Tecnológica (PIT). A iniciativa, realizada em parceria entre a Ebserh e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), disponibilizará 15 bolsas no valor de R$ 700,00 mensais, por hospital, com duração de 12 meses consecutivos, destinadas a alunos de graduação regularmente matriculados na UFRN. Para todo o Brasil, a Rede Ebserh está oferecendo 615 vagas (369 para o PIC e 246 para o PIT).

O Edital PIC/Ebserh nº 06/2024, com inscrições abertas de 27 de junho a 19 de julho de 2024, visa selecionar 9 bolsistas para projetos de iniciação científica em cada hospital. O programa, que terá início em 2 de setembro de 2024, busca envolver estudantes em práticas e metodologias científicas, promovendo o desenvolvimento do pensamento científico.

Da mesma forma, o Edital PIT/Ebserh nº 08/2024, com inscrições no mesmo período, foca na seleção de 6 estudantes para projetos de iniciação tecnológica, para cada hospital, também com início em 2 de setembro de 2024. O objetivo é integrar os alunos em projetos que estimulem o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, alinhadas às necessidades do hospital.

Ambos os programas destinam 50% das bolsas à ampla concorrência e 50% ao sistema de cotas, promovendo a inclusão e a diversidade. As inscrições podem ser realizadas pelos links fornecidos nos respectivos editais.

De acordo com Carlos Alberto Almeida De Araújo, gerente de ensino e pesquisa do Huol, “Essa é uma oportunidade única para os estudantes se envolverem em projetos que não só aprimoram suas habilidades científicas e tecnológicas, mas também contribuem significativamente para o avanço das práticas de saúde no nosso hospital”.

SERVIÇO

Para mais informações, acesse os editais:

Acesse as páginas para mais detalhes sobre os programas e inscrições:

Os interessados devem se inscrever através dos links:

Dom João Santos Cardoso propõe designação de Assu para sede de uma das novas Diocese no RN

O Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom João Santos Cardoso, propôs ao Bispo da Diocese de Mossoró, Dom Francisco Sales, uma parceria histórica para a criação de novas dioceses no Estado do Rio Grande do Norte. A proposta inclui a designação do município de Assu, atualmente parte da Diocese de Mossoró, como a sede da futura Diocese do Vale do Assu e da Região Salineira do Estado.

A iniciativa, prontamente aceita por Dom Francisco Sales, visa fortalecer a presença da Igreja Católica em uma área com considerável crescimento populacional e desenvolvimento econômico. A nova diocese pretende atender de maneira mais eficiente as necessidades espirituais e pastorais dos fiéis. “A proposta visa atender um anseio alimentado há muito tempo pelo povo de Deus das referidas regiões e representa um passo significativo para o fortalecimento da missão evangelizadora da Igreja. A região do Vale do Açu e Região Salineira têm demonstrado grande dinamismo e importância estratégica para o Estado”, afirmou Dom João Cardoso. “A criação da nova diocese permitirá um acompanhamento mais próximo das comunidades, favorecendo um serviço pastoral mais eficaz e atento às realidades locais”, acrescentou.

De acordo com o arcebispo de Natal, o apoio de Dom Francisco Sales mostra a importância da colaboração entre as dioceses e reflete o compromisso conjunto de atender da melhor forma possível às demandas espirituais dos fiéis, que disporão de estruturas mais próximas de suas realidades de vida.

A futura Diocese do Vale do Açu e da Região Salineira contemplará algumas paróquias e comunidades que, atualmente, pertencem à Diocese de Mossoró, e uma vasta região que pertence à Arquidiocese de Natal, facilitando um maior envolvimento e engajamento da Igreja com os fiéis dessas áreas. “Esta nova estrutura é vista como uma resposta necessária ao crescimento demográfico e à complexidade social e econômica da região”, reforça Dom João Cardoso.

Anúncio

O anúncio do projeto para possível criação da nova diocese, no Rio Grande do Norte, foi feito pelo bispo da Diocese de Mossoró, Dom Francisco de Sales Alencar Batista, O Carm, na manhã desta segunda-feira, 24 de junho, no final da missa solene da festa de São João Batista, padroeiro de Assu.

Estudo para criação das novas dioceses

No último dia 8 de junho, o arcebispo de Natal, Dom João Santos Cardoso, instalou a comissão para estudo de projetos da criação de duas novas dioceses, a serem desmembradas da Arquidiocese de Natal. A instalação aconteceu durante celebração eucarística na Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia, na cidade de Santa Cruz.

Coordenada pelo Mons. Valquimar Nogueira e composta por nove padres da Arquidiocese de Natal, agora somam-se à comissão mais quatro presbíteros da Diocese de Mossoró: Padre Carlos Ítalo Aires Nogueira; Padre Manoel Pereira Henrique de Araújo Neto; Padre Possídio Lopes dos Santos Neto e Padre Flávio Augusto Forte Melo.

O processo de criação da nova diocese será acompanhado por etapas administrativas e canônicas, incluindo o estudo dos limites territoriais, estruturas eclesiais, sustentação econômica, consultas aos interessados e submissão do projeto para aprovação da Santa Sé.

Por assessoria de imprensa/Arquidiocese de Natal

Ubaldo Fernandes alerta sobre aumento da violência contra idosos no RN

O deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB), presidente da Frente Parlamentar do Idoso, usou o horário destinado às lideranças na Assembleia Legislativa do RN para abordar o preocupante aumento da violência contra idosos. Durante pronunciamento na sessão plenária desta quarta-feira (19), ele destacou dados divulgados pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, que mostram um crescimento significativo nas denúncias de violência contra idosos em todo o país, incluindo o Rio Grande do Norte.

“Nos cinco primeiros meses deste ano, foram registradas 74.239 denúncias, o que representa um aumento de 38% em comparação ao mesmo período de 2023. Isso significa que, em média, 500 idosos por dia são vítimas de agressão, maus-tratos e até mesmo tortura”, pontuou Ubaldo Fernandes. No Rio Grande do Norte, 1.297 casos foram registrados apenas este ano.

“Esses números são alarmantes e exigem ação imediata e efetiva por parte de todos nós. É inaceitável que nossos idosos estejam sendo submetidos a tamanha violação de seus direitos. Precisamos agir com firmeza para combater essa realidade dolorosa e injusta”, afirmou o deputado.

Ubaldo Fernandes destacou a importância de reforçar os canais de denúncia, como o Disque 100, que opera 24 horas por dia e garante o sigilo dos denunciantes. Ele também enfatizou a necessidade de investir em políticas públicas que promovam respeito e proteção aos idosos, criando redes de apoio e assistência em todo o RN.

“A violência contra os idosos é uma questão que nos convoca a todos, independentemente de ideologia política”, concluiu o deputado.

Durante seu discurso, a deputada Cristiane Dantas (SDD) aparteou para apoiar as palavras de Ubaldo Fernandes e ressaltar a importância de ações conjuntas para enfrentar essa grave questão social.

Assembleia do RN lança campanha de combate ao Capacitismo

Conscientizar as pessoas sobre temas em debate na sociedade é uma das propostas da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, que lança no próximo dia 12 de junho, às 9h, no auditório da Casa, a campanha de combate ao Capacitismo. O termo expressa o preconceito contra pessoas com deficiência, seja ela física, mental, intelectual ou sensorial.

“É preciso conscientizar as pessoas sobre o tema. O Rio Grande do Norte é um dos estados do Brasil com o maior número de pessoas com deficiência e, por isso, estamos destacando a importância de enfrentar o tema e acabar de vez com o preconceito”, destaca o presidente Ezequiel Ferreira, idealizador da campanha.

Ao longo dos últimos anos, a Assembleia Legislativa tem atuado de maneira ativa na garantia dos direitos das pessoas com deficiência, buscando também mudar a cultura do capacitismo na sociedade, que, apesar de ser um termo recente, sempre existiu. Além das discussões sobre o tema, o Legislativo tem apresentado leis que buscam atenuar os problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência. São mais de 60 leis feitas pelos deputados estaduais.

Já são leis no Rio Grande do Norte, por exemplo, as sanções administrativas às pessoas que discriminarem indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), assim como também são previstas sessões de cinema adaptadas às pessoas com TEA. Também por iniciativa da Assembleia Legislativa, o Rio Grande do Norte passou a ter o “Selo + Acesso”, concedido às empresas que proporcionam inclusão e acessibilidade, além de ter sido obrigatória a instalação de sinalização tátil e sonora em prédios de uso coletivo e público.

Recentemente foi sancionada a lei, de autoria do deputado Ubaldo Fernandes (PSDB), que aumenta de 5% para 10% a reserva de vagas para pessoas com deficiência em concursos públicos e processos seletivos no estado.

Por outro lado, ainda há outras propostas em discussão para aprimoramento e aprovação no Legislativo, como a implantação de um programa de saúde mental para os cuidadores de pessoas com deficiência, iniciativa do deputado Neilton Diógenes (PP), que também propôs garantir o fornecimento de bengalas às pessoas com deficiência visual. Já o deputado Kleber Rodrigues (PSDB) propôs uma lei que garanta o direito da pessoa com deficiência ou com transtornos mentais de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhada de um animal de apoio emocional.

A deputada Divaneide Basílio (PT) também tem propostas em tramitação nesse sentido, como o projeto que assegura a garantia de acessibilidade comunicativa à mulher com deficiência auditiva e/ou visual, vítima de violência doméstica e familiar, e o que propõe “a valorização e o empoderamento das pessoas com deficiência nas peças publicitárias da Administração Pública direta e indireta do Estado”.

“A Assembleia Legislativa tem atuado de maneira constante na garantia dos direitos das pessoas com deficiência e, com nossa campanha, esperamos combater também junto à sociedade o capacitismo”, explicou Ezequiel Ferreira.

Campanha

O ativista potiguar e influenciador digital com mais de meio milhão de seguidores, Ivan Baron, protagoniza a campanha, que terá peças publicitárias em diferentes meios de comunicação. Ao lado dele, os gêmeos Ângelo e Augusto, também potiguares e que vivenciam os desafios das pessoas com deficiência.

O capacitismo é uma forma de preconceito ainda pouco debatida na sociedade e, mesmo assim, muito comum. Muitas vezes, o capacitismo aparece disfarçado, acionado pela repetição de um senso comum e, por isso, tende a não ser percebido e questionado. Em outros casos, quando o capacitismo é óbvio e visível, mostra o quanto esse preconceito ainda é naturalizado como se fosse aceitável ou inevitável.

Considerado um tema moderno e pioneiro na legislação do país, as peças publicitárias têm como tema: “Capacitismo: informe-se. Aprenda. Não faça”, e chamam a atenção para que as pessoas não usem expressões capacitistas, desumanizando a pessoa com deficiência. No Rio Grande do Norte, quase 30% das pessoas têm algum tipo de deficiência, de acordo com o mais recente censo do IBGE.

Para a psicóloga e servidora da ALRN, Helga Torquato, o tema merece atenção, já que é comum que as pessoas usem expressões capacitistas, um preconceito que precisa ser combatido. “A Lei Brasileira de Inclusão garante direitos das pessoas com deficiência, e o principal deles é o respeito”, comenta a psicóloga.

A ideia da campanha é chamar a atenção das pessoas e tem formato inovador com letterings na tela e a concepção das peças que contam com QR code. A mídia estará presente em televisões, rádios, jornais, revistas e meios eletrônicos de comunicação. Além disso, serão feitas reportagens sobre o tema e exibidas na TV Assembleia e nas redes sociais da Casa. Nas peças publicitárias produzidas pela agência Base Propaganda e Diretoria de Comunicação, as inovações incluem intérpretes de libras e atores que vivenciam o capacitismo no dia a dia, como Ivan Baron e os gêmeos Ângelo e Augusto.

Acesse o site da Assembleia em www.al.rn.leg.br e siga @assembleiarn para saber mais sobre a campanha.

Capacitismo: ALRN lança campanha com presença dos gêmeos Ângelo e Augusto

Quem vê o semblante tranquilo da pedagoga e funcionária pública aposentada Maria Luci Gomes, nem imagina como foi a sua jornada a partir do nascimento dos gêmeos Ângelo e Augusto, 42 anos, até os dias atuais, quando eles estampam uma campanha anticapacitista para combater essa forma de preconceito e discriminação contra as pessoas com deficiência. A iniciativa, da Assembleia Legislativa do RN, conta também com a participação do influenciador e ativista anticapacitista potiguar, Ivan Baron.

O objetivo da campanha é promover a conscientização, inclusão e equidade para todas as pessoas com deficiência. O lançamento, pelo presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), será nesta quarta-feira (12), às 9h, no auditório da ALRN, com a presença dos protagonistas, familiares, deputados, servidores e convidados, num evento aberto ao público.

“A Assembleia Legislativa lançar essa campanha com um tema tão importante e atual na área das pessoas com deficiência é de muita criatividade e sabedoria. As mães atípicas precisam dessas atitudes. Os desafios ao longo dos anos foram enormes, muito doloridos, porque naquela época vivemos muitos momentos de preconceito e não se falava em capacitismo, então não tínhamos o apoio de ninguém”, observa Luci Maia, mãe dos gêmeos.

Mais conhecida como Dona Luci, a mãe dos gêmeos autistas Ângelo e Augusto, conhecidos na internet e na cidade de Natal/RN pela doçura e pelos desafios que enfrentam, ganhou maior notabilidade pela luta em prol do bem-estar dos filhos.

Natural de Mossoró, a família chegou em Natal em 1987. Com a dificuldade de encontrar escolas que aceitassem crianças autistas, Luci resolveu fundar o Jardim Escola Dois Amores, em 1990, depois que os gêmeos passaram cerca de três anos sendo educados em casa. A mãe tentava manter o tempo dos meninos sempre ocupados. Repetia as palavras para tornar a fala deles funcional, mostrava gravuras em livros para que aprendessem o nome das coisas, dentre outras estratégias para atenuar a hiperatividade.

O que é capacitismo?

A palavra “capacitismo” significa a discriminação de pessoas com deficiência. Sua tradução para o inglês é ableism. O termo é pautado na construção social de um corpo padrão, sem deficiência, denominado como “normal” e da subestimação da capacidade e aptidão de pessoas em virtude de suas deficiências.

O capacitismo é considerado uma forma de preconceito, comumente vindo de pessoas sem deficiência, que pré-julgam a capacidade e habilidades das pessoas com deficiência com base apenas no que elas acreditam sobre aquela condição.

Foi pensando nisso que a Assembleia Legislativa, através da nova campanha, lançou uma cartilha, já disponível no portal da Casa, estimulando atitudes que favoreçam a ampliação da acessibilidade e da inclusão.

Rafael Motta lança pré-candidatura a prefeito neste sábado (8)

O ex-deputado federal Rafael Motta lança sua pré-candidatura a prefeito de Natal, neste sábado (8), a partir das 10h, no Albatroz, em um evento com os pré-candidatos do Avante nas eleições 2024. Confirmaram presença o presidente nacional da sigla, deputado federal Luis Tibé; o presidente estadual, Jorge do Rosário; e o presidente municipal, Eduardo Campos. Além de Rafael, lançam seus nomes 35 pré-candidatos a vereador na capital potiguar.

Rafael foi vereador em Natal, deputado federal por dois mandatos, candidato ao Senado em 2022 e secretário de Esporte da capital. Formando em Engenharia de Produção pela UFRN, Rafael também é mestre em administração pública pelo IDP.

Sessão Solene na Assembleia Legislativa celebra Dia Nacional da Adoção

A tarde desta quarta-feira (29), na Assembleia Legislativa do RN, foi de homenagens e reflexões, em alusão ao Dia Nacional da Adoção, celebrado no último sábado, 25 de maio. Proposta pelo deputado estadual Taveira Júnior (União), a Sessão Solene contou com a presença do parlamentar Luiz Eduardo (SDD), de representantes do Governo do Estado, Tribunal de Justiça do RN, Procuradoria Geral de Justiça, OAB/RN, além de outras autoridades e membros de instituições privadas ligadas à causa.

“É com grande honra que me dirijo a todos vocês para falar sobre um tema de imensa importância: a adoção. Comemorada em 25 de maio, a data nos convida a refletir sobre o real significado desse gesto. A adoção é uma prática que vai muito além do ato legal, tocando profundamente as esferas da família, do amor e do ato de responsabilidade social; é um gesto de amor que transforma as vidas de inúmeras crianças e adolescentes, representando a oportunidade de crescer num lar cheio de carinho, suporte e segurança. Para os pais adotivos, é a realização de um sonho, a construção de uma família e a chance de contribuir para um futuro mais justo e inclusivo”, destacou o propositor Taveira Júnior, no início do seu discurso.

De acordo com o parlamentar, dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento revelam que milhares de crianças e adolescentes aguardam por uma família adotiva, no Brasil. “No entanto, existe um descompasso entre o perfil das crianças disponíveis para adoção e as preferências dos pretendentes a adotantes. O que acontece é que muitas vezes as expectativas dos futuros pais não coincidem com a realidade, especialmente quando se trata da adoção de crianças mais velhas, com necessidades especiais ou grupos de irmãos”, disse.

Para o deputado, é essencial que se continue a trabalhar para superar tais desafios com políticas públicas eficazes que facilitem o processo de adoção, garantindo celeridade e transparência, sem perder de vista o bem-estar de cada criança e adolescente.

“Além disso, campanhas de conscientização são fundamentais para quebrar o preconceito e promover uma visão mais inclusiva sobre a causa. Também é necessário apoiar as famílias adotivas, pois elas desempenham um papel crucial na sociedade, acolhendo e oferecendo um novo começo para aqueles que mais precisam. Programas de acompanhamento psicológico e social, tanto para as crianças quanto para os pais, também são essenciais, a fim de garantir adaptação e estabilidade familiar”, acrescentou.

Finalizando sua fala, Taveira Júnior ressaltou que a adoção não é apenas uma alternativa para a infertilidade, mas uma escolha consciente de amor e solidariedade.

“É um compromisso com o futuro e o desenvolvimento integral dos nossos jovens. Por isso, cada história de adoção bem-sucedida é uma vitória para todos nós. Então eu reafirmo o nosso compromisso com a causa. Espero que possamos trabalhar incansavelmente para que cada criança e adolescente tenha a oportunidade de crescer num ambiente familiar saudável e amoroso. E que possamos inspirar mais pessoas a considerarem a adoção, abrindo seus corações e lares para aqueles que esperam por uma chance de serem amados e protegidos”, concluiu.

Em seguida, a representante dos homenageados, Franklandia Fonseca, falou de cada uma das dez pessoas congratuladas, destacando a importância das suas batalhas para a sociedade potiguar como um todo.

“A adoção é a maneira mais sublime de representar o amor e o cuidado. E me dá uma alegria muito grande ver o deputado Taveira Júnior engajado nessa causa. Por isso eu deixo, de antemão, o meu agradecimento”, frisou.

Segundo Franklandia, o que era para ser o “dia nacional”, transformou-se em “semana” e, atualmente, virou “mês da adoção” no Estado.

“Nós não temos mais atividades apenas durante um dia ou uma semana. Maio já se tornou o ‘mês’ da adoção. E, este ano, nós temos agenda também para junho. Ao longo deste mês, tivemos muitas oportunidades de discussão, falas importantes, crescimento e aprendizado. E isso nos dá força para continuarmos firmes na causa”, acrescentou.

A homenageada registrou também que a caminhada de quem vai para o Sistema Nacional da Adoção é “árdua e silenciosa, mas ela só é assim quando não há pessoas para dialogar. E eu agradeço demais por todos que estavam ao meu lado durante todo o meu processo”.

Na sequência, Franklandia detalhou a sua experiência de adoção, contando que quando se casou já sabia que tinha um problema na ovulação.

“Eu ovulava uma vez por ano, durante apenas 3 horas. Então, tudo para a gente era muito mais complexo. A gente gastava muito dinheiro. E o meu marido sempre disse que não teria problema em adotar, então entramos na fila. E quando chegou nosso primeiro filho, Matheus Henrique, foi como se a bolsa tivesse estourado na hora da tão aguardada ligação”, desabafou.

Ela disse ainda que, com a chegada do primeiro filho, o casal viveu os dias mais intensos da sua vida.

“Eu vivi o maior puerpério de toda a minha vida. Eu tive leite para amamentar meu filho. Vivi sonhos que eu nunca imaginava. E nós não tínhamos berço, não tínhamos fralda, não tínhamos nada. O que nós tínhamos era ‘amor’”, relatou, emocionada.

A representante dos homenageados falou que ama o Matheus Henrique desde a primeira vez que ele chegou nos seus braços e olhou para ela.

“Da mesma forma, eu o amei quando ele chorava, e eu ainda não conseguia entender o motivo. Porque ele era o nosso filho que acabava de chegar, que tinha uma trajetória de vida e que nós amamos desde o início. Foi aí, então, que nós descobrimos que o amor é maior do que o DNA. Que a construção de uma família não passa pelo laço consanguíneo. E como é importante a gente falar sobre isso e celebrar esses momentos hoje, porque ainda somos alvo de muito preconceito”, afirmou.

Ao final do seu pronunciamento, Franklandia Fonseca agradeceu o momento “ímpar” de reconhecimento dentro do Legislativo Potiguar.

“Eu quero agradecer pelas homenagens e, principalmente, por sermos lembrados aqui hoje. Nós esperamos que o movimento da adoção continue cada vez mais forte, porque, enquanto estamos nos nossos lares fazendo qualquer coisa, existem crianças e adolescentes em casas de acolhimento, sonhando em ter uma família. E não é visitar ou mandar presentes no Natal e Dia das Crianças que vai resolver; o que faz a diferença é dar um lar para esses jovens. E nós, dos grupos de apoio à adoção, lutamos todos os dias por isso. Então, em nome de todos, o meu muito obrigada!”, concluiu.

Homengeados:
Antonia Kaliana Costa Gois
Cláudio Medeiros
Franklandia Leite Moreira Fonseca
Geraldo Marreiros
Gerliana Maria Silva Araújo Rocha
Isabelita Garcia Gomes Neto Rosas
José Dantas de Paiva
Monica Diniz Macedo
Raissa Fernandes
Xênia Silva Gomes Brandão

Lideranças comentam sobre emendas e vitória da oposição no Congresso Nacional

O deputado estadual José Dias (PSDB) se pronunciou, no horário de lideranças partidárias, na sessão desta quarta-feira (29) da Assembleia Legislativa, sobre a liberação de emendas parlamentares por parte do Governo do Estado. Ele criticou a liberação de emendas destinadas por deputados a eventos festivos nos municípios potiguares, como carnaval ou festa de padroeiro.

“Eu questiono porque as emendas para a saúde não são liberadas”, disse José Dias, que também falou sobre sua posição na votação do ICMS, que reduziu a alíquota cobrada pelo Estado, de 20% para 18%. “O que eu levo de mais agradável é nós termos tido aquela vitória”, disse ele, justificando que quando a alíquota cai, a arrecadação sobe.

Também no horário das lideranças, o deputado Coronel Azevedo (PL) comentou o resultado da votação desta terça-feira (28) na Câmara Federal. “Parabéns ao Congresso Nacional”, disse o parlamentar, se referindo a três vitórias da oposição. Ele discorreu sobre a derrubadas do veto à lei que proibia saidinhas de presos; sobre a matéria que permite a atividade de CACs; e sobre a manutenção ao veto do governo Bolsonaro sobre a lei que punia a publicação de informações falsas. “A mais importante vitória”, concluiu o parlamentar.

ALRN decreta luto e emite nota de pesar pela morte do ex-deputado Leonardo Arruda

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), emitiu nota de pesar pela morte do ex-deputado e ex-secretário de Estado, Leonardo Arruda Câmara e decretou luto de três dias.

Leonardo Arruda lutava contra um câncer, ele chegou a passar por uma cirurgia e teve complicações. Na tarde deste sábado (11) não resistiu. O ex-deputado tinha 76 anos e estava internado na UTI da Casa de Saúde São Lucas.

Leonardo Arruda Câmara foi deputado por quatro legislaturas a partir de 1983 –, advogado, Procurador do Município de Natal, ex-secretário de Estado da Justiça e Cidadania, presidente do Diretório Estadual do PDT, o deputado Leonardo Arruda nasceu em João Pessoa (PB) no dia 25 de julho de 1947, mas o seu berço é Nova Cruz, no Agreste, às margens do Rio Curimataú, onde exerceu um mandato de vereador a partir de 1971.

Presidiu o Parlamento Estadual no biênio 1995-1997. Na vida privada, passou pelo Conselho da seccional da OAB no Rio Grande do Norte e a presidência do ABC Futebol Clube.

Em nome dos 23 deputados, deixo meu abraço e sentimentos à viúva Graça e as filhas Sílvia e à vereadora Júlia Arruda.

Ezequiel Ferreira

Presidente da Assembleia Legislativa do RN

Lideranças partidárias chamam atenção para a quantidade de professores fora de sala de aula

No horário destinado às lideranças partidárias, na sessão ordinária desta quinta-feira (9) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, os deputados José Dias (PSDB) e Luiz Eduardo (SDD), se pronunciaram e focaram na Educação, tema debatido na comissão específica pouco antes da sessão, e que discutiu o alto número de professores fora de sala.

“Órgãos não deveriam solicitar, muito menos o Governo conceder”, disse José Dias, ressaltando que seu mandato permanecerá sem dar apoio ao executivo. Ele se referiu à obstrução da oposição em votação de projetos de interesse do Estado, afirmando que só mudará a posição quando o Governo repassar as emendas dos parlamentares.

O deputado Luiz Eduardo afirmou, sobre a questão dos professores cedidos a outros órgãos, que jamais solicitará um professor para o seu gabinete. Ele também respondeu a discursos de parlamentares da bancada governista sobre outras questões, como o caso da votação do ICMS. O deputado negou que o Governo esteja enfrentando dificuldades pelo fato de a Assembleia ter derrubado o projeto do executivo, que mantinha em 20% a alíquota do ICMS, reduzindo para 18%. “O Estado arrecadou mais”, disse Luiz Eduardo.

Assembleia lança livro que conta origem de todas as cidades do RN

Todos os municípios do Rio Grande do Norte têm, a partir de agora, “uma certidão de nascimento”. Esse é foi o objetivo dos idealizadores do livro “História Legislativa dos Municípios do Rio Grande do Norte”, que teve o lançamento oficial na tarde desta quinta-feira (9), durante a segunda edição do “RN Cidades – a Feira dos Municípios Potiguares”.

Em uma solenidade que contou com a participação do Coral da Assembleia, que completou 20 anos e realizou a abertura do evento, o livro foi lançado no Centro de Convenções, reunindo autoridades de todo o Rio Grande do Norte, como a governadora Fátima Bezerra, e representantes dos municípios, incluindo o presidente da Femurn, Luciano Santos. Para a viabilização da obra, o corpo técnico da Assembleia Legislativa teve que trabalhar em pesquisas que se estenderam por oito anos.

O livro trata do nascimento das cidades potiguares, trazendo informações sobre como elas foram criadas, qual a lei de criação, de onde se desmembraram, a origem do nome e outros detalhes da origem de cada um dos 167 municípios potiguares.

A coordenação editorial ficou a cargo do advogado e ex-deputado estadual Paulo de Tarso Fernandes. Segundo ele, a viabilização da obra foi uma ideia coletiva para prestigiar os municípios do estado, relembrando suas vidas administrativas através de seu “berço”, que é a Assembleia Legislativa. Para o advogado, que disse que sua colaboração principal foi repassar o entusiasmo à equipe, o livro é um presente da Casa ao Rio Grande do Norte.

“É uma dádiva que a Assembleia concede aos municípios, ao povo potiguar. As pessoas podem encontrar informações relevantes sobre a história de todas as cidades, o que só foi possível graças a um esforço conjunto dos servidores e o apoio dos presidentes Ricardo Motta (ex-deputado) e Ezequiel Ferreira (PSDB)”, disse Paulo de Tarso.

Para conseguir as informações, contudo, o trabalho foi maior do que o que era esperado inicialmente. Paulo de Tarso explicou que, ao perceber que os arquivos estavam faltando, outras formas de pesquisas foram necessárias. O chefe da divisão do Memorial do Legislativo Potiguar da Assembleia Legislativa, jornalista Aluízio Lacerda, explicou que os arquivos referentes a 67 cidades estavam com os processos originais e que Paulo de Tarso havia iniciado o trabalho com outras dez cidades. Assim, restava saber a origem dos outros 90 municípios potiguares.

“Pesquisamos no IBGE, em bibliotecas públicas e privadas, recebemos orientações de parlamentares e seguimos pesquisando. Toda a equipe do Memorial se debruçou sobre a busca pelas informações, que foram se afunilando até Thaís Marques (jornalista), Paulo de Tarso e a mim. Depois de oito anos, conseguimos finalizar com todos os municípios”, explicou.

Segundo Lacerda, os municípios não eram criados da mesma maneira, seguindo os mesmos ritos. Além das cidades criadas por proposições dos deputados, havia também cidades criadas por decretos, resoluções e até por cartas régias. Essa diversidade dificultou a pesquisa. “Mas o trabalho ficou excelente e tiramos um tonelada saindo de nossos ombros. Ficou a sensação do dever cumprido”, confessou.

Para a diretora-geral da Presidência da Casa, Dulcinéia Brandão, o momento foi único. A diretora enalteceu o trabalho de pesquisa da equipe da Assembleia Legislativa e disse que a obra é um resgate em benefício dos municípios.

“Muitos não sabiam nem a lei que os constituíram. Esse trabalho voltou-se ao aspecto Legislativo e podemos dizer que é a certidão de nascimento de cada um dos municípios potiguares. É um grande presente da administração de Ezequiel Ferreira e dos deputados à população potiguar”, disse Dulcinéia Brandão, que adiantou que a primeira tiragem será disponibilizada gratuitamente a prefeitos, vereadores, escolas e bibliotecas do estado, mas que o livro será digitalizado e disponibilizado ao público em geral.

Vai disponibilizar para prefeitos, vereadores, escolas e bibliotecas de escolas. Será também digitalizado e entregue ao mundo.

Deputado quer atualizar lei para coibir casos de poluição sonora no RN

A poluição sonora foi o tema central da discussão na tarde desta terça-feira (7), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. O deputado Luiz Eduardo (Solidariedade), propositor do debate, convidou autoridades e debateram sobre a necessidade de aumentar a fiscalização e atualizar leis que impeçam os casos de poluição sonora no Rio Grande do Norte.

“É um desafio que ameaça nossa tranquilidade e bem-estar. Falamos sobre saúde, comprometendo o direito ao descanso e a paz dos moradores”, disse o deputado Luiz Eduardo. “É necessário um diálogo aberto entre os diversos setores da sociedade para alcançar um equilíbrio entre desenvolvimento e qualidade de vida”, acrescentou.

No Rio Grande do Norte, está em vigor o controle de poluição sonora instituído pela Lei Estadual nº. 6621/1994, alterado pela Lei nº 8.052/2002. Pela lei, é vedado perturbar a tranqüilidade e o bem estar da comunidade com ruídos, vibrações, sons excessivos ou incômodos de qualquer natureza emitidos por qualquer forma em que contrariem os níveis máximos fixados nesta Lei, que são de 55 dBA no período diurno e 45 dBA no noturno para as áreas residenciais; 65 dBA durante o dia e 55 dBA a noite nas localidades diversificadas; e nas áreas industriais, fica limitado em 70 dBA diurno e 60 dBA noturno. A Lei prevê limites distintos por horários e dias da semana, com algumas exceções para eventos religiosos, desfiles e maquinário pesado de trabalhadores da construção civil, entre outros.

Segundo Luiz Eduardo, os potiguares têm sofrido com o descumprimento da norma, seja por estabelecimentos comerciais, seja pela sonorização excessiva em veículos e residências ou até canos de escape modificados. “As demandas chegam ao nosso gabinete. Uma das reclamações constantes é a questão dos escapamentos das motos. Além disso, as pessoas que vão passar o fim de semana no interior ou praia, ligam um paredão e passam o fim de semana fazendo barulho. Saem desses lugares e deixam a população em situação muito ruim, porque ficam restritos do repouso”, argumentou Luiz Eduardo.

Na audiência, o representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb), Felipe Oliveira, destacou a falta de recursos humanos e o quanto a legislação vigente é obsoleta, trazendo obstáculos à fiscalização. “Temos 16 fiscais para atuar em 36 bairros de Natal. É um contingente pequeno para lidar com cerca de 400 denúncias por ano”, lamentou Oliveira.

O policiamento ambiental também enfrenta dificuldades para lidar com a questão. O Capitão Vitor, da Polícia Militar Ambiental, ressaltou a complexidade de mensurar e solucionar a poluição sonora, enfatizando a falta de prioridade da legislação ambiental nos governos. “Estamos presentes em todos os municípios do RN, mas a legislação ambiental não recebe a atenção devida”, destacou o Capitão.

Falando em nome do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual, o coronel José Mário reforçou o compromisso da Polícia Militar em enfrentar o problema, revelando operações específicas realizadas nos últimos meses para coibir infrações relacionadas à poluição sonora, como o uso de descargas livres em motocicletas. “Fizemos 360 notificações este ano e removemos ao pátio do Detran 90 veículos que não resolveram os problemas”, informou o coronel. Porém, para ele, é necessária uma atualização das normas para que a Polícia Militar tenha mais liberdade para inibir os excessos.

“Sabemos das dificuldades tanto dos policiais quanto dos órgãos ambientais e, por isso, deixo nosso gabinete à disposição para recebermos as sugestão e discutirmos uma atualização na legislação atual”, garantiu o deputado.

Festa do Bom Jesus dos Navegantes é patrimônio cultural e imaterial do RN

Com a sanção, pelo governo estadual, agora é lei: a Festa Religiosa do Bom Jesus dos Navegantes, padroeiro de Touros, está reconhecida como patrimônio cultural imaterial do RN. A iniciativa do projeto de lei foi do mandato da deputada Divaneide Basílio (PT).

“Esse reconhecimento é de suma importância  para  preservar  e  promover  a  cultura  potiguar,  bem  como  acompanhar  e fortalecer o turismo na região do Mato Grande.  De acordo com registros históricos do escritor tourense Geraldo Gonzaga, o culto religioso ao Bom Jesus dos Navegantes surgiu muito antes da construção da igreja matriz”, destacou a parlamentar.  

Segundo  os  registros  históricos,   um  caixote  com  a  imagem aportou à beira-mar da praia de Touros, após naufrágio do navio que  transportava a referida imagem para o Brasil. A capela de palha, onde essa devoção era demonstrada, abrigou o culto até a construção da igreja matriz, no ano de 1800, para tornar-se santuário em 2012.

A festa em homenagem ao Divino Bom Jesus dos Navegantes, padroeiro do  Touros,  vai de  22  de  dezembro a 2  de janeiro e tem seu ponto alto com a procissão do padroeiro pelas ruas da cidade, na tarde primeiro de janeiro de cada ano.   A imagem,  em  tamanho  natural,  é  retirada  do  altar  da  Igreja  Matriz  e colocada  em  um  barco,  que  é  carregado  pelos  devotos.  São  milhares  de  fiéis,  filhos  de Touros, visitantes, devotos e turistas, vindos de outras cidades, povoados,  Estados e até outros países para reverenciar o padroeiro.

Francisco do PT debate situação hídrica do RN em reunião da Frente das Águas

Presidente da Frente Parlamentar das Águas, no âmbito da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o deputado estadual Francisco do PT promoveu nesta terça-feira (30), uma reunião de trabalho para tratar das principais pautas em debate no tocante aos recursos hídricos no Estado.

Encontro que teve a participação de especialistas, gestores, movimentos sociais e ambientais, além de representações sociais diversas, abordou a situação atual dos reservatórios de água diante do acumulado das chuvas deste ano, bem como as obras hídricas em curso, e a revitalização da bacia do Potengi.

“É por demais importante a gente ampliar o debate com os diversos segmentos sociais e políticos para tratar da questão hídrica, ainda mais nesse contexto de muitas chuvas e de diversos reservatórios sangrando”, ressaltou Francisco.

O parlamentar também fez questão de que fosse socializado por parte do Governo do Estado o andamento das principais obras hídricas em curso no Estado, tais como a conclusão da Barragem de Oiticica, a recuperação da Barragem Passagem das Trairas, o Projeto Seridó e o Ramal do Apodi, dentre outras.

Por fim, após ouvir as falas das representações e do público, Francisco frisou a necessidade de ‘manter a vigilância’. “Vivemos no clima Semiárido e embora estejamos bem em relação ao abastecimento de água, não podemos baixar a guarda, pois conviver com os efeitos da seca é uma realidade que jamais poderemos ignorar”.

Presentes na reunião representações da SEMARH, IGARN, CAERN, SAPE, SEDRAF, IDEMA, FETRAF, FETARN, ENPARN, ASA POTIGUAR, ADESE, EMATER, FEMURN, DNOCS, SEAPAC e Fórum de Bacias Hidrográficas diversos.

Cinco propostas legislativas são aprovadas na reunião da Comissão de Saúde

A reunião ordinária da Comissão de Saúde (CS) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, realizada nesta terça-feira (30), foi marcada por debates sobre projetos de lei voltados para a melhoria do sistema de saúde estadual. Diversas iniciativas foram aprovadas, visando aprimorar o atendimento e garantir direitos fundamentais aos cidadãos.

O deputado Gustavo Carvalho (PSDB) propôs um projeto de lei que torna obrigatória a publicação do estoque de medicamentos disponíveis nas unidades de saúde e farmácias populares do estado. A relatora do projeto, Cristiane Dantas (SDD), destacou sua importância para aumentar os padrões de transparência administrativa e garantir o acesso adequado aos medicamentos.

Outro projeto aprovado, de iniciativa do deputado Dr. Kerginaldo (PSDB), versa sobre a aplicação do teste de provocação oral para diagnóstico de alergias no Rio Grande do Norte. Essa medida visa aprimorar os procedimentos de diagnóstico e tratamento das alergias, beneficiando a população do estado.

Aprovada à unanimidade, a proposta do deputado Ubaldo Fernandes (PSDB) para garantir o auxílio às pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida em estabelecimentos comerciais, visando promover a inclusão e acessibilidade.

Além disso, o projeto do deputado Kleber Rodrigues (PSDB) busca tornar obrigatória a realização do teste genético molecular para identificar a Atrofia Muscular Espinhal (AME) na triagem neonatal, visando um diagnóstico precoce e tratamento eficaz dessa doença. “A AME é uma doença que, mesmo quando diagnosticada precocemente, traz consequências severas no desenvolvimento da criança”, destacou Galeno Torquato.

Por fim, o deputado Hermano Morais (PV) propôs uma regulamentação para o uso de vasilhames plásticos retornáveis em produtos como água mineral, água potável de mesa e água adicionada de sais, visando a proteção do meio ambiente e a saúde pública.

Encerrando a reunião, o presidente da Comissão de Saúde, Galeno Torquato (PSDB), ressaltou a importância das visitas às unidades de saúde do estado, realizadas pela comissão, para identificar as necessidades e melhorar o atendimento. “Já visitamos a Unicat, o Hospital Universitário Onofre Lopes e o Walfredo Gurgel, haja vista que havia muitas reclamações pela falta de insumos e medicamentos. Essas visitas in loco servem para termos um diagnóstico das dificuldades e escutar a direção para que essa comissão possa se somar aos órgãos de controle como o Ministério Público e Sesap, para ter um diagnóstico da Saúde do Estado para que possamos melhorar o atendimento”, encerrou Galeno Torquato.

Participaram da reunião os deputados Terezinha Maia (PL), Galeno Torquato (PSDB), Cristiane Dantas (SDD) e Dr. Bernardo (PSDB), demonstrando o compromisso conjunto com a saúde da população potiguar.

Audiência Pública propõe ação prática para fim da “Língua Negra” em Areia Preta

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte debateu nesta segunda-feira (29), a problemática causada pela “Língua Negra” na Praia de Areia Preta, localizada no bairro do mesmo nome. A “Língua Negra” é uma mancha de sujeira formada pelo esgoto que corre dos bairros para Areia Preta, na região do começo da Via Costeira, na Zona Leste de Natal. Propositor da audiência, o deputado estadual Luiz Eduardo (SDD), abriu os trabalhos lamentando a ausência de um representante do Instituto de Defesa do Meio Ambiente (Idema).

“Estamos tratando de um problema de saúde pública, social e econômico, visto que esse Estado depende e muito do turismo. É inadmissível que Natal ainda esteja passando por isso, sendo que há recursos e tecnologia para solucionar o problema”, disse.

Representando o Ministério Público, a promotora do Meio Ambiente, Gilka da Mata, fez uma apresentação da atual situação, que não envolve apenas Areia Preta e sim todo o seu entorno, como é o caso do Bairro de Mãe Luiza. Ela destacou que, o órgão entende que a execução do plano estratégico de fiscalização para monitoramento e combate a ligações clandestinas de efluentes domésticos na rede pública de drenagem no bairro de Mãe Luiza, feito pela prefeitura, não está sendo suficientemente realizada.

“Estamos pedindo, judicialmente, que a prefeitura comprove a execução de atividades de fiscalização existentes no plano estratégico de fiscalização para monitoramento a ligações clandestinas de efluentes domésticos na rede pública de drenagem no Bairro de Mãe Luiza”, resumiu.

Para o secretário adjunto da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Francisco Auricélio de Oliveira, a questão é ampla e passa por saneamento, esgotamento sanitário e rede de águas pluviais, além da educação sanitária da população do entorno da praia. “Temos um problema que interessa a toda sociedade e que só vai ser resolvido se todos os órgãos se juntarem em busca da solução, que passa diretamente pela educação ambiental da população, pela revisão de todas essas ligações e ao final pelo processo de balneabilidade da praia”, resumiu.

A vereadora de Natal, Camila Araújo (União), destacou que a “língua negra” não é uma peculiaridade só de Natal, mas de muitas cidades litorâneas. “Enviamos um requerimento ao poder municipal solicitando um relatório de tudo o que está sendo feito para criando uma legislação que ajude a resolver esse problema”, informou.

O presidente da Associação dos Moradores de Areia Preta e Miami de Natal (Amap), Delcindo Mascena, destacou em sua fala, a necessidade de acreditar que, mesmo depois de tanto tempo, o problema vai ser solucionado. “Precisamos acreditar que um dia as coisas podem mudar. É preciso força de vontade, união e dar ao tema a importância que ele merece. Nós somos fortes quando estamos juntos. Comunidade, órgão competentes, deputados, vereadores, prefeito e quem mais interessar. Não tenho dúvidas que encontraremos o que tem que ser resolvido para que essa “língua negra” deixe de existir”, ressaltou.

Além da preocupação com as áreas da saúde e ambiental, a econômica também foi abordada pelo coordenador de relações institucionais da Fecomércio, Flawbert Benício, que trouxe os números gerados pelo setor do turismo no RN. “Estamos falando de 33 mil empresas, que geram mais de 65 mil empregos e que acabam sendo impactadas por uma causa como essa. O RN tem um grande potencial na área do turismo, o que nos obriga a olhar com atenção para equipamentos como as nossas praias, visto que pesquisas comprovam que cerca de 90% dos turistas que nos visitam passam por nossas praias”, destacou.

Everton Rafael, chefe de operação e manutenção da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), falou sobre o que a empresa tem feito para minimizar os problemas operacionais na região. “A companhia tem seguido as orientações do Ministério Público e tratado o assunto com a importância que merece e não medimos esforços para que esse problema seja resolvido o mais breve possível”, disse.

No final da audiência púbica o deputado Luiz Eduardo propôs a realização de uma audiência conjunta entre a Assembleia Legislativa, Câmara Municipal de Natal, órgãos competentes, Amap, iniciativa privada e a sociedade civil organizada da região. “Seria uma grande oportunidade para darmos visibilidade ao tema e promoção da zeladoria da praia. Paralelo a isso poderíamos provocar uma ação com atividades lúdicas, limpeza de terrenos e de boca de lobo, sorteio de brindes, instalação de lixeiras, entre outros. Em seguida cada órgão produziria um levantamento ou relatório com o objetivo de discutir os encaminhamentos. No final juntava tudo em um só documento com as sugestões para a solução do problema”.

Já o Ministério Público solicitou que a Caern, oficialmente, comunique ao órgão se haverá condições de atender ao bairro de Mãe Luiza e em que prazo isso ocorrer e, concomitantemente, que o município refaça a visitação das residências. “Assim teremos número real de imóveis que hoje se encontra irregulares e com isso sairemos do discurso e partiríamos para a extinção da língua negra na Praia de Areia Preta”, finalizou.

Areia Preta – Foi a primeira praia de Natal, a ser oficializada, como lugar de banho, ou balneário público dos natalenses. Areia Preta foi elevada à categoria de praia oficial da cidade através da Resolução 115 de 18 de janeiro de 1908. O nome Areia Preta é uma referência as falésias, ali encontradas. A Lei nº 4.328 oficializou este bairro.

Péricles emite carta aberta sobre desistência e “abençoa” a chapa Aninha e Nielmo

Agora ex-pré-candidato, Péricles Rocha, principal nome da oposição de Santa Cruz, desiste mais uma vez da sua indicação para liderar o grupo em uma eleição municipal. Após a nota conjunta de partidos, ele emitiu uma carta aberta em suas redes sociais.

Péricles emitiu a carta e publicou uma foto com a “benção” oficial a nova chapa da oposição: Aninha e Nielmo.

Confira na íntegra:

CARTA ABERTA

Santa Cruz/RN, 29 de abril de 2024.


Aos meus irmãos Santacruzenses!


Diante do cenário político que se apresenta na nossa querida cidade de Santa Cruz/RN, é preciso que eu venha aqui dizer que nós, que compomos o grupo de oposição à atual gestão municipal, temos vivido um tempo de muita união e de preocupação, considerando o desejo do meu povo em mudar os rumos da nossa cidade, através de um NOME que represente os anseios não de uma parcela privilegiada, mas de toda a população da nossa CIDADE.


Sendo assim, percebemos que em tempos tão favoráveis, como agora, com pesquisas internas revelando um expressivo crescimento do nosso grupo e pautado sempre por valores éticos, que todos vocês reconhecem, tendo construido minha vida pública através de condutas que me permitem ter, mesmo após tantos anos, uma reputação sólida e ilibada, como HOMEM de convicção de GRUPO e de RESPEITO, confirmo o meu apoio a Pré-candidatura da ex-vereadora ANINHA DE CLEIDE e NIELMO.


Agradeço pelo apoio de sempre, e me coloco à disposição para o que for melhor para o povo de Santa Cruz/RN.


Péricles Rocha

Audiência pública em Apodi debate demandas e dificuldades de famílias atípicas do RN

A Assembleia Legislativa se deslocou para Apodi, nesta sexta-feira (26), com o objetivo de discutir os desafios das famílias atípicas da Região Oeste. A audiência pública, promovida pelo deputado Neilton Diógenes (PP), contou com a presença do deputado federal João Maia, de membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Defensoria Pública do Estado, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e de entidades e associações dedicadas às pessoas atípicas do município e proximidades.

“Hoje, neste momento de profunda significância, quero expressar não apenas palavras, mas sentimentos que habitam meu coração. Esta audiência é mais do que um evento; é um abraço coletivo, um lugar de encontro para compartilhar histórias, dores e esperanças. Estamos aqui não apenas como legisladores, autoridades ou cidadãos, mas como seres humanos, unidos pela causa das famílias atípicas e das pessoas com deficiência”, iniciou o propositor.

Neilton Diógenes disse compreender a grandeza do amor de cada mãe atípica presente, além da imensidão de suas preocupações e a coragem que carregam em cada passo dado ao lado de seus filhos.
“Seus sorrisos são reflexos de uma batalha travada todos os dias, uma luta por reconhecimento, dignidade e inclusão. Vocês são verdadeiras heroínas, com histórias de amor incondicional que inspiram e comovem a todos nós aqui presentes”, destacou.

Continuando sua fala, o parlamentar afirmou que, no âmbito educacional, reconhece os desafios que essas mães enfrentam, as barreiras que encontram e as lágrimas que derramam em busca de uma educação justa e igualitária para seus filhos.
“Infelizmente, o nosso mandato tem recebido corriqueiramente pedidos de socorro, muitas vezes decorrentes da difícil realidade das instituições de ensino de alguns municípios, que acabam negligenciando direitos básicos aos alunos com necessidades específicas, sobretudo em relação à falta de profissionais especializados e, como forma de suprir a demanda, fazem a substituição por profissionais sem o mínimo de conhecimento de educação especial”, revelou.

Com relação à área da Saúde, o parlamentar ressaltou que é inaceitável que tais mães se deparem com obstáculos em cada consulta, em cada exame, em cada busca por terapias.
“E, infelizmente, eu sei que isso tem ocorrido diariamente. Por tudo isso, eu prometo não só estar ao lado de vocês, mas permanecer lutando por políticas públicas que assegurem o acesso equitativo a serviços de saúde especializados e humanizados, respeitando a individualidade e a dignidade de cada pessoa com deficiência. Boa audiência a todos! Contem sempre conosco!”, concluiu.

Segundo o deputado federal João Maia, sua presença teve o intuito central de transmitir o seu conhecimento para gerir uma política pública de forma efetiva.
“Esta semana, a Câmara dos Deputados aprovou a Semana Nacional dedicada às mães atípicas, e isso facilitou muito o processo de recebimento de recursos. Agora o projeto segue para o Senado, e eu tenho certeza de que será aprovado”, disse.

O representante federal explicou o processo para as associações se regularizarem e receberem incentivos financeiros a nível nacional. “Primeiro, cada município precisa se cadastrar no Conselho Nacional de Assistência Social. Depois, a Câmara dos Vereadores tem que reconhecer a entidade como de utilidade pública e, em seguida, a Assembleia Legislativa precisa fazer o mesmo. A partir daí, o processo vai para Brasília, e nós reconhecemos a associação nacionalmente. Finalizado o trâmite, nós podemos enviar recursos diretamente para vocês”, explicou João Maia.

Na sequência, Leonice Fernandes, presidente da Associação das Famílias Atípicas de Apodi (AFATA), iniciou contando que também é mãe de filho atípico, e que o seu primogênito já faleceu.
“Quem é mãe atípica sabe o quanto somos excluídas no nosso Estado e no nosso País. Então, primeiro eu quero agradecer ao deputado por estar lutando por nós. É muito fácil falar, mas só sabe quem passa. E a gente está há dias, meses e anos nessa batalha. Nós queremos ações. A gente já falou, já entregou diversos projetos de trabalho, e agora queremos algo concreto. E nós não temos nem o básico do Governo do Estado nem do Município. E por que eu estou assim? É porque eu já ouvi diversas mães dizendo que querem tirar suas vidas. Nós estamos exaustas e não recebemos nenhum tratamento de terapia. Então, por que será que nos estamos assim? Porque faltam políticas públicas!”, desabafou.

Bastante emocionada, a presidente da AFATA destacou que a audiência pública é como “um grito de socorro”.
“Temos mães num péssimo estado emocional, em profunda depressão. E muitas delas são mães ‘solo’. Muitas também têm o Bolsa Família, e quando conseguem o benefício para pessoa com deficiência acabam perdendo o auxílio, que já era pouco, de apenas 200 reais, mas que muitas vezes servia para comprar o gás de cozinha”, detalhou.

Finalizando sua fala, Leonice Fernandes fez um apelo, em nome de todas as mães atípicas da região.
“Eu gostaria de pedir um auxílio ao governo estadual, tomando como base projetos de lei de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Nós precisamos de uma renda melhor, já que não conseguimos trabalhar, para que tenhamos uma vida mais digna, juntamente com nossos filhos. E aos pais e mães que não são atípicos, eu só quero deixar essa mensagem: e se fosse com você? E se fosse com o seu filho? Muito obrigada!”, concluiu.

A presidente da APDA (Associação de Pessoas com Deficiência de Apodi), Raimunda Freire, começou seu discurso parabenizando o deputado Neilton Diógenes “por ir atrás de efetivação, e não somente elaborar leis”.
“Leis, existem muitas, mas na prática é bem diferente. Eu quero falar um pouco hoje sobre Saúde e Educação. Por exemplo, nós estamos aqui num instituto federal, que é maravilhoso, mas falta o quê? Acessibilidade. Eu sou deficiente física e tive muita dificuldade para subir as escadarias e chegar até este auditório”, frisou.
De acordo com a presidente da associação, a questão do acesso a Saúde também é complicada.

“Sei que a Defensoria Pública faz um trabalho brilhante e dedicado à nossa causa, mas infelizmente os processos judiciais são muito lentos. Eu entendo que a Justiça é assim, mas nós não podemos nos calar. Precisamos procurar a efetivação dos nossos direitos. Em relação às próteses e cadeiras de rodas, a demora é tanta que algumas pessoas já morreram; outras eram crianças quando fizeram sua solicitação, e hoje são adolescentes, então as cadeiras não servem mais. Aí eles têm que pegar a fila de novo”, exemplificou.

Ao final do seu pronunciamento, Raimunda Freire informou que os membros das entidades deixariam suas reivindicações com o deputado Neilton e ficariam aguardando as efetivações práticas de tudo que necessitam.
“As terapias ocupacionais são essenciais. Elas são o alicerce, pois quando nós presenciarmos nossos filhos evoluindo e melhorando, nós também ficaremos bem. Portanto, eu espero que essa audiência não seja só para a gente estar mais uma vez debatendo, e sim, que coloque finalmente as coisas para funcionar”, enfatizou.

Já o defensor público Júlio Tales, que responde pela Defensoria Pública de Apodi, que engloba mais quatro municípios, demonstrou felicidade ao ver “tantas pessoas buscando seus direitos”.
“É muito trabalho, são muitas demandas, mas também é muito gratificante perceber essa quantidade de famílias aqui em busca dos seus direitos. Portanto, eu quero parabenizar a Assembleia Legislativa, os representantes e membros das associações aqui presentes, os pais e mães dos filhos atípicos. E tenham certeza de que a Defensoria Pública sempre estará à disposição de todos vocês”, finalizou, acrescentando um pedido aos poderes públicos para que “realmente efetivem as políticas públicas para as pessoas com deficiência”.

Representando o Governo do Estado, Luzia Gomes garantiu que entregaria todas as reivindicações da audiência, ainda hoje, diretamente para a governadora.
“Seria interessante também que fosse organizado um Grupo de Trabalho para reunir todos os pleitos em forma de projeto de lei, pois o amparo legal às associações é essencial. E eu gostaria também de parabenizar o deputado Neilton pela iniciativa e apoio a essa causa tão nobre. Só quem sabe das dificuldades é quem tem uma pessoa atípica a família. A minha sobrinha tem um filho atípico e ela está desenvolvendo ansiedade. Daí a importância do suporte do Poder Público com as terapias tanto para os filhos quanto para as mães”, enfatizou.

Em seguida, o secretário de Saúde de Apodi, Sabino Neto, disse entender que a burocracia é complicada e demanda muito tempo.
“É por isso que nós precisamos criar uma política pública nacional, que seja financiada como manda o SUS, de forma tripla, ou seja, envolvendo União, Estado e Município. Mas aqui, por exemplo, não veio nenhum representante estadual nem federal. E todos foram convidados. É por isso que a minha vontade, enquanto secretário e admirador da luta das famílias atípicas, quase sempre esbarra na questão financeira”, frisou.

Concluindo seu discurso, o secretário disse que sempre que se encontra com as famílias atípicas fica com mais vontade de lutar e buscar soluções para as demandas relacionadas a essa parcela da população.
“E eu acredito que nós não temos que lutar apenas por emendas de deputados.

Precisamos batalhar por uma “linha de cuidado”, que vem junto com um financiamento, e que seja realmente justa, a nível federal, estadual e municipal”, finalizou.

O presidente da OAB de Apodi, Ravardierison Noronha, colocou o órgão à disposição das famílias e falou que seria importante modificar os critérios de concessão do Bolsa Família, para que as mães não percam o auxílio quando receberem recursos relacionados às deficiências dos seus filhos.

Na sequência, foi a vez da embaixadora da CEAMEC/Apodi – e esposa do deputado Neilton Diógenes, Ana Beatriz Melo, tecer algumas palavras sobre o assunto.
“Quando Neilton entrou na Política, eu fiquei me perguntando a Deus o porquê daquilo. E são momentos como este de hoje, vendo esse auditório lotado, que me fazem compreender. Eu sei que todas essas mães aqui precisam ser ouvidas, sei que elas têm muitas dores. Também sei que existe muita burocracia para se conseguir qualquer coisa, mas nós não podemos nos calar. E é isso que eu quero dizer para vocês: nunca desistam!”, destacou Ana Beatriz.

Ela disse ainda que muitas vezes chega em casa e fica se perguntando se está no caminho certo, “mas Deus sempre nos mostra, ou por um projeto que deu certo ou por situações parecidas com a que estamos vendo hoje: vocês aqui, com tanta vontade, lutando pelos seus direitos”, complementou.

“Portanto, eu quero agradecer a todos que se fizeram presentes hoje e dizer que é por isso que eu e meu marido vivemos na Política, para transformar e fazer a diferença na vida das pessoas”, finalizou.

Concluindo os pronunciamentos, a diretora de Políticas e Ações Inclusivas da UERN, Ana Lucia Oliveira, afirmou que tudo que foi visto no debate foi uma série de propostas includentes que ela tem certeza que serão efetivadas.

“A diretoria de inclusão da UERN existe antes mesmo da lei nacional, e nós prezamos não apenas pelo acesso, mas também pela permanência dos alunos com qualidade, porque senão eles deixam a instituição”, iniciou.
Ainda segundo a diretora, a inclusão e a deficiência são discutidas desde 2000 no Brasil, e o País faz parte da convenção internacional desde 2009.

“Outro ponto relevante é a gente esclarecer que não somos pessoas especiais, e sim, específicas. O termo ‘especial’ estigmatiza e rotula. O que nós precisamos é de cuidado e atenção específicos, apropriados para as nossas necessidades. Ainda é preciso quebrar inúmeras barreiras, como as sociais, de transporte, esportivas, comunicacionais, de lazer etc. As atitudes inclusivas, portanto, falam sobre ‘respeito’. E para isso é importante que o Poder Público crie cada vez mais políticas anticapacitistas. E isso precisa, mais do que tudo, ser um lema, uma decisão”, frisou.